terça-feira, 29 de setembro de 2009

Estagiários de magos

Ola, eu sou fowl e cá estou, pela primeira vez em uma GRANDE parceria com um GRANDE escritor: Tsune!, o dono dessa bagaça aqui...

Estivemos escrevendo este texto ha varios dias juntos...foram tantas distrações mas, no fim tudo termina bem. Não tenho umtio a dizer, o Ertuh [como é chamado aqui] revisou e deu as maiores ideias para este conto,e eu particularmente estou torcendo MUITO para que a nossa parceria continua para novos episodios desses ESTAGIARIOS DE MAGOS um tanto quando... Loucos...

Boa leitura, e espero que consigam se adaptar a mente de Pedro e Jonas, em uma era atual com visao medieval.

Eai povo aqui é o Ertuh e como o Fowl falo esta é uma parceria nossa, espero que gostem, eu gostei de fazer.
Fowl tem melhorado MUITO na escrita, ele escreveu quase tudo XD eu só alterei umas coisas.

Queria escrever algo sem fantasia algo real, daí escrevemos algo real, mas minha realidade é cheia de fantasia, acho que seria chato sem os momentos nonsenses e castelados =D


Estagiários de magos


_Agora vocês são meus estagiários - disse o tio dos garotos secamente, ele ainda não havia se conformava de ter ouvido sua irmã e dado emprego a estes "idiotas".

_Podem começar fazendo café, vamos saiam da minha frente.

Pedro e Jonas eram típicos adolescentes, ambos parecidos como irmãos tendem a ser, ruivos, sarnentos e cheio de espinhas. Jonas era mais baixo, embora fosse o irmão mais velho e Pedro era bem alto porem igualmente desajeitado.

_Caracas, este velho realmente é um ótimo mago, veja quantos ajudantes ele tem! – disse Pedro assim que o tio saiu de perto.

_É mesmo, veja, todos fazendo pergaminhos, e os pergaminhos saem desses monstros estranhos que comem e soltam papiro! – falou Jonas com entusiasmo se referindo a impressoras.

Eles se entre olharam fascinados, estavam prestes a conhecer a maior torre de magia que já haviam entrado. Eles eram estagiários de um dos mais poderosos magos já existentes, um mago cheio de servos e cheio de magias.

O motivo pelo qual ele parecia estressado, eles não sabiam, talvez seus ajudantes fossem ruins a ponto de o estressarem.

_VAMOS LOGO, FAZENDO CAFÉ, VAMOS! – gritou o chefe do centro do corredor antes de entrar na sua sala apressado e batendo a porta com força.

Pedro nunca havia feito café, nem mesmo Jonas, mas nada que não podiam aprender afinal era pra aprender que estavam na torre de magia.

Seguiram as placas de sinalização que flutuavam sobre suas cabeças e foram até a sala de poções, já tinham ouvido falar de café, uma poção poderosa capaz de devolver energia a uma pessoa cansada.

Trabalhar em uma torre que produz tantos pergaminhos com coisas complicadas e estranhas gera muito cansaço, então todos aqueles que ficam incansavelmente sentados em cadeiras em frente a coisas estranhas que fazem barulho, precisam de um pouco da poção de café e tudo isto dependia deles, talvez este fosse o trabalho mais importante de toda a torre.

Pedro e Jonas rapidamente entram na sala de poções e como mágica o tempo parou de correr, a luz ficou mais forte e iluminou o ser mais lindo que já haviam visto, uma bela elfa com cabelos curtos e estranhamente azuis e em seu cinto uma pequena corrente, “provavelmente ela seja uma guerreira” pensou Jonas, a guerreira mais linda que já viram.

Ficaram paralisados, e ela esboçou conversar com eles, sua voz era perfeita e eles jamais haviam ouvido melodia tão bela:

_Vocês são os novos estagiários, não é?

Eles ficaram gaguejando sem conseguirem falar nada, não conseguiam nem mesmo pensar no que falar. Alem de linda, ela sabia fazer poções de café. Ela mexia em uma engenhoca estranha de goblins, e a poção de café saia em um frasco pequeno.

Assim que voltaram à consciência a belíssima elfa já tinha ido embora, mas deixou para traz um grande recipiente repleto de poção de café. Os novos estagiários apenas se olharam sabiam que se falassem algo sobre ela eles discutiriam então preferiram guardar seu amor pra si.

_O café já está pronto – disse Pedro.

Jonas encheu um copo com café e experimentou.

_Mas que merda – falou ele cuspindo o café no copo – deve estar quebrada a maquina, só pode.

_Hmmm, acha que nosso tio quer que a arrumemos? – perguntou Jonas.

_Sim, talvez esteja fazendo poção de desaparecer isto explicaria o fato da Elfa sumir – disse Pedro que não percebeu que a roqueira que trabalha com marketing apenas saiu da sala.

_Com certeza é isto, temos que salvar a bela elfa.

_ Os pergaminhos – falaram os dois juntos, era obvio que algum dos pergaminhos mágicos poderia reverter o feitiço e devia ser isto que seu tio desejava, este era um teste para os jovens.

Eles correram ate o grande saguão onde as pessoas andavam pra lá e pra cá carregando pergaminhos, inúmeros pergaminhos. Retiravam ainda mais pergaminhos dos estranhos monstros que comem e cospem. E o pior de tudo, todas as pessoas ficavam sentados, conversavam sozinhos olhando para a caixa que fazia luz.

_Como vamos descobrir qual pergaminho tem a magia para concertar a maquina? - perguntou Pedro.

Jonas parou e começou a raciocinar, já que era o mais inteligente da dupla.

_Veja! - Jonas apontou para uma pessoa que carregavam grandes papelotes de pergaminhos pra uma salinha pequena. - existem algumas folhas vermelhas e algumas verdes entre os pergaminhos, estes devem ser especiais, com magias mais poderosas!

Pedro olhou direto para o monstro que cuspia folhas, e lá estava de vez enquanto cuspia folhas verdes, e quase sempre brancas. Porque isso? Certamente nela, estavam as melhores magias.

_Podemos seguir alguém e pegar as folhas onde eles guardam - sugeriu Pedro.

_Ótima idéia.

Seguiram um funcionário mago que parecia um anão embora um pouco mais alto e estranhamente não tinha barba apenas um bigode ridículo, após pouca caminhada eles se aproximaram de uma porta mágica construída de puro metal e com runas no batente do alto que brilhavam com números.

O mago tocou a porta e ela se abriu mostrando um pequeno cômodo prateado, o anão e os jovens rapidamente entraram na estrutura metálica e a porta se fechou magnificamente atrás deles.

_Sobe? – perguntou o mago anão.

Jonas e Pedro não entenderam e ficaram quietos, mas assim que o mago tocou uma runa na parede metálica a estrutura se moveu para cima, e eles perceberam que “sobe” era uma palavra mágica para dirigir a estrutura.

Pedro se aproximou do mago pensando em roubar um dos pergaminhos verdes porem a porta mágica se abriu e o mago saiu em disparada, enquanto Jonas ainda não se conforma que com apenas uma palavra o mago anão conseguiu mover o cômodo ficando então pronunciando “Sobe? Desce? Anda?” tentando mover o elevador.

Pedro saiu do elevador seguindo o mago anão que vira em um corredor silencioso, e Jonas corre atrás deles quase sendo pego pela porta que se fecha bruscamente.

O mago anão entrou em uma sala escura, que se iluminou toda antes que os irmãos chegassem perto dela, provavelmente pedra de luz continua.

_Quantas coisas mágicas - pensaram os estagiários que ficaram do lado de fora da sala esperando o mago anão sair para então poderem pegar às tais folhas com as melhores magias.

O mago por sua vez estava na pequena sala colocando folhas dentro de uma maquina que fazia um grande clarão, e dela, cuspia folhas assim que o clarão que andava chegava à superfície contraria de onde começava.

_O que ele estava fazendo? – sussurrou Pedro para Jonas.

_Usando outra engenhoca de goblin, e desta vez, ela é maior, mas veja, ela também cria pergaminhos. – Jonas sabia exatamente que a fotocopiadora era uma engenhoca.

O anão trabalhava calmamente usando aquela maquina, colocava uma folha embaixo da tampa e uma copia saia pela boca da engenhoca. Ele repetiu isso varias vezes, ate que puxou o rabo da maquina que ficava preso na parede da pequena sala e saiu carregando todos os pergaminhos normais e copiados.

Pedro e Jonas se esconderam atrás da planta que havia naquele corredor. O funcionário da torre passou do lado deles e os percebeu, mas não havia o motivo para falar com eles, então passou reto ignorando-os seguindo para outra sala escura que da mesma forma se acendeu assim que ele entrou e bateu a mão em algo na parede.

Os jovens estagiários correram para a sala da maquina de Xerox, Jonas, que se mostrava muito curioso por essas engenhocas, colocou o rabo dela na parede novamente e apertou todos os botões que nela havia. Enquanto Pedro ficou vendo quando é que o mago sairia da outra pequena sala.

Jonas levantou a tampa da maquina e viu a luz brilhante passar de um lado para o outro e então a maquina cuspiu uma folha em branco. Colocou sua mão dentro da maquina e então a maquina soltou uma folha com o desenho de sua mão. Logo em seguida, colocou a cara para ver o que sairia na folha.

_Interessante esta maquina Pedro, você deveria experimentar.

Pedro não estava ligando para a cópia, queria logo era pegar as folhas verdes e vermelhas daquele mago anão.

O mago então finalmente saiu da outra sala. E o melhor ainda, não ia levando nenhuma folha nos braços. Pedro se sentiu alegre ate demais e chutou o traseiro de Jonas que estava com a cara enfiada dentro da maquina estranha.

_Vamos, ele saiu e deixou as folhas lá.

O mago entrou no elevador novamente e assim que a porta se fechou os irmãos correram para a outra sala.

Entraram no minúsculo escritório e encontraram três prateleiras com inúmeras pastas e livros coloridos. Pedro pegou uma pasta que estava sobre uma mesa com uma daquelas caixas que emitiam luz, a pasta continha vários pergaminhos, centenas brancos, e dezenas verdes.

Eles começaram a pegar todas as pastas mais próximas do chão, e abri-las, e nelas, começaram a pegar todas as folhas vermelhas. Eram tantas, que não sabiam nem em qual folha estaria à magia mais forte, mas se esforçaram para procurar ignorando todas as folhas brancas deixando-as espalhadas pelo escritório.

Pedro estava tão feliz que mostrava um sorriso de orelha a orelha e não parava de falar coisas como:

_AAAH. FINALMENTE CONSEGUIMOS, OLHA, QUANTAS MAGIAS FORTES NÓS CONSEGUIMOS? OLHA? OLHA? TEMOS AQUI INUMERAS FOLHAS VERDES!

Enquanto Jonas que permanecia puxando as pastas, abrindo-as e pegando suas paginas verdes acabou percebendo que todas elas falavam sempre a mesma coisa, como: “Agentes de Segurança”, “Rendimento do Telemarketing” ou então “Estrutura Empresarial”

Ele franziu a testa e se questionou: “Será que as magias mais fortes possuem os mesmos nomes?” ou então...

Jonas deu um grande grito que ecoou pelo corredor, havia descoberto a funcionalidade das folhas verdes, puxou a camisa de Pedro que não calava a boca nem por um segundo.

_Eu DESCOBRI Pedro. Estas não são as melhores magias, e sim, os diários dos magos, nestas folhas verdes e brancas estão à hora e dia que eles usam as magias.

Pedro parou para pensar. Nas folhas realmente existiam quadradinhos, datas e horas.

_É claro Jonas. É claro. Só precisamos encontrar então qual foi o dia em que usaram a magia para amaldiçoar a engenhoca do café e fazer o efeito reverso.

Jonas sorriu e Pedro quase saltara de felicidade, talvez, esta fosse a primeira vez que falara algo inteligente na vida.

Começaram então os dois juntos a procurar nas folhas verdes uma que falasse algo sobre “Café” ou “engenhoca goblin”, o maior objetivo deles era consertar a maquina, era para isso que estavam ali, para dar a todos os magos ajudantes poções de café melhores.

Algum tempo se passou e Jonas começou a ficar entediado, em todos os papeis só encontravam coisas como “contribuição financeira“ ou “contabilidade empresarial”

_Nossa, cansa pesquisar magias não? – comenta Jonas.

_Que naaada, olha só, já estamos chegando perto. "Questões financeiras de uma empresa de nome, deve ter o conceito de crescer..." – Pedro todo eufórico fala em alta voz.

Jonas rapidamente leva a mão à boca de Pedro tentando fazer ele se calar, não era uma boa hora para ler textos que supostamente invocariam magias poderosas em voz alta.

_"A renda per capta de uma empresa de nome...” – continua Pedro mesmo assim.

_Pedro, cala a boca, shiiiiiu... - dizia Jonas incansavelmente, até que...
Subitamente a porta da sala se abriu, e lá estava um imenso Ogro de testa franzida e punhos fechados.

_MAS QUE BAGUNÇA É ESSA AQUI NO MEU ESCRITORIO? – Urrou o Monstro que vestia roupas sociais.

_Tudo está acabado - Pensou Jonas - Pedro acabou recitando magias poderosas e acabou invocando um Ogro. Não se deve brincar com magias poderosas...

Os garotos tentaram fugir, mas foram rapidamente capturados pelas mãos fortes da besta que gritava coisas sem sentido. Eles foram arrastados até o elevador, “nos vamos morrer” pensavam constantemente.

O ogro bufava de ódio encarando os jovens assustados.

_Precisamos correr – disse Pedro

O grande ogro apenas bateu sua mão na parede de metal do elevador fazendo com que tudo tremesse, calando assim a boca das crianças.

Pedro e Jonas foram arrastados pelo saguão e jogados na frente da porta do escritório do tio deles, presidente da firma. O ogro entrou enfurecido puxando os moleques para dentro também.

O tio deles que analisava uns pergaminhos simplesmente olhou sem compreender, mas logo lhe caiu a ficha.

_Acho que não vamos ganhar pontos de experiência – sussurrou Pedro.

_Podemos tentar amanha – consolou Jonas.


"A vida realmente seria chata sem a fantasia"

ANTOLOGIA DO ABSURDO

BOm, hoje estou aqui pra falar de um bom livro de contos... contos de terror e ficção...

estou falando de ANTOLOGIA DO ABSURDO, Obra de Victor Meloni. A Obra reune contos de terror e fantasia, com o toque especial de que a obra é brasileira e não estrangeira. Como a literatura fantasiosa não é de costume no Brasil, o livro é lançado de forma mais autonoma, pelo site clube de autores, que da um help pra quem quer lançar um livro.


"As linhas desta obra prezam pelo delírio de uma mente prenhe de idéias que foram paridas nas turbulentas águas dos contos fantásticos, lugar assaz pertinente para as elucubrações que opugnam aqueles que estão irremediavelmente tomados por este gênero literário. O autor, Victor Meloni, é uma destas criaturas, e se atreve a levar ao leitor o resultado das vozes que crepitam, com inquietante regularidade, em sua obsedada cabeça." (comentarios do site)
http://clubedeautores.com.br/book/4939--antologia_do_absurdo

Vale a pena conferir um livro assim, ainda mais pra nós aqui, que adoramos CONTOS.

Acompanhe também Contos ominosos.

por hoje é isso!

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

A Curiosidade que Mata o Gato - Parte 2

Ola pessoal, eu sou Fowl e estou aqui postando a segunda parte de "Curiosidade que mata o Gato"...GATO!

tentei fazer um texto melhor e maior e mais objetivo, mas acabou ficando do mesmo tamanho do anterior, com o mesmo estilo de objetividade [precisasse de criatividade para entender algumas coisas] e a melhoria..bem, isso depende dos leitores, porque o meu portugues é daquele jeito...

espero qeu gostem desta segunda parte. Adan e Elisa continuam em londres e dessa vez o bicho pega.
Para nao se perderem no texto 'grande', marquei esta parte com cenas: "No café" e "De volta no hotel", para que nao reclamem depois: "Ai, nao li porque o texto é longo...D:"

lets go!


PARTE 2

Aquela manha de sono não fora boa, Elisa não conseguiu dormiu nem por um segundo e Adan conseguiu ter três pesadelos seguidos. Mas, sabiam que a única coisa que os tranqüilizava era estar um ao lado do outro.

Já não se viam a tanto tempo que sentiam imensas saudades um do outro. Adan deve que partir de sua cidade natal quando foi promovido para um empresa fora do país. Elisa, por ser mais jovem, terminou os estudos e tentou seguir os passos de seu amigo, mas não conseguiu. Até que chegou aquele dia trágico em sua vida: A morte de sua mãe.

Sua mãe era tudo que tinha, desde que nasceu seu pai partiu para a guerra do Vietnã e nunca mais voltou. Seu pai por sua vez deixou uma grande fortuna para sua mãe, que naquele momento deixara tudo para Elisa, filha única.

Elisa então resolveu viajar o mundo com o dinheiro que deve, embora, tivesse dinheiro o bastante para viver toda sua vida e para a vida de suas futuras gerações, ela decidiu viver de forma simples, roupas baratas, convivendo com pessoas de baixa classe e fazendo cursos grátis de pintura, artesanato, fotografia e ballet pelo mundo.

Até o certo dia em que se aprofundou nas drogas, sentiu saudades da mãe e curiosidade de saber sobre o seu pai, já tinha tudo que queria e não queria mais nada. Então, se lembrou de seu amigo, Adan. Quando conversaram pela primeira vez por telefone já não se viam a mais de 2 anos. Conversaram de forma feliz o bastante, Adan havia mudado muito, já tinha seu próprio dinheiro e sua própria responsabilidade sobre tudo, e então as conversas se tornaram freqüentes, por telefone e internet. Seus assuntos eram variados sempre e nunca faltava assunto para ambos. Foram feitos um para o outro, mas não como um casal, e sim, como grandes amigos, para sempre.

Quando completou 5 anos de saudades, se encontraram, Elisa o convenceu de que deveriam viver juntos para toda a vida, deveriam se tornar vampiros imortais. Adan por sua vez, escrevia todos os dias nas suas colunas de jornais sobre o sobrenatural, e esta era sua primeira férias durante os seus longos anos de trabalho. Elisa também sempre conheceu o mundo sobrenatural, mas não tão bem quando Adan. Cinéfilos de terror, resolveram viajar toda a Europa de metro para buscar a imortalidade. Sabiam que não encontrariam, mas queriam estar juntos, para sempre.

_Me desculpe por ter implorado por esta viagem. – Elisa se desculpava enquanto Adan escovava os dentes no banheiro. Estavam em um hotel 5 estrelas de casal, embora tivessem dormido na mesma cama, nada aconteceu noite passada, seja pela amizade e também pelo cansaço.

_?

_Eu pedi pela viagem, e agora estamos morrendo de medo neste país que não conhecemos ninguém e não sabemos onde pedir ajuda.

Adan terminou de escovar os dentes e se sentou ao lado dela na cama:

_Ora, ora, a viagem não esta sendo de todo mal, aconteceu algo estranho ontem, mas, eu já te contei o que aconteceu comigo durante o meu estagio no jornal?

“Eu estava andando pelas ruas estreitas de uma cidade caipira para investigar um certo caso sobre um cachorro enorme que assombrava os moradores. Já estava La mais ou menos durante uma semana e nada de encontrar o tal cachorro. Até então que na cidade, o prefeito elaborou todo um evento fenomenal para os moradores, era o evento cheio de esportes e com feiras onde se vendia de tudo, deste artesanatos e frutas ate tecnologias [apesar de muitos moradores dali não saberem usar nada daquilo].

Toda a tarde fora feliz. Já estava quase escurecendo e o sol estava indo embora, quando a lua cheia surgiu no horizonte do céu. Meu ajudante, que morria de medo de assombrações sussurrou para mim, acho melhor irmos para o hotel, hoje é lua cheia, estamos em uma feira e a ‘coisa’ não deve gostar de muito barulho. “Oras, viemos para cá para podermos registrar o momento que iremos flagrar a criatura pelos matos, pela cidade ou ate no banheiro se ela for, este é o nosso trabalho meu caro” e o meu ajudante morrendo de medo. Ate que, ouvisse alguns gritos no final da feira. Quando pensamos em correr na direção dos gritos [o meu ajudante pensou em correr para o lado oposto]pudemos ver um corpo sendo jogado para cima.

Toda aquela multidão de caipiras e turistas correram pra La e pra cá e eu não conseguia me aproximar. Aquela matéria ia render minha aposentadoria para toda minha vida, e eu só conseguia pensar nisso.

Quando cheguei no local de onde as pessoas estava fugindo, pude ver infestado de sangue uma gigantesca criatura com nariz de palhaço e um machado na Mao dizendo: Eu só quero me divertir, eu só quero me divertir.”

Elisa continuou olhando para a cara de Adan se mostrar nenhuma expressão no olhar:

_Você é péssimo para piadas... – Ela já havia posto o seu tênis e se levantou e se dirigiu para o banheiro.

_Mas eu tentei – gritou Adan.

No café

Sairam para tomar um café, o relógio marcava três da tarde, mas haviam acabado de ‘acordar’, de, depois do que aconteceu noite passada decidiram aproveitar o fraco sol de Londres do que caminharem por aí andando pelas ruas durante a madrugada. Já haviam admitido o medo que estavam sentindo.

Se sentaram em uma das mesas na calçada da cafeteria James e pediram por café básico, no que custaria muito mais do que qualquer outra coisa em uma padaria qualquer. E mesmo que tentassem conversar sobre outro assunto, o que havia acontecido na madrugada passada ainda estava recente. Por isso se entre olhavam mas não conversavam muito um com o outro, para não comentarem sobre o que aconteceu, e nem sobre o que poderiam ter feito.

Um garçom passa ao lado deles segurando um jornal. Elisa puxa com toda a força o Jornal da bandeja do Garçom, quase derrubando o Milk shake que carregava na outra ponta.

Ela abria o jornal com força para encontrar, olhando assustada para todos os cantos das folhas e então La estava a noticia.

“Mendigo assassino estrangula porteiro e recepcionista do Hotel Baggow nesta madrugada.”

Elisa olhou assustada [e aliviada] para Adan, seus nomes não estavam no jornal. Adan pegou o jornal de suas mãos e passou a ler a noticia e repetiu em voz alta o que lera: “As câmeras de vigilância flagram o momento em que o mendigo tenta assaltar dois jovens que acabam de buscar dinheiro em um caixa eletrônico 24 horas. O mendigo cujo nome ainda não se tem noticias estava bêbado, mas não tinha nenhum sintomas de ter usado drogas, foi encontrado no quarto andar do hotel com as duas pernas estraçalhadas, da mesma maneira dos dois trabalhadores do hotel no turno da madrugada, que, segundo os especialistas morreram no térreo, forma encontrados a poucos metros do mendigo.”

Os jovens terminaram o café e foram direto para o hotel [cinco estrelas] onde estavam, pois, não estavam nem um pouco afim de ficarem pelas ruas durante o pôr do sol.

De volta Ao Hotel

Chegando ate o apartamento, ambos os amigos ficaram no sofá vendo TV, pediram pizza como almoço [mas já estava na hora do jantar] e por algumas horas conseguiram esquecer o que acontecera noite passada, somente alguns momento as visões do mendigo voltavam. Decidiram que nenhum deles iria para o psicólogo pelo que acontecera a noite passada, não queria mostrar que estiveram presentes a uma situação sobrenatural, e muito menos queriam ser taxados de loucos por ninguém, então resolveram que aquilo seria o grande segredo de sua amizade [tirando algumas outras coisas, mas isso não importa agora].

A noite chegara de repente e eles já estavam sorrindo, é claro que quando perceberam que já era noite sentiram o calafrio estranho de mistério, então decidiram que naquela noite dormiriam mais cedo. Elisa foi para o quarto, de frente para a varanda. A noite estava fria então trancou a porta da varanda que mostrava toda a cidade iluminada com luzes de neon clara. Ela apagou a luz do quarto e deitou-se na imensa cama de luxo, Elisa não estava afim de se vestir para dormir, então deitou-se como estava, de calça jeanz e blusa [principalmente porque quando estavam juntos, os amigos dormiam juntos -apenas dormiam-]

Adan foi para o banho, encheu a banheira enquanto preparava um cha, tomou o cha e deitou-se na banheira. E como de costume, começou a gritar “I'm Singing in the Rain”. Elisa podia ouvir a cantoria de Adan e riu de sua alegria.

Elisa fecha os olhos para poder pensar no seu mundo de fantasias, um mundo feliz e bom, onde não existe mendigos e sim animais bonitos que vivem a vida em florestas grandes, Elisa só não queria mais pensar em monstros e nem mesmo na noite, nem mesmo na lua nova que brilhava La fora, nem mesmo no sereno que agora começava. Ela podia ouvir os pequeno pingos caírem na varanda.

Ate mesmo um estrondoso barulho de asas pousar na varanda.

Elisa arregalou os olhos, não sabia o que era,. O que poderia ser, um barulho estrondoso de asas pousando na varanda? Uma coruja? Mas corujas são sorrateiras. Um morcego? Mas um morcego não tem asas tão longas.

O coração de Elisa estava pulsando muito forte que parecia que ia saltar para fora da boca. Ela não havia usado drogas, não costumava usar drogas quando estava com Adan, e o mesmo ele fazia quando estava com ela. Ela se levantou da cama e começou a caminhar lentamente ate a varanda. Esta descalça e com frio e não fazia a mínima idéia do que a esperava na varanda.

Tocou na maçaneta da porta de correr e, abriu com tudo e pos a cabeça para fora.

Não havia nada na varanda. A não ser a cadeira de balanço e toda a cidade lá embaixo.

Elisa suspirou aliviada, ate que tão rápido como um relâmpago uma monstruosa criatura veio em sua direção, com a Mao de talvez 50 centimetros. Esta criatura desceu do teto da varanda e grudou a mão sem seu pescoço, a enforcando.

Elisa não conseguia respirar, a criatura era muito grande e sua Mao muito forte. O cheiro de pedras úmidas da criatura não a deixava pensar em nada, a não ser que iria morrer naquele instante. A criatura foi a empurrando para dentro do quarto, e a encostou na parede, ela tentava chuta-lo, mas seu pé machucava, o mesmo de chutar uma pedra.

A criatura possuía longos chifres e olhos vermelhos, ela não conseguia ver mais nada alem disso, o quarto estava escuro e o que conseguia ver da criatura era por causa da iluminação da lua lá fora. Elisa chutava de tudo, lutando pela sua sobrevivência. A criatura bufava raiva e apertava seu pescoço ainda mais. Elisa acabou acertando um vaso de flores de um criado mudo que acabou fazendo um enorme barulho.

Adan que tomava banho ouviu gemidos e o vaso cair, fora difícil ouvir, pois sua cantoria de “I'm Singing in the Rain” era bastante alta:

_Elisa? Tudo bem aí?

E nenhuma resposta.

Adan sentiu um calafrio estranho passar pela sua espinha. Não queria estar mias no banho quente, agora ele queria saber o que se passava com Elisa, fazia alguns minutos que ela não falava nada e ele não parara de cantar no banho.

Adan se levantou com tudo da banheira e colocou a toalha na cintura. Correu para o quarto suíte máster e La estava uma imensa criatura de talvez 2 metros e meio prensando Elisa na parede, a enforcando.

A criatura possuía asas enormes que eram maior que todo o seu corpo, as asas deviam medir mais de três metros, seus longos chifres quase acertavam a cara de Elisa quando ela se debatia para vencer a força sobrenatural do monstro.

Adan gritou para a criatura que não esboçou nenhuma reação. Então acendeu a luz e correu na direção da criatura para enfrentado no corpo a corpo.

A criatura largou Elisa no mesmo instante e gritou de dor. Adan ficou paralisado ao ver que a criatura sentira dor com a luz do quarto.

O monstro por sua vez grudou no teto e começou a destruir as lâmpadas que ficaram dentro do gesso do teto. O quarto era grande e revestido por 6 grandes lâmpadas de neon claras: “Isso deve cegar qualquer criatura das trevas” pensou Adan.

O jovem por sua vez, correu ate Elisa que parecia estar quase morrendo sem ar. Ela respirava com dificuldades. Seu pescoço estava todo roxo, a criatura realmente quase a matou, se não tivesse impedido o monstro naquele instante, Elisa já estaria sem a cabeça. Adan puxou sua querida amiga para perto do banheiro, onde ainda estava muito bem iluminado.

A criatura no teto já havia destruído 4 lâmpadas, ele se movimentava no teto com muita facilidade e gritava de raiva toda vez que chegava perto de uma lâmpada.

Adan deixou Elisa próximo do banheiro e correu para buscar algo em sua mala de viagem. E encontrou, sua lanterna de ultima geração com pequenos leds. Esta lanterna fora especialmente comprada para acampamentos de varias noites, este era o melhor momento para usá-lo, para enfrentar uma besta.

A criatura infernal destruiu todas as lâmpadas e pousara novamente no chão, com seu pé de mais de 60 centímetros e com dedos pontiagudos, e a cada passo que dava, marcava o chão com grandes pegadas sujas de barro.

Adan ligou sua lanterna mirando na cara da criatura que estava ali somente para mata-los.

A criatura gritou, um imenso barulho que penetrou os ouvidos de Adan e que quase o ensurdeceu.Mas nada fazia o tirar o foco da cara da criatura.

Este monstro era feito de pedra, percebeu ele, seus olhos havia cores vermelhas e lembravam o fogo, o fogo do inferno. Adan se lembrou de seus estudos sobre o sobrenatural e percebeu que aquele ali era um gárgula movido a magia negra de demônios ou vampiros. Alguém queria vê-los mortos, e enviou esta besta que não agüenta a luz, a não ser a luz da lua. O gárgula se torna pedra quando a luz toca sua pele por muito tempo, e então ele prefere sempre adormecer, para não sofrer quando for transformado em pedra.

O gárgula que não parava de gritar sentia muita dor por causa da luz, não conseguia se aproximar de Adan, pois ele estava a frente do banheiro onde também era muito iluminado.

Então a criatura abriu suas asas [que bateram em ambas as paredes do quarto] e saiu voando para fora do prédio, quebrando toda a porta da varanda e fazendo um estrondoso barulho por todo o prédio.

A criatura não resistira.

Adan não sabia o que fazer, haviam sobrevivido mais uma noite. Se agachou ate Elisa que ainda estava desacordada. E a abraçou.

Não sabia o que sentir, não sabia o que pensar, não sabia o que temer, não sabia de nada. Não sabia nem mesmo o que poderiam fazer para continuarem vivendo. Adan sentia apenas que queria chorar naquele momento, de medo de sua única amiga estar morta. Seu coração desesperado ainda não parava de bater com força.

Pegou Elisa no colo e a levou para sala, acendeu as luzes e ali estavam protegidos. Ligou para a central do prédio e pediu por um medico.

Adan só podia esperar agora, não havia o que fazer. Se sentou ao lado de sua amada amiga e alisou seus cabelos. Não agüentou e precisou chorar.

_Tudo vai ficar bem Elisa, tudo vai ficar bem.

Ela podia o ouvir, esboçou alguns movimentos com a boca. Adan sorriu, sabia que sua amiga poderia voltar a sorrir algum dia.

Mas, quando?

...Continua


é isso ae pessoal... Espero que tenham gostado, e se gostaram ou odiaram, comentem mesmo assim!
Prometo que na proxima parte conto historia de outros 'curiosos'... Aguardem,e obrigado.

domingo, 27 de setembro de 2009

Monstros

Uma pequena introdução sobre monstros, não uma história, mas um conceito sobre a natureza selvagem... não tem nada com outras histórias que eu ja escrevi e pra ser sicero nem é a versão revisada... Esse também ja faz um tempo que escrevi, e é em primeira pessoa, o que torna meio estranho, ja que não tenho esse costume...
De qualquer forma... é mais baseado no mundo das trevas da White Wolf, então...

Eu não acreditava em nada sobrenatural, até o dia em que me vi mergulhado nesse novo mundo...


A noite estava Completamente escura, não fossem as estrelas que brilhavam ao longe. Eu não sabia onde estava ou porque estava ali, só sabia que era no meio do nada e que eu estava cansado como se estivesse correndo há horas; provavelmente eu estava mesmo.


Não Sabia como havia chegado àquele lugar ou mesmo para onde estava indo, mas sabia que deveria continuar correndo. “Corra por sua vida” dizia uma musica ao fundo de minha mente. Pouco a pouco, enquanto corria por entre as árvores comecei a notar o que estava errado: minhas roupas, ou melhor, minhas calças (pois foi o que sobrou) estavam rasgadas como se eu tivesse sido atacado por um tigre, ou um lobo... e a floresta, e só podia ser uma floresta, parecia não ter fim, ainda mais naquela escuridão e aquela névoa que ironicamente pairava no ar. Além disso, deveria ser Lua Cheia, onde estava a Lua? Seria um eclipse?


Alguma coisa estava me seguindo, disso eu tinha certeza. Aos poucos alguns “flashs” de memórias entravam em minha mente. A coisa, ou melhor, o cara que estava me seguindo era forte, mas eu havia lutado com ele, então porque agora eu estava fugindo?


A Lua começou a aparecer no céu enquanto eu corria cada vez mais rápido na medida em que minhas memórias retornavam. A luta, a perseguição, os homens pálidos, a casa em chamas, os lobos... Lobisomem! Só poderia ser isso! Estaquei escorregando no solo meio úmido, quando notei que a lua já estava quase toda à vista e que eu retornava para aquela forma híbrida. Não era de se espantar que eu estivesse quase nu, minhas calças só resistiram por serem vários números maiores do que o meu tamanho e por serem presas por elásticos, se fossem Jeans já teriam cedido a muito tempo, eu estava enorme e já não era mais humano, era quase um lobo, quase.


Virei para encarar meu perseguidor, um sugador de sangue, inimigo natural daquilo que eu agora era. Mas ele não deveria ser meu inimigo, aquele era Peter, meu amigo Peter, que cresceu e viveu como se fosse meu irmão.


Antes que eu pudesse pensar em como era minha infância, ou no quanto ele fora importante, Peter estava no raio de alcance de minhas garras. Não houve pensamentos, ódio ou misericórdia quando me movi, com minhas garras rasgando a pele pálida de meu amigo como se fossem lâminas. Ele não deixou por menos e avançou com suas presas capazes de perfurar mármore, capazes de me perfurar. O Sangue jorrou de meu braço no mesmo instante em que alcancei seu pescoço e apertei com toda força que me sobrou.


Os ossos cederam e junto com eles a pele foi rasgada, apesar de parecer pedra. O sangue jorrou como de uma fonte, banhando meu rosto e tornando tudo vermelho por onde quer que eu olhasse. Notei que não era o sangue de Peter nas árvores, mas minha visão que se tornara vermelha. Tentei caminhar para longe daquele cenário, mas meus olhos se recusavam a ficar abertos. Cai no chão, inerte, incapaz de descobrir o que viria a seguir.

Bom... isso encerra os textos que eu tinha guardado. Agora só vai ter coisa nova... pelo menos eu espero que VENHAM coisas novas por ai... me mandaram umas idéias de histórias, então eu vou procurar saber mais sobre as coisas pra escrever mais e mais...

*

Queria colocar aqui um pedido de desculpas formais ao Tom(Ertuh), pois foi ele quem deu nome ao 1ºcapitulo (queimando falsas verdades) da história "Além do que está alem" ... eu deveria ter citado isso no post anterior, mas esqueci... XD
Pra quem não sabe eu fico discutindo minhas histórias com o Ertuh, então muitas vezes eu coloco sugestões dele nas histórias... é complicado parar para agradecer a todas as sugestões, então vou colocar um agradecimento geral na dedicatória (hehe, como se fosse virar livro).

Quanto a história em si (Além do que está além), vou postar mais partes só depois de ter mais um capitulo pronto... isso porque eu quero evitar que minha história tenha muita influência do que leio durante a semana (culpa de alguns blogueiros com histórias interessantes por ai XD)...

Acho que é isso... uns parabens às pessoas que continuam escrevendo histórias e que me incentivam a continuar, tbm aos que tem blogs de informações ou protextos úteis que me fazem voltar ao chão... Ah, saudades da Tiefling (não só dos posts mas da pessoa)... *emo mode Off*

Bem... continuem acompanhando o blog e se quiserem ter uma participação é só avisar! XD

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

ALÉM DO QUE ESTÁ ALEM - cap1 parte3

Em uma breve explicação: Mudei mesmo o nome do capitulo porque o outro estava ruim pra caramba... agora é “Queimando falsas verdade”. Tem mais a ver com o que acontece. O nome da história também é algo a ser alterado, sendo então “Além do que está além”... O motivo é que o titulo era tosco, e o que pretendo escrever tem a ver com enxergar além do que está além, não apenas o que parece óbvio (pois o óbvio é só parte da verdade).

Atrasei por estar sem net em casa, mas hoje vou soltar mais um pedaço da história oficial, encerrando o primeiro capitulo. O fato é que “O imortal” é um conto meio que paralelo à história que tenho contado. Talvez tenha muitos outros paralelos a essa história, afinal, muita coisa pode existir dentro desse mesmo mundo.

Aqui também apresento um novo personagem, esse é o cara negro da história... não por obrigatoriedade de mistura ou coisas do tipo, mas porque a história é brasileira e é assim que o Brasil é, de todas as cores, etc, etc...
Bom, chega de escrever bobeira, podem ler o texto de uma vez... XD

Além Do Que Está Além - Cap 1 p. 3

QUEIMANDO FALSAS VERDADES - PARTE 3


Era difícil acreditar que aquilo fosse real, mas Gabriel já havia perdido as esperanças de que fosse acordar ou mesmo de que fosse encontrar alguma falha naquilo, indicando que fosse uma ilusão.

- Então, - começou após um tempo pensando em silêncio – Como você sabia que eu estava lá? E porque me salvou?

- Me disseram que você estava lá. E te salvei porque te conheço. – Verônica respondeu séria, mas vendo a cara de surpreso de Gabriel completou – Não sou seu anjo da guarda ou coisa parecida.

- Desculpa. – Disse Gabriel, sentindo-se mal por irritar Verônica.

- Esquece. – Respondeu a garota se acalmando.

- Mas, já que é assim, posso fazer mais algumas perguntas?

Gabriel sabia que não era a forma mais agradável de agir, mas precisava muitos de respostas. Respostas que só Verônica poderia dar. E como ele certamente estava ainda em choque, Verônica assentiu com a cabeça, indicando que responderia.

- Porém, com uma condição. E tenho certeza que você já sabe qual é. – Verônica agora estava mais calma e disposta a explicar, mas ainda precisava ser cautelosa. – Não pode contar nada disso pra ninguém.

- Claro – respondeu Gabriel de imediato, afinal, não havia mesmo pra quem falar daquilo – Juro que ninguém vai saber.

- Bom, não sei por onde começar, então é melhor você fazer as perguntas. – Verônica estava mais calma, mas ainda parecia pouco à vontade, quase com vergonha da situação.

- É, certo. Então, o que é exatamente um anjo? Foi, tipo, Deus que te mandou pra cá e tudo o mais?

– Parecia difícil encontrar as palavras certas para a pergunta.

- Não. Na verdade, sei de Deus tanto quanto qualquer outra pessoa. – Nesse momento Verônica fez uma pequena pausa, pois Gabriel pareceu ainda mais confuso. – Nasci assim, ou quase isso. Mas sei que não tem nada de tão diferente na minha vida. Só sei que existem outros e que estamos aqui para proteger as pessoas que ainda não deveriam morrer. Ninguém em especial, sabe, apenas... ah, nem eu sei disso direito. – E havia verdade naquilo, pois ela não sabia mesmo o que deveria fazer ou porque existiam anjos.

- Mas como você sabe quem proteger? Quer dizer, alguma voz do além ou é um simples impulso de ajudar? – Gabriel estava confuso, mas ainda podia ser racional. As teorias corriam como vento por sua cabeça, todas as possibilidades de existência estavam ali, como se ele sempre soubesse de tudo.

- Acho que é mais como um impulso. Como hoje. Quando me dou conta já corri e ajudei, mas não é que não saiba o que estou fazendo, apenas não penso muito antes de agir.

E por algum motivo já começava parecer natural para Verônica falar sobre aquilo com Gabriel. Talvez por que ele não tivesse gritado ou coisa parecida, mas talvez fosse porque embora ele estivesse ainda descrente, ele raciocinava bem sobre as coisas. De qualquer forma, a reação dele ainda estava melhor do que a própria Verônica havia tido ao descobrir o próprio segredo.

Mas Gabriel já havia notado que Verônica não gostava de falar sobre ela mesma, em nenhuma situação, então embora estivesse muito curioso, resolveu mudar o rumo da conversa. Era melhor ficar curioso do que ofendê-la, era melhor esperar o momento certo para perguntar.

- E quanto às outras criaturas que você disse que existem? Digo, Vampiros, Lobisomens e essas coisas? – Se fossem como diziam as lendas, era melhor saber sobre elas, pensou Gabriel.

- Existem poucos também, mas não são exatamente como em lendas. Quer dizer, não passam isso como uma doença como nas lendas, mas são cruéis. – Verônica sabia que aquela não era toda a resposta, mas não queria soltar toda a verdade de uma vez. Gabriel era bem racional, racional demais talvez, então corria o risco de um grande choque se ele soubesse COMO ela via essas criaturas.

Mas Gabriel era esperto e já estava um passo à frente.

- E você os mantém longe das pessoas? Tipo, acordos ou ameaças? – Mas claro que Gabriel não achava que Verônica fosse ameaçadora, ou cruel, o suficiente para ameaçar tais seres.

- Eu os mato! – Disse Verônica olhando para baixo, quase escondendo o próprio rosto.

- Você o que?! – Gabriel tentou esconder a surpresa, mas era inevitável, Verônica era ainda mais surpreendente do que ele poderia pensar, mais surpreendente do que ele poderia sonhar.

- Dois Lobisomens, Três Vampiros e um Demônio. – Verônica respondeu com a voz trêmula. Estava a ponto de chorar, mas se recusava a ser frágil.

- Uau! – Exclamou Gabriel já desistindo de encontrar sentido naquilo tudo.

Gabriel sabia que não era uma boa hora pra perguntar mais nada. Sabia que o melhor a fazer era ficar quieto. E assim ambos ficaram quietos por vários minutos, até que Gabriel chegou à conclusão de que não importava que existissem outras criaturas além das que ele conhecia e não importava que a garota ao seu lado fosse capaz de matar coisas que ele não pensaria em enfrentar, pois nada daquilo era realmente novo, era ELE que não sabia de nada disso o tempo todo. Gabriel se levantou, ficou de frente para Verônica e estendeu a mão para ajudá-la a se levantar.

Verônica apenas olhou pra cima, com o rosto vermelho. Enxugou os olhos quase lacrimejantes com os dedos e ergueu uma sobrancelha para Gabriel, sem entender o que ele queria.

- Vamos almoçar. Te devo uma, você salvou minha vida. – Disse Gabriel, sua voz livre de qualquer choque ou pavor que alguém sentiria após ouvir tudo o que ouviu.

- É, salvei. – disse Verônica rindo da situação. Talvez o garoto não compreendesse realmente tudo que ela havia dito, mas ela não queria mesmo ir pra casa, de qualquer forma. – Vou avisar Lilian de que não estou indo pra casa.

Só então se deu conta de que também precisaria explicar o que aconteceu à sua irmã. Mas Lilian poderia esperar, ela com certeza não falaria sobre isso com ninguém e com certeza seria fácil explicar a ela a existência de outros seres. Então resolveu que seria adequado, nesse momento, mandar somente uma mensagem para a irmã.
#

Lilian começou a correr, desajeitada com todas as coisas que estavam em suas mãos, sem nem mesmo pensar no que ocorrera. Somente depois de cair e derrubar algumas coisas no chão é que parou pra pensar no que acontecera.

Não fazia muito sentido o que ela acabara de ver. Uma pessoa não poderia fazer asas surgirem assim do nada, não desde que ela se lembrava. Também não fazia sentido que as imagens na televisão mostrassem exatamente aquilo que ela vira no sonho, não podia ser real porque não fazia sentido. Mas fora exatamente o que Lilian viu acontecer. Dessa vez era tudo real.

Lilian recolheu as coisas que estavam no chão, querendo ir logo para o local do acidente. Não era longe dali, mas ela precisava ser rápida, tudo aquilo iria explodir. E Gabriel iria junto, mas pior do que isso, agora Verônica iria junto e a culpa era dela. Ela havia falado sobre o sonho, ela havia dito para a irmã que Gabriel corria perigo e ela deixara Verônica ir, mesmo sabendo do que aconteceria.

Recolhidas as coisas Lilian começou a andar rápido, não ajudaria se tentasse correr e derrubasse tudo, ou caísse novamente. Além do mais as lágrimas já não a deixavam enxergar direito para onde estava indo. E então ela ouviu o que sabia que aconteceria, mas mesmo sabendo o susto foi grande e o choque terrível. Duas explosões, o caminhão e o posto, Gabriel e Verônica.

Já não fazia sentido correr, já não fazia sentido ir até o local. Sentou-se no primeiro banco que encontrou, encostou a cabeça nos joelhos e começou a chorar. Não importava se outros vissem, não fazia mesmo sentido esconder sua tristeza. Naquele dia, nada mais fazia sentido.

Enquanto o tempo passava só vieram pensamentos sobre sua irmã, explicações para aquilo que era inexplicável ou o que não fazia sentido até então. O que Verônica escondia sobre si mesma, porque era tão rápida e porque inspirava tanta confiança. Lilian então compreendeu que a única palavra para descrever sua irmã era justamente aquela pela qual a irmã sempre a descrevia: um Anjo.

Mas anjos não morriam, morriam? Em tempos passados pareceria óbvio que não morriam, mas naqueles tempos sua irmã não era um anjo. Pelo menos não pela forma que Lilian a via. Tinha de ter alguma coisa que estava escapando. Algum tipo de dica da irmã, alguma dica, Verônica não a deixaria assim no escuro, não a enganaria por completo.

Mas Verônica o havia feito, durante muito tempo. Esse era o motivo pelo qual Verônica deixara a casa de sua mãe para viver com seu pai. Ele não parecia ser atencioso o suficiente para notar algum segredo, parecia? Dificilmente ele perceberia, mesmo que Verônica não voltasse para casa no horário, ele não perceberia, ele nunca estava por lá, sempre trabalhando até muito tarde.

Já havia se passado muito tempo desde a explosão. Lilian sabia que o tempo passara, mas não conseguia saber o quanto. Sua cabeça girava em pensamentos que não faziam sentido mesmo para ela. Afinal, que sentido havia nisso tudo, que diferença faria descobrir os segredos da irmã ou o motivo de sua mudança. Ela agora estava sozinha.

- BIP! – Era seu celular apitando. Péssima hora para receber uma mensagem.
Relutante, retirou o celular da bolsa e o abriu sem vontade. A mensagem praticamente pulou para fora, Lilian pulou do banco.

VOU ALMOÇAR COM GABRIEL.
VÁ PARA CASA QUE EU TE EXPLICO DEPOIS. PASSO POR LÁ MAIS TARDE.
PS: TUDO FICOU BEM, GRAÇAS A VOCÊ ^^.

As lágrimas agora correram novamente pela face de Lilian, mas agora eram de alegria. Sua irmã estava bem, TUDO estava bem. Agora não fazia sentido a quantia que ela havia chorado e ela sabia disso. Era claro que sua irmã não poderia estar morta, afinal ela era um Anjo, mais do que isso, ela era a melhor irmã do mundo e Lilian sabia que Verônica nunca a deixaria sozinha. Então Lilian caminhou novamente com um sorriso no rosto, pois tudo estava como deveria ser, tudo estava novamente bem.
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Victor acordou com sede no meio da noite. A noite estava quente, é claro, mas o calor parecia anormal e sua garganta parecia seca como se não tivesse tomado líquido há dias. Era exagero pensar dessa forma, mas foi a melhor forma que Victor encontrou para descrever a si mesmo a sensação.

Levantou-se e passou a mão pelo rosto, levando para o topo da cabeça, notando então que havia algo de muito errado com seus cabelos. Para começar, ele nunca deixava o cabelo crescer, sua cabeça estava sempre lisa, melhor isso que o irritante cabelo crespo, segundo, ele parecia macio e isso definitivamente estava MUITO errado.

Correu para o banheiro, e ascendeu a luz. A iluminação o deixou cego por um instante, então apalpou a pia até achar a torneira. Jogou água em seu próprio rosto e tentou abrir os olhos, mas ainda não era possível ver direito, exceto que a imagem no espelho estava completamente errada. Talvez não fosse o espelho afinal, ele ainda deveria estar sonhando.

A dor finalmente parou e Victor pode abrir seus olhos. Na sua frente estava um cara de feições estranhas, parecido com Victor em muitos aspectos, mas os olhos eram mais estreitos, a pele era clara e ele tinha cabelos castanhos claros e macios que embora estivessem bagunçados, era óbvio que seria usado com um penteado perfeito, ao estilo dos astros de Hollywood.

Victor levantou a sobrancelha esquerda e o cara do outro lado do vidro ergueu a direita. Péssimo imitador, pensou Victor ao notar o movimento contrário. Mas alguma coisa ainda estava errada, não deveria haver ninguém no banheiro e o movimento havia sido voluntario demais. Victor parou por um momento e ficou encarando o cara no vidro, imaginando a diferença enorme entre sua pele negra e a pele clara do estranho.

O cara no vidro imitou quando Victor balançou a cabeça. Victor riu, como se aquilo fosse uma piada e o cara riu também. Aquilo era mesmo estranho, mas Victor se lembrou de quando estava no primário e ergueu a mão como se fosse coçar o olho, mudando apenas no ultimo instante e alisando o queixo. O homem estranho seguiu o movimento perfeitamente.
A piada perdeu a graça e Victor pegou a lâmina na pia. Vendo o cara do outro lado segurar um pouco de seu cabelo, Victor fez movimentos como se fosse cortar o próprio e o cabelo do homem caiu na pia.

- Há há! Te peguei, trouxa. – disse para o imitador e saiu do banheiro.

Talvez fosse mesmo estranho ver esse tipo de coisa, mas era como outros sonhos que tivera antes. Agora estava acordado, mas isso não fazia real diferença, provavelmente ainda estava bêbado.

A água estava absurdamente gelada, mas saciou a sede. Victor passou pelo banheiro, recolheu o cabelo do estranho e o colocou na mesa em seu quarto. Não ia fazer diferença de manhã, mas não faria deixar por lá também. Voltou a dormir.
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Hayley Williams cantava “How can I say what was Right / when you are clouding up my mind” ¹ quando Victor desligou o despertador. A cabeça de Victor doía bastante, então era melhor não levantar tão cedo. O fato era que o melhor não importava muito, ele iria se levantar de qualquer jeito. A sede voltara e só se poderia curar a ressaca tomando uma gelada. E foi exatamente isso que fez. Não ajudou de imediato, mas segurar a lata gelada junto à cabeça era de certa forma aliviante.

Victor tinha alguns trabalhos para entregar. Era quase fácil demais fazer aquelas imagens ganhar vida em seu computador, mas mesmo sendo fácil isso gastava tempo, então a grana não era exatamente tão fácil quanto Victor gostaria. Mas não havia muito do que ele pudesse reclamar, tinha uma fonte de renda que embora não fosse um rio de dinheiro, era do tipo que sempre tem algo para dar.

Mal se sentou em sua cadeira, que certamente era o lugar mais confortável de seu pequeno apartamento, e viu algo bem seria normal em qualquer local, mas ali era particularmente estranho. Um tufo de cabelo estava sobre a mesa, mas não um qualquer, era o cabelo da noite anterior. Não fazia sentido, mas Victor sabia que era, ele podia tocar o cabelo e pode sentir o cheiro de xampu nele.

Então se lembrou do que vira na noite anterior e em muitas outras noites antes, lembrou-se da única coisa que havia em comum em todas as situações anteriores: era sempre ele quem era a pessoa estranha. Ele sempre fora o estranho no espelho, mas nunca levara o fato a sério, mesmo agora. Mas não faria muito mal se pesquisasse um pouco sobre o assunto.

A pesquisa não fora em si muito difícil, o que era difícil era entender o que era aquilo e não rir com os sites sobre lobisomens e homens-morcego. Como se uma dessas coisas pudesse mesmo existir. Não fazia sentido continuar pesquisando, mas Victor continuou. Então achou um site que parecia um pouco menos distante da realidade ou pelo menos tinha uma postura mais séria sobre o assunto. Não era muito esclarecedor, não para o que Victor procurava saber, mas falava sobre um ser que poderia tomar a forma de outras pessoas e que normalmente tomava seus lugares.

O ser em questão era chamado de metamorfo e tinha ligação com uma lenda alemã, doppelganger. Era um ser que podia tomar o lugar das pessoas copiando suas aparências e também seus costumes. Ver um metamorfo com sua forma, diziam as crenças, era sinal de má sorte ou até morte, isso porque certamente o metamorfo mataria a pessoa em questão ou destruiria a vida da mesma utilizando sua aparência.

Não muito contente com a história, Victor resolveu que o melhor seria esquecer tudo e trabalhar, mas assim que reabriu seus projetos em andamento ouviu um estrondo. Era alto e era perto e foi seguido por um segundo estrondo, o chão pareceu tremer um pouco e então as luzes se apagaram e Victor não pode mais trabalhar.

Só podia ser uma explosão, e certamente atingiu algum cabo de energia próximo. Victor então só conseguia pensar nas histórias que havia lido sobre doppelgangers e sobre as coisas estranhas que havia visto até a noite anterior. Não fazia sentido acreditar em coisas que eram obviamente lendas, ainda mais alemãs, mas a existência da mecha de cabelo também não fazia sentido. Então a partir daquele dia, para Victor, nada mais faria tanto sentido quanto antes.

¹ - trecho de Decode, da banda Paramore. Seria algo como “como posso dizer o que está certo / quando você está nublando minha mente”

É isso ai... não prende tanto o leitor quanto os Conflux ou A Curiosidade Que Mata o Gato, mas espero que gostem.
Não sei dizer quando sei mais partes, mas é pouco provável que seja ainda nesse mês, as coisas estão ficando meio complicadas pra mim. Queria só dizer que o Fowl cometeu um equivoco nos comentários, não sou formado em Letras, eu ABANDONEI o curso...huahuhuahu

PS: Pra não deixar de postar, vou colocar algumas narrativas curtas nas próximas semanas (ou quem sabe poesias)...

domingo, 20 de setembro de 2009

Phantazine

Eai povo aqui é o ertuh, este texto que vou postar hoje na verdade seria para um fanzine, porem achei melhor adaptar o roteiro para texto, iria ficar muito grande então vou dividir em 2 ou 3 postagens, espero que gostem.



PhantZine





_Bem vindo ao resto de sua vida – disse o enorme guarda caranguejo depois que empurrou um pequeno sapo para sua cela bolha.

O sapo Gurim não mostrava nenhuma reação, provavelmente desacreditava que seu destino fosse este, nem ao menos podia cogitar uma idéia de fuga, pois esta era a maior prisão de todo o mundo, a Submersa dos Caranguejos.

Meu crime não era grande, deveriam me soltar - pensava o sapo amarelo, mas preferiu não falar, pois conhecia as historias do lugar, sabia que uma vida em uma bolha era melhor que a morte.

Toda a prisão era na verdade um grande coral no profundo oceano e todas as celas bolhas de ar incrustadas nas paredes, sua bolha em especial parecia menor que as outras e já continha um presidiário.

_A de cima é minha – disse uma voz rouca se referindo à cama do beliche assim que Gurim foi jogado dentro da bolha.

O companheiro de aposento era um pequeno cachorro que já demonstrava velhice em seus pelos, porem era bastante enérgico e boa pessoa, digo um bom cão.

Os primeiros dias foram difíceis, a bolha era minúscula pouco maior que um casco de tartaruga silvestre azul, mas assim que o primeiro mês passou o tempo correu bem. Por diversas vezes alguns caranguejos passaram por lá e mandaram que se calassem, entretanto era algo difícil já que Rosier era um piadista nato, e sempre tinha historias divertidas para contar.

Por volta do nono mês Gurim é acordado durante a noite algo que não mudava em nada embaixo do oceano, Rosier tinha um enorme sorriso amarelo no rosto e abanava seu rabo com felicidade._Acorda ai, eu tive uma GRANDE idéia – latiu Rosier.

O sapo esfregou seus grandes olhos castanhos e se sentou na cama, e tentou fixar o olhar sonolento no amigo.

_Uma vez me falaram sobre um lugar chamado Reino da Perdição – contou o cachorro.

_Agora não é hora de historias Rosier – falou o sapo após um logo bocejo.

_Cala a boca e me escuta, este reino é paralelo a Phant, ou seja, é como se ele existisse em outro mundo.
_E agora vai me falar para fugirmos e ir para lá? – coaxou Gurim.

_Quase isto, a única forma de chegar lá é se perdendo, tipo um truque de mágica sabe, você se perde e vai parar no Reino da Perdição.

_Se eu te ajudar posso voltar a dormir depois? – indagou o sapo.

_Pode – disse Rosier e balançou a cabeça em desaprovação pelo amigo não compreender que aquela seria a passagem para a fuga.

_O que tenho que fazer? – perguntou Gurim após se levantar da cama e esticar todos os ossos de seu corpo.

_Feche seus olhos – ordenou o cachorro e depois correu alterar o máximo que podia a cela, era uma tarefa difícil e tudo dependia dele, jogou os pratos de comida sobre a cama mais baixa do beliche e rapidamente esticou o cobertor a idéia era fazer parecer uma mesa, mas de certo ele falhou.

O cachorro desesperado apenas resolveu jogar tudo pela cela e depois segurou o seu amigo sapo o fez girar até que ficasse tonto. O sapo assim que sentiu o primeiro giro abriu os olhos o que apenas piorou, ver a sala girar o deixou tonto mais rápido e a fraqueza do sono se intensificou, assim ele tornou a fechar os olhos.

_pode abrir os olhos meu amigo.

O sapo forçou os pés sobre o chão e cambaleou de tontura, sua cabeça girava e assim ele abriu os olhos vendo o mundo rodar e por um milésimo de segundo ele não identificou onde estava. Este tempo mínimo foi o suficiente para ativar algo que deveria ser comum no mundo e como um passe de mágica o sapo sumiu.

_Funcionou, funcionou, agora é minha vez – gritou Rosier de alegria, sem perceber que sem seu amigo quem o ajudaria a se perder, e nesta noite ele chorou por sua ignorância.

_SANTA POSSA D’AGUA, Rosier deu certo – exclamou Gurim assim que sua visão parou de rodar e notou um céu negro onde as estrelas dançavam lindamente.

Rosier? Cadê você Rosier? – chamou o pequeno sapo, mas logo percebeu que seu amigo havia se sacrificado por ele ficando na cela.

O Reino da Perdição é onde todas as coisas perdidas vão parar, não tem nada de mágico em se perder por lá embora algo que deva ser considerado fantástico é o fato de alguém conseguir voltar da perdição.

Gurim sentou embaixo de uma arvore de tronco espiralado que se parecia muito com um pinheiro de folhas azuis e tentou pensar em como sair dali e buscar seu amigo Rosier, Pensar nunca foi a melhor das habilidades do jovem sapo devido a isto ele seguiu a estrada do roubo e foi preso, mas tudo dependia dele e se esforço para tentar bolar um plano digno.

Ele sentia que o pensamento estava fluindo, mais um pouco falava para ele mesmo, só mais um pouco e ele conseguiria, embora a sorte não devesse gostar de fugitivos, pois a poucos metros dele um lobo branco com manchas que o faziam se assemelhar muito com um panda estava passando.

_Achei alguém – Gritou o lobo fazendo com que Gurim salta-se de susto perdendo toda a linha de raciocínio.

O sapo rapidamente se encolheu na arvore assustado, mas o lobo panda correu em sua direção e o abraçou, o rosto sonolento do lobo ameaçou escorrer lagrimas.

_Cara, sou Orly Van Hallen, quando eu me espalho ninguém me junta e me espalhei a muito tempo.... – disse o lobo.

_Ahh? Você esta perdido?

_É, to.

_hmmm, sou Gurim e to perdido também.

O sapo amarelo desconfiava das pessoas assim como aprendeu, porem não conseguia imaginar que este lobo pudesse causar mal.

_mas hein como faço pra voltar? – perguntou Orly.

Gurim apenas riu, não fazia a mínima idéia de como voltar.

_boa! Você também não sabe... – afirmou o lobo fazendo uma cara muito triste, ficando muito parecido com Rosier o velho cachorro.

_Que tal se nos formássemos uma equipe temporária até sair daqui – disse o sapo que já estava acostumado a fazer grupos para se aproveitar dos outros e não ter trabalho algum.

_Ta bão, mas primeiro tenho que achar umas coisas que eu perdi, tah ligado...

_certo, sabe onde perdeu? – perguntou o sapo sem perceber o quão idiota ela era.

_Bem na verdade fui surrupiado por Kataentulhos...

_Kataoque?

_kataentulhos.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

A Curiosidade que Mata o Gato

Ola eu sou Fowl e estou aqui para lhes mostrar um conto no qual eu vim aprimorando durante alguns meses Este conto foi criado por mim e minha colega enquanto estávamos em um certo momento tomando uns chás estranhos e vendo alguns gnomos sinistros Estou digitando sem virgula porque quero que não prestem atenção nesta introdução Esta historia se baseia em uma futura serie que pretendo postar aqui A serie não vai ter muitos capítulos e então não se preocupem com capítulos fillers.


A Curiosidade que Mata o Gato

Já era tarde da noite e estavam com fome novamente:

_ E o que você me diz? Gastamos nosso dinheiro com vodka e com um chapéu ridículo e agora estamos famintos.

Resmungou a garota para o seu amigo de longas datas, eles já não se viam a cerca de 5 anos, e este reencontro estava marcando a vida de ambos. Por isso, decidiram viajar e caminhar durante as noites, dopados de energéticos para que ambos não dormissem.

O verdadeiro objetivo desta ‘aventura’ sem dormir era encontrar algum vampiro andante por onde passassem. Eles caminharam por toda Romênia durante as noites e nada, então partiram para Paris e da mesma maneira, nada. Esta noite estavam em Londres, e sem grana alguma nos bolsos, eles não haviam encontrado nenhum vampiro e muito menos nada de bizarro. O energético já estava fraco em seus organismos e ambos já começavam a ficar com sono, sem contar a fome.

_Olha, deve ter um banco 24 horas por aqui perto, e então passamos em um super mercado, ok? – O amigo mais velho e responsável do que a garota tentava consolá-la animando passando a Mao em sua cabeça. – E a idéia do chapéu de bruxa foi sua.

Ela riu animada e bocejou logo em seguida.

Adan sempre protegera sua amiga, desde quando eram crianças, ele se sente obrigado de protegê-la. Agora ela já tinha seus 21 anos e já possuía bastante responsabilidade, era difícil ser responsável por alguém com responsabilidade.

Em frente a um caixa eletrônico 24 horas, o jovem Adan brincou com Elisa sobre ficar de vigília para que ninguém roubasse sua senha. Elisa ficou do lado de fora do caixa, observando a madrugada escura e silenciosa londrina.

Adan resmungava alguma coisa dentro da cabine, mas Elisa não podia ouvir, estava hipnotizada com a rua deserta. Foi quando um único Ser vivo caminhava mancando pelas calçadas, um mendigo bêbado andava e cantava uma musica dos anos 50 [irreconhecível], enquanto um leve sereno que logo engrossou e começou as fortes gotas e relâmpagos que vinham das nuvens cinzentas. A jovem correu para dentro da cabine e Adan acabara de retirar o dinheiro de que precisavam.

_Oh, droga, começou a chover?

Ambos dentro da cabine, não pareciam preocupados com a chuva, continuaram conversando normalmente assim como conversavam durante as caminhadas da noturnas ou durante os passeios de metro de um país para outro. Era normal começarem um assunto de filme e terminar em um assunto sobre sexo, ou então começarem sobre um jogo antigo e terminarem sobre vampiros e/ou zumbis comedores de cérebro.

#

A chuva parara por alguns instantes e decidiram caminhar ate um super mercado. Foi quando passaram ao lado do certo mendigo bêbado que fora ignorado por ambos os amigos, e com uma voz gastada e arranhada avisou os jovens curiosos:

_Vocês procuram por vampiros, não?

O arrepio subiu na espinha dos jovens e seus corações aceleraram por um instante queimando a curiosidade de ambos, arregalando seus olhos, se viraram em direção ao mendigo caído na calçada de maneira parecida com um morto, com as pernas viradas e cabeça encostada no vidro da cabine. E ele continuou:

_Vocês não sabem o que querem vocês não sabem o que estão procurando.

Elisa buscou proteção atrás de Adan enquanto ele perguntava demonstrando medo, sem conseguir segurar a tensão.

_Q-quem é você? O que sabe sobre nós?

O mendigo ria mostrando seus únicos três dentes.

_O que eu sou, vocês não precisam saber, o que eu sei sobre vocês é fácil: – e continuou rindo com seu trio de dentes amarelados – TUDO, Adan e Elisa!

O velho continuava gargalhando sem porque e começou a se arrastar na direção da dupla.

Adan com desespero agarrou a mão de Elisa e começou a correr puxando-a. Ele podia ouvir-la gritando o que estava acontecendo e quem era aquele velho e que seu tom de voz estava realmente muito apavorado.

Eles chegaram a frente a um hotel barato e quase abandonado onde o porteiro dormia em uma cadeira velha que rangia.

Entraram rapidamente e fecharam a porta batendo nas costas do porteiro dormindo que acordou assustado. No balcão estava a atendente do hotel, negra e de 120 kg, de óculos fundo de garrafa, pintando as unhas e com a TV ligada em uma novela mexicana. Elisa se sentou em uma cadeira ao lado do balcão com a mão na cabeça não entendendo o que podia ter acontecido. Adan também estava assustado, não é todos os dias que durante a madrugada um mendigo todo distorcido deitado na calçada sabe seu nome e o que procura. A atendente parecia não entender a frustração do casal:

_Para passar a noite são 23 euros sem café da manha.

Adan abraçou Elisa tentando confortá-la. E ela o abraçou querendo chorar. Não sabiam o que dizer um ao outro.

E na porta do hotel, do lado de fora, La estava o mendigo de pé, com o osso do pé saltando pra fora e com o pescoço torcido.

Elisa deu um grito que assustou a todos, ate mesmo a atendente começou a gritar para que saíssem dali porque eles estavam atraindo mendigos e que acabariam acordando os outros clientes. O mendigo sem tirar os olhos dos dois jovens dentro do hotel, segurou a cabeça do porteiro voltando a dormindo e quebrou seu pescoço. A Atendente pegou o telefone para ligar para policia e nada, o telefone estava mudo.

Elisa correu para a o elevador, e foi puxando Adan, que assustado e em quase estado de choque também não soltava os olhos do mendigo maligno. Antes da porta do elevador se fechar, eles puderam ver o mendigo passando pela porta do hotel.

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_O que você acha que é? – Elisa estava apavorada.

_Sei La, vamos ter que matar este filho da mãe. – Adan tentava se acalmar, não sabendo o que fazer.

_ELE JÁ ESTA MORTO,VOCE NÃO VIU O PESCOÇO DELE?

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O Elevador levou-os ate o 4º andar, e a partir dali nem eles sabiam o que fazer Elisa nem mesmo percebeu que apertou o botão do quarto andar. Os dois correram pelo corredor principal e quando chegaram próximos a janela, que levava para a saída de emergência, La estava o mendigo, abrindo a janela pelo lado de fora e se sentando na janela.

_Boa noite meus amigos, porque correr? Vocês correram e agora tem dois mortos lá embaixo.

Adan quebrou o vidro de alarme de incêndio ao lado do extintor do corredor e pegou o machado de emergência. Elisa ainda assustada manteve distancia de Adan que estava em posição de ataque.

_Não dê mais nenhum passo seu monstro.

O mendigo riu.

_Monstro? Eu? Eu tenho tantos nomes.

Elisa e Adan eram caçadores de emoção de tudo que é sobrenatural, embora nunca tivessem visto nada de sobrenatural, é mais do que óbvio que ainda não perceberam que aquilo ali era um corpo possuído por um demônio brincalhão por causa do susto.

_Seu demônio maldito, o que quer de nós?

O mendigo possuído pelo demônio se passou pela janela e encostou-se à parede ao lado.

_Não sou eu que quero algo com vocês, é vocês que querem algo comigo.

Elisa se pos a falar quase chorando:

_Não queremos nada de você seu maldito.

_Ora, ora ora, quantas ofensas linda. Não era isso que você dizia quando tentava convencer seu amigo de vir para Europa buscar vampiros. Se lembra de que você disse que queria viver eternamente ao lado do seu amigo?

Os dois ficaram quietos, eles realmente sabiam de tudo sobre o sobrenatural e o mundo cheio de vampiros, lobisomens e demônios, mas não acreditavam fielmente naquilo. Esta historia de encontrar um vampiro era apenas uma motivação para passarem um longo tempo juntos, para compensarem o que perderam durante 5 anos de distancia.

_Não vão me dizer que procuraram durante todo esse tempo, sem esperanças de encontrar? Eu ouvi as conversas de vocês, e sei que vocês procuravam pro vampiros, mas ninguém chega ate minhas crias sem passar por mim antes.

Do outro lado do corredor, a atendente e o porteiro fechavam qualquer passagem dos dois mochileiros. Elisa soltou um gemido de medo e Adan continuava a gritar: O QUE VOCES QUEREM? O QUE VOCES QUEREM?

O mendigo, assim como os outros dois corpos possuídos se aproximaram dos dois amigos que se encurralaram no chão próximo a porta do apartamento de numero 76. O mendigo se agachou e ficou na altura de Adan que abraçava Elisa com força, protegendo e sussurrando de que tudo ficaria bem.

_Não quer me dizer que vocês estavam a procura, estudaram a vida toda sobre tudo que é sobrenatural, fazem caminhada pelos cemitérios nas noites de lua cheia e estão aqui na Europa procurando vampiros, mas não pensavam em encontrar?

O mendigo riu. Os dois outros corpos possuídos caíram no chão mortos e sem alma demoníaca alguma. O mendigo arregalou os olhos e se aproximou do rosto de Adan. Adan pode sentir o seu hálito de bebida barata e enxofre.

_Vocês conseguiram enganar até mesmo a mim. Agora vão arcar com as conseqüências!

E caiu morto também, assim como os dois atendentes.

Adan e Elisa se mantiveram abraçados por um bom tempo até se acalmarem.

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O sol nasceu mais tarde naquele dia que começara estranho e que tivera uma péssima madrugada cinzenta e cheia de tempestade. Adan e Elisa ainda estavam calados, encostados em uma coluna debaixo da ponte de Londres, um lugar um tanto quanto quieto cheio de bancos e velhos alimentando pombos. Eles se sentaram em um dos bancos cansados, Elisa encostou sua cabeça no ombro de Adan e suspirou aliviada por ter acabado aquela terrível madrugada.

_Será que foi alucinação? – Já era a terceira vez que Elisa perguntava isso para seu fiel amigo.

_Não, já não usamos drogas desde que chegamos aqui em Londres. – Adan passou o braço por cima do ombro da amiga. Parecendo um casal de namorados aos olhos de qualquer um que passasse ali, mas não, eram apenas amigos de infância.

_Será que vai continuar? – Desta vez a voz de Elisa saiu assustada e quase choramingando.

Adan não queria admitir o que estava pressentindo, não queria mais pensar sobre a madrugada passada, não queria desanimar sua amiga que precisava de apoio, mas teve que contar o que não conseguia parar de pensar.

_Acredito que esteja somente começando.

...continua



É só... A escrita esta ruim e a historia mal contada Não se compara as coisas que vocês lêem por aqui mas... Os meus textos nem sempre tem concordância de tempo e nem sempre esta de acordo com o português [nem novo e nem velho] mas estou tentando escrever e marcar presença aqui neste blog que não importa o que você escreve e sim importa o que você quer passar com o conto. Estamos aí!