quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Happy new year

Complexiantes e leitores a principio, eu como sócio fundador queria desejar um FELIZ ANO NOVO a todos vocês, foi para isto que me mandaram vir aqui.

2009 foi um ano de escolhas, a escolha de criar o complexo, lembro claramente de um chat de msn onde eu, lucas fowl e helder discutíamos para encontrar um nome bom para o blog. (por sorte não escolhemos gigantes bicéfalos siameses)

Com o decorrer dos meses a idéia de um blog foi se fortalecendo e mais pessoas foram incorporadas no projeto, até pessoas que não conhecíamos (né Solyni) e o mais importante alem de ajudarem no blog viraram amigos.

Se soubesse que seria assim teria criado ele muito antes, mas de qualquer forma 2009 foi um ano repleto de sonhos, ambições e de fato criatividade.

Passamos por varias coisas aqui, até mesmo a atual caça as bruxas hehe, mas espero realmente que possamos ir muito alem, o futuro esta ai para quem deseja alcança-lo.

FELIZ 2010

bom já que é ano novo vou fazer algo não convencional no contexto do blog, o texto abaixo é de CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE.

Receita de Ano Novo

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação como todo o tempo já vivido
(mal vivido ou talvez sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser,
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?).
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto da esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um ano-novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Texto extraído do "Jornal do Brasil", Dezembro/1997.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Homem-rato (OU cara-de-rato)

Algumas vezes aqui no Brasil, perguntamos "você é um homem ou é um rato?" quando alguém está com medo... bom, em alguns mundos, como Phant onde não existem humanos, tal pergunta pode ser levada como estúpida e ter uma resposta do tipo "vá se danar, sou um homem-rato e sou muito mais macho que você"... mas bem, isso apenas se o rato em questão estiver muito bêbado.


Homem-rato



Josh acordou com o barulho de passos próximos. O barulho era de pés grandes batendo em madeira, o que significava que o inimigo já estava dentro da casa.
O garoto sabia que seu perseguidor o acharia, cedo ou tarde, mas tinha a inútil esperança de que não fosse durante a noite, afinal ele acreditava que cada ser vivo merecia uma boa noite com 10horas ininterruptas de sono.
Mas o perseguidor estava ali, não estava? Naquela casa desconhecida e abandonada, no meio da noite caçando o garoto, simplesmente por diversão, simplesmente porque queria vingança por um espelho quebrado. Era um espelho grande e bonito, era verdade, talvez fosse até mesmo mágico, mas era um espelho, ele não deveria estar tão puto por isso.
Os passos se aproximavam, na mesma medida que em que o garoto se encolhia em seu buraco. Os passos pararam e Josh achou que o inimigo já estava ali, na sua frente, mas se recusava a olhar.
Um vidro quebrou e Josh notou que estava em outro cômodo, não pensou duas vezes, pois pensar não era seu forte, saiu correndo para fora, com todo fôlego que tinha, fazendo barulho com seus passos embaralhados. Estava com medo, mas não precisou olhar para trás para saber que o inimigo o tinha visto e que já o estava alcançando.
No céu, a Lua nadava tranqüila e ao redor dela se viam pontos luminosos, que pareciam, vez ou outra fugir da rota da Lua, pois em Phant, muito acima das nuvens e muito acima de qualquer cidade feita acima das nuvens estava o Mar Celestial, onde peixes e mamíferos colossais nadavam tranquilamente; a Lua era a maior das baleias e as estrelas eram peixes, nadando livres por um mar sem fim. O fato é que Josh nunca saberia disso, pois era burro, covarde e estava prestes a morrer, não iria para o mar celestial, mas com sorte seria a sobremesa de algum tipo de monstro de estimação.
Josh tropeçou e rolou no chão, e viu seu perseguidor, alto e implacável, com talvez 1,60m de altura, o dobro da altura de Josh, o perseguidor andava com pressa, nem se dando ao trabalho de correr e ria da desgraça de Josh. O garoto levantou-se e correu para o lado da floresta de pinheiros, estava escura e provavelmente estava molhada, mas Josh nunca teve problemas com lama – exceto quando se atolava – e não poderia pensar em algo pior do que ser pego.
Entrou no meio dos pinheiros, logo perdeu seus sapatos na lama, mas não se importou, porque era covarde e queria viver mais. Os pinheiros eram todos iguais, não havia trilha, não havia luz e não havia sinal de que acabavam então Josh continuou correndo, se esquecendo de ouvir ser perseguidor, esquecendo-se de olhar pra onde ia.
Era inevitável, então Josh tropeçou, afundando seu focinho na lama, tentou praguejar contra a má sorte, mas a lama invadiu sua boca, deixando um gosto amargo como derrota, mas opaco como só a terra pode ser, então levantou a cabeça, ouvindo barulho de passos, já esperando ver seu perseguidor quando viu uma figura ainda mais estranha.
Era como uma máscara gigante, mas toda pintada, cheia de riscos horizontais e verticais e também curvos, de trás da máscara surgia mãos, de pouco pelo, mas enfeitadas com pequenas folhagens, usadas como pulseiras e também haviam pernas, igualmente enfeitadas, nas mãos a figura segurava uma lança.
Ao chão, Josh pode notar que haviam alguns objetos aleatórios, que iam de lápis quebrados a peças de roupas, mas ele estava numa floresta, não a de pinheiros na qual havia caído, mas uma floresta sem padrões, com árvores de vários tipos, de cores que não combinavam e de diferentes tipos de clima. Por um momento Josh voltou a si e temeu que fosse morrer pela lança da máscara, mas aquele era um kataentulho e como Josh não tinha nada de interessante ele virou-se e foi embora.
Só então Josh se deu conta de que estava perdido, não mais dentro da floresta, mas perdido num outro lugar, de onde não se poderia encontrar uma rota de fuga, Josh agora estava no Reino da Perdição.


Esses são os Kataentulhos, bem legais não? Quem os Desenhou foi o ANJO REBELDE.

Então, a história não é lá grande coisa, mas achei até legalzinha, sei lá... critiquem.

Bom, essa é a minha última postagem do ano aki, então que vocês todos tenham ótimas festas e que possam aproveitar ainda mais o proximo ano. Ano que vem prometemos postar mais coisas aqui de melhor qualidade e se você não é membro mas quer divulgar algum texto, é só mandar para um de nós que, após analise, ele será publicado com os devidos direitos autorais...

No mais, um abraço especial aos demais membros (mesmo os que eu não conheço) e que 2010 seja cheio de criatividade!

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Feliz Natal!

é certo que o natal é uma GRANDE data do CAPITALISMO, mas mesmo assim, é de grande respeito dizer "FELIZ NATAL" para todo mundo, mesmo que ele seja uma simples frase. Eu mesmo nao gosto muito do natal [talvez se aqui nevasse seria legal...], mas, aprecio aqueles que o ama e que ainda encontra um pouco de espirito natalino nisso tudo. entao: FELIZ NATAL para todos os leitores. ;)

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Cartas de Sangue 2

Fala ai pessoal...Voltei depois de algum tempo fora.Época de natal é complicado viu, tem que comprar presente para a macacada toda.Bom, voltando a minha história, eu reduzi o número de cartas de 3 para 2, então essa é a parte final na história.Espero que gostem.


Para minha amada Helga.


3 meses de passaram e tudo está mais vazio que nunca.Perdi muitas pessoas que gostava, pessoas incríveis que os horrores da guerra levaram para o outro mundo.Olhe que mundo sujo nos temos em volta, quando há uma guerra todos choram por milhares de pessoas mortas, talvez eu seja mais um deles, minha doce Helga.
Estive em uns lugares inóspitos da Terra.Havia um bosque muito bonito, perto do lugar onde nos estalamos.Tinha muitas árvores, flores de diversos tipos e lagoas com águas límpidas.O doce perfume das flores me lembrava seu lindo rosto, sinto sua falta Helga.
Certo dia, achamos algo neste bosque, era algum tipo de prisão para Judeus, Homosexuais, Ciganos, etc.Chegamos no local, tudo estáva trancado, destrancamos o lugar e logo que entramos vimos milhares de pessoas debilitadas, magras, fracas, com fome.Tudo era horrível Helga, parecia que Deus havia esqueçido daquele lugar a muito tempo.Havia pessoas quase mortas jogadas no chão como se fossem algum objeto, havia muitas cabanas, algumas foram queimadas com pessoas vivas dentro das cabanas.Tudo alí parecia estar morto.
Não aguentei a tristeza, minha amada Helga.Saí correndo e chorando do lugar e fui para o bosque tão perfeito quanto o teu sorriso e aguardei lá por alguns instantes.Tudo estava tão quieto.Começei a pensar o por que dos homens fazerem isso com outros homens?Quando neste mundo teremos paz ?Talvez nunca, tudo já está destruído, homens com fardas torturam pessoas e as obrigam ao trabalho pesado sem sequer ter pena delas.
Tenho notícias minha doce Helga, estou em uma missão onde nos disseram ser suicída, teremos que desembarcar em uma praia ou algo parecido.Talvez a missão seja mesmo suicída.Se for, irei com a paz de saber que cumpri meu dever e te amei em cada segundo de minha curta vida, mais ainda com uma dúvida sobre essa vida que tanto sofremos.
Por que homens matam e destroem a cultura de outros homens ?





Essa resposta talvez eu só saiba do outro lado da vida.

Te amarei para sempre, minha bela e doce Helga.

Adeus Para Sempre

Harold



FIM

Um dia há mais...

Bom...Eu sei que andei sumida, mil peroes...Fui viajar e não pude ler o bolg de vocês >.<
Masssssssssssssssssssssssssssssssssssss....Eu já tinha isso aqui pronto, então vou postar e amanhã leio tudo direitinho e deixo os coments =D
Aqui esta uma reflexão a respeito do aborto...Que fique claro, aceito o aborto em varias ocasiõe, só não queria que virasse uma banalidade...Do genero : "Ah...É só abortar..."
Consequentimento, deixo com vocês esses dois poemas, para uma pequena parada no pensamento com esse assunto tão polêmico e tão importante...

Por que você fez isso?
Eu não me lembro de ter feito nada...
Mamãe! A troco de que?!
Eu só queria nascer...


Não precisava...A senhora sabia...
Será que seu corpo é mais importante que eu?
Não me escutou gritar?!Eu sofri...
Sim, nós também sofremos...
Nós também sabemos chorar....


E, Papai, por que financiou?
Não era para você me proteger?
E as caixas de bom-bom que eu ganharia?
Esqueceu-se da minha vida, não é?
Você a fecundou!


Doeu...Vocês podiam ter me entregado a outra...
Eu juro que a chamaria de Mamãe...
Poderiam ter me dado de natal, embrulhadinho...
Á alguém que ainda pudesse me amar...


Mas não...
Eu sou o erro de calculo...
A pílula do dia seguinte...
O pulmão sem ar...
Nem por isso tinha que me matar...
Minha anjinha assassina...


Se você tanto não me queria...
Por que me criou?!
Por que me iludiu?!
Eu ainda não sabia não te amar...

**********************&**********************


Esteja em meu futuro...
Você se foi...
Alguns segundos e nada mais existia
Tomei as lagrimas para que não escorressem...
Meu pequenino...Queria tanto te ter em meus braços...


Tão indefeso, não pode nem reclamar...
Nas mãos da pútrida sociedade!
Eu sinto muito...
Não sei como te defender de mim...


Claus ameaçando me tirar o contrato...
Bruno me largar...O que eu podia fazer?
Não queria lhe dar uma vida de miséria!
Foi mais fácil...
Deixar-me entrelaçar nos dedos daquele que um dia você chamaria de Papai...


Mas eu pude sentir sua dor!
Já havia imaginado seu cheirinho...
De morango com talco...
E sua pele?
Nem um pêssego chegaria aos pés...


Mas isso acabou...
A partir do momento que, de uma alegria, lhe transformaram num estorvo...
Eu te amava tanto!
Entenda, não queria te ver sofrer...
Foram só alguns minutos para que eu te perdesse...
Juro, espero que esteja no meu futuro...
Para que eu ainda possa ouvir sua voizinha dizendo:
“Mamãe...”

Espero que a mensagem fique bem gravada...Não acredito que o aborto não deva existir, mas aborto sem consciência?
(Não que este seja o caso da mãe da criança que narra o segundo poema...)

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Tempestade dos Demonios - Capitulo 1 - Parte 3

Olá pessoal, meu nome é Fowl e estou aqui para postar a TERCEIRA PARTE do PRIMEIRO CAPITULO de TEMPESTADE DOS DEMONIOS. Nos capitulos anteriores eu recebi muitos elogios, mas parece que desta vez o bicho vai pegar pesado nao é mesmo? Enfim, nesta parte do primeiro capitulo (ficou um pouco mais longa que as outras) tem mais ação pois é o objetivo dos demonios, sim, eles pegam o cãozinho que estavam prometendo pegar desde o inicio. Espero que gostem do Capitulo, e como ja disse anteriormente, espero CRITICAS CONSTRUTIVAS da historia.

Tempestade dos Demonios - Capitulo 1 - Parte 3

O anjo Uriel retornou a estatua para a sua forma comum, o sangue parou de escorrer de seus olhos tristonhos, e a tempestade voltara de vez com nuvens negras que surgiram simplesmente em questão de segundos de maneira totalmente e absurdamente misteriosa. O trio de demônios já estavam armados com seus rifles, magias e colts, e agora, com um “apito angelical”. Chegaram até a encruzilhada da cidade, de onde o cão começava a procurar suas vitimas, durante a noite. Como eram demônios, Mark (o Ranzinza) podia sentir fome por causa do cheiro das garotas da cidade. Aquela cidade havia um grande valor religioso, alem do mais, ali moravam muitas garotas do campo, era uma ótima cidade para um cão dos infernos se manterem vivos, se alimentando de almas puras e de garotas virgens.

Abrahan olhou para Joseph que já segurava uma grande coleira revestida de pedras vermelhas e azuis, tais pedras colocadas propositalmente para o aprisionamento de bestas. E com a concordância de todos ali presentes no meio da imensa tempestade e ventania, ele tocou o apito de ouro. O Apito por sua vez não fazia barulho nenhum em ouvidos humanos ou demoníacos e nem mesmo os ouvidos angelicais, somente para os ouvidos da fera. Que ao ouvir o apito, passou pela porta dos infernos e já estava presente por de trás das casas feitas de madeira e palha. A besta estava na carne e osso, com as presas caninas saltadas para fora, seus olhos amarelados e sanguinários procurava por alimento e então, encontrou o trio de demônios no centro da cidade. “A carne demoníaca é a mais saborosa”, pensou, e então com as suas imensas garras que deixavam pegadas de enxofre por onde passava começaram a se modificar, suas garras ficaram mais afiadas pois sabia que o duelo seria difícil.
O cão que media ao certo seus três metros de comprimento e dois de altura saiu por de trás da casa, invisível a olhos nus, mas muito aterrorizante para os olhos demoníacos. Ele não tinha pêlos, era um tremendo e horrível cão infernal (sem coleira).

O cão não pensou duas vezes, ao ver que um dos demônios caçadores segurava uma coleira, ficou dominado por uma ira interna vinda de seus ancestrais malignos e começou a correr na direção do trio. Joseph por sua vez foi o primeiro a perceber a movimentação furiosa da besta e logo mirou num dos olhos do cão quando ele se aproximava, e o sorriso maroto de Joseph se tornou em tremenda Gargalhada de Excitação de estar em uma caça. Mark continuava franzino e agora resmungando palavrões por causa dos risos de Joseph. Ele atirava na direção do cachorro sem se importar onde acertaria. Abrahan se esquivou para de trás de alguns barris cheios d’água ali ao lado da encruzilhada, sempre pensativo, calculista e perfeccionista, ele estava planejando um estranho ritual em mente.

Os tiros ecoavam a cidade toda. E os plebeus (pois os nobres moravam um pouco distante do centro da cidade) se encolhiam cada vez mais em suas casas alimentadas por pequenas lareiras e cheias de goteiras. Sabiam que os demônios estavam lá fora atirando, mas, atirando em quem? E no que? E como pensar em demônios trás pecados para a casa, eles começaram a rezar o “Pai Nosso”.

O Cão deu uma grande investida em Joseph que voou longe capotando pelas ruas feitas de pedra. Mark conseguiu se esquivar a tempo e continuava atirando na fera, feito um cowboy. A Fera toda embestada agora com os olhos faiscantes de fogo, abriu a boca, deslocou sua mandíbula e começou a vomitar pequeninos vermes vermelhos: Os velhos Escaravelhos infernais.

Joseph antes de deixar seu rifle cair, acertou em cheio um dos olhos da fera. E Mark que atirava sem parar já havia quebrado cerca de quatro dentes e já estava destroçando toda a sua pata dianteira esquerda. O cão furioso após vomitar os escaravelhos correu na direção de Mark, que continuava xingando e falando dezenas de palavrões começou a atirar nos escaravelhos, não percebeu a vinda rápida do cão que comeu sua Colt (quase engolindo a sua mão), sua única arma.
Como não tinha mais como atacar, pois sua magia não era tão boa quando a de Abrahan e nem de nível médio como a de Joseph. Ele começou a correr na direção de Joseph que acabava de se levantar. O cão começava a rir, aquilo já estava ficando divertido, começou a correr atrás de Mark, e atrás do cão, os pequenos besouros. Joseph sem arma, não sabia o que fazer ao ver também o rosto desesperado de Mark gritando: “ATIRA NELE”, e então ambos começaram a correr pela cidade. Não tendo com o que atirar (o cão também engoliu sua arma), começou a correr juntamente com Mark pelas ruas estreitas da cidade sem saber para onde iriam ao certo.

Abrahan ficou chocado em saber que seus irmãos ainda eram inúteis em briga, apesar de já estarem caçando criaturas a mais de 50 anos. Ele por sua vez correu para o centro da encruzilhada e começou a fazer um imenso circulo com seu próprio sangue que escorria da palma de sua mão. Ele fazia um pentagrama imenso, maior do que 4 metros. E então usou o apito novamente. O cão que corria atrás dos dois jovens demônios parou de persegui-los. Os escaravelhos explodiram com o som ardido do apito. E o cão correu em direção ao som do apito novamente. Caolho, ele corria gritando em uma língua distinta: “PARE DE APITAR, PARE DE APITAR”, furiosamente.

Mark e Joseph pararam de correr, bufando de cansados, se entre olharam e se questionaram: “Cães infernais falam?”

O cão corria em uma imensa velocidade, e em poucos segundos já estava a poucos metros de Abrahan que continuava a assobiar o apito incansavelmente. O Cão infernal não percebeu que o apito era para que ele seguisse, e para que caísse na armadilha do demônio traiçoeiro: O circulo feito de sangue demoníaco.
O cão dos infernos não conseguia sair do pentagrama feito do sangue de demônio, e ali ele começou a ser queimado. O cão grunia, choramingava e latia para o demônio que olhava para ele friamente com seus olhos secos.

_Cão Infernal, conte-me, quais são os planos de nosso pai?
E o cão continuava a ignorá-lo, apenas chorando e se tornando cinzas, cada vez mais. E Abrahan continuou. – CONTE-ME!

O Cão já não agüentava mais a dor. A armadilha de Abrahan: “O Pentagrama”, era um ritual usado por Anjos para aprisionar Demônios, certamente, um ritual destes usando uma parte de demônio (ou seja, seu sangue) havia muito mais poder. E o cão ainda chorando começou a falar em sua língua esquecida e oculta.
_O seu pai vai bem, traidor.
_Tá, tá, eu sei que sou traidor, mas, conte-me, que planos ele tem?
_Não contarei nada seu verme, você já foi expulso dos infernos, e não te devo nada.

_Deve sim, em poucos minutos você vai se queimar todo e não vai existir mais nem aqui, e nem no outro mundo.

O Cão já não sabia o que fazer, se contasse talvez o trio de demônios o prendessem na coleira, se não, morreria sendo torturado naquele circulo.
_Tudo bem, eu conto. Lúcifer tem um novo plano.
Abrahan continuou admirando a morte sofrida do cão. E o cão foi obrigado a continuar.
_Ele tem o plano de abrir um selo do 9º Circulo, e espalhar pela terra a “Peste”.
_Peste?
Abrahan tinha um pouco conhecimento sobre a Peste escondida no 9º circulo, sabia apenas que era tão forte quando seu próprio pai, Lúcifer, por isso sempre esteve aprisionado.
_Sim, a “Peste Negra” vira para a Terra, aniquilar a todos.

Neste instante Mark e Joseph chegaram, segurando a coleira, eles viram o cão morrendo aos poucos em meio ao circulo.
_Nossa, como não pensamos nisso. Usar magia era mesmo uma boa idéia. – Afirmou Joseph com seu sorriso habitual.
Mark pegou a coleira da mão de Joseph a jogou dentro do circulo. Um grande clarão iluminou tudo dentro do circulo fazendo uma bola de luz. E quando a luz cessou, o cão estava preso na coleira.
O cão infernal parecia apenas um cão comum, caído e todo ferido no chão, com a coleira e pedras preciosas. Agora o cão não podia mais falar, havia perdido todos seus poderes, e continuava cego de um olho.
Joseph tocou no cachorro e ele sumiu em meio a um fogo infernal. Olhou para seus irmãos e sorriu: “Agora temos um cãozinho”. De certa forma, ele havia enviado a criatura para algum canto dos infernos onde eles ainda mantinham um certo contacto para poder invocar depois, assim como a carruagem e o cocheiro misteriosos.

Abrahan estava serio, não sorriu ao saber que agora tinham um cão. Mark sempre preocupado perguntou e então ele contou o que o cão havia lhes dito.
A vinda da Peste Negra não seria boa noticia, principalmente para eles que eram um trio de demônios com um único propósito, livrar os homens do mal causados pelas pragas trazidas pelo Anjo que os criou – Lúcifer.
_Se a peste negra realmente vier, será o fim de muitos humanos, talvez ate mesmo de nós. – Abrahan sussurrou assustado.


Obrigado, e se leram, comentem!

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Que começem as perseguições!!!

Postagem curta (espero)


Todo bom paranóico sabe que sempre tem alguém perseguindo-nos, e hoje eu estou abrindo as cortinas para que se revelem.


O que quero dizer? Simples, em discussão com o Ertuh, concordamos (e acredito que os demais também concordam) que para todo escritor é sim, muito bom ouvir elogios, mas as evoluções começam nas críticas.
Então eu proponho para que à partir desa postagem comecemos todos a criticar, sem restrições, sem medo de que nos julguem donos da verdade, e é claro que os autores devem também ter em mente que a idéia é para que ele melhore, não para coloca-lo para baixo.


Então que se iniciem as críticas fundadas... e que fique claro que isso inclue coisas como "história não atrativa", personagens pouco introspectivos, ou mesmo termos mais simples como "esse negócio de anjo que nasce de humanos num pega bem", isso ai vai do carater de cada um, o importante é que sejam feitas as críticas, pois o complexo foi criado para que TODOS melhorem suas escritas.

Abraços a todos, e boa leitura! ^^

PS: Eu AINDA não li muitos textos que estão aqui, e confesso que foi por preguiça, mas os lerei conforme for possível e deixarei comentários.

PPS: Peço desculpas a todos se parecer que algo está sendo feito sem consulta-los, mas nunca quis ofender ninguém. Mas ninguém aqui é profissa e acho que podemos aprender muito uns com os outros. (e sim, eu admiro a escrita de todos aqui)

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Aspargos Fritos

Da janela estreita, pessoas a mil. Passos largos. Caras fechadas. Rostos amargos, cinza pálidos. Do infinito soltam-se as gotas brilhantes. Brincam entre os últimos fios dourados, quentes, ensolarados. Dançam sob o céu impiedoso. Agora a luz se recusa a entrar.
O chapéu desbotado, marrom, clássico, se esconde de vergonha. Procura pelo tecido preto, impermeável. Esbarram-se uns nos outros, não se vê mais nenhum rosto.
Sorriso instável, fraco, move sutilmente suas bochechas flácidas. Delicia-se com meia dúzia de lembranças vagas. Em seu olhar ávido, quase infantil, refletem-se algumas cenas daquele filme divertido. Formigas bêbadas, sendo engolidas por aquela onda mundana, sem valia.
Esperaria até que esses muros viessem abaixo. Hesita. As mãos que um dia foram tão macias se apóiam ásperas, porém solenes, no parapeito que a separa do elenco daquele espetáculo.
Visão privilegiada. Aquele camarote muito em breve tornar-se-ia um escritório comercial de batatas, ou talvez só funcionaria durante a noite como tantos outros recintos antigos do São Bento.
Lágrimas quentes, desnorteadas. Embaladas por uma doce melodia. Voz pequenina. A dor no peito hoje é mais intensa. Os gemidos ecoam tranquilamente pela sala imensa.
Confundida com o gotejante lamento daquele céu cansado. Espera por aquela explosão de sete cores, que o tempo, impaciente, não permitirá. Ao contrário, preferiu deixar por conta daqueles rostos, pálidos, desinteressados, que cruzarão o Santa Ifigênia muitas outras vezes, sem nunca nem notar.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Meu passarinho de ouro


Para mim, é díficil dar sequer uma definmição a respeito desse poema (que eu havia prometido)....As várias leituras dele o tornam muito flexivel aos olhos de leitor, o que agrada muito =D
Espero que gostem...


Mamãe, por favor, me segure...
Acho que vi um pássaro dourado no céu...
Escute-me, eu não posso crer em algo inexistente!
Não quero esperanças no ouro dessas asas!


Não me permita buscar o horizonte
Dizem que ele é vazio...
Eu quero acreditar nos homens...
Não nessa ave, que voa numa altura imaginária e sem fim!


Ela não pia, canta...
Canta o mundo sem guerras!Mentiras!
Mamãe! Tire-me da janela...Eu imploro..
Antes de ela me pegar...


E não deixe que ela me carregue...
Para o abismo da incerteza!
Eu quero continuar no meu mundinho
Subir as escadas do meu quarto e poder me deitar...


Por isso, feche-me a porta...
Se eu sair, não vou voltar...
Não quero me ver em meio a problemas...
Pássaros dourados não existem, eu não quero ouvi-los cantar...

Quem será que´é sse passaro dourado na sua vida?

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Tempestade dos Demonios - Capitulo 1 - Parte 2

Olá Pessoal, eu sou Fowl e como prometido caso voces me inspirassem proseguir a historia, aqui esta a segunda parte de Tempestade dos Demonios. Nesta parte encontramos mais conversas e detalhes, nada de mais. Deixo a proxima parte apenas para a caça ao cão do inferno. Continuo tambem o capitulo 1, afinal, o capitulo de um livro tem mais ou menos 10~15 paginas. Enfim, espero que gostem, Boa Leitura.


Tempestade dos Demonios - Capitulo 1 - Parte 2

Na manha de domingo, mesmo debaixo de grande e poderosa tempestade, todos os fiéis da cidade foram para a missa, e foi lá onde o padre se exaltava gritando e alertando a todos com grande gritos que assustavam ainda mais quem já estava com medo do cão infernal e da tempestade que não acabava nunca.
_GRANDES FIÉIS, NÃO SAIAM DE SUAS CASAS ENQUANTO A TEMPESTADE CONTINUAR,TEM DEMONIOS NA CIDADE, ELES ANDAM POR AÍ CAÇANDO DIVERSÃO, MULHER, VAIDADE, LUXURIA. TOMEM CUIDADOS MEUS FIEIS, ELES COMEM PESSOAS VIVAS, SE VESTEM DE PRETO E USAM ARMAS POR TODO O CORPO.

E as jovens começavam a chorar.
O Padre sabia que os demônios estavam ali para livrá-los do cão infernal, mas não podia elogiá-los, tinha que continuar dizendo que os demônios são coisas terríveis. Apesar dos demônios terem sido gentis, apesar de não respeitar as leis da igreja de quando entraram pela porta celestial da casa de deus, os demônios estavam ali com um único propósito.
Cordeal Henry procurou no meio da multidão desesperada pelo Conde, e nada. Era a primeira vez que o Conde não ia a igreja no domingo. Talvez por causa da tempestade. Alem do mais, o Henry mais do que ninguém já estava sabendo dos boatos que corria toda a cidade, antes mesmo da tempestade, de que os Demônios que atraem as maiores trovoadas e as maiores tempestades.
Uma jovem garota se aproximou do padre assim que a missa terminou:
“Padre, eu tenho medo dos demônios, e tenho medo de ser pega pela 'Praga Andante' que pega as garotas. Me proteja.” – Dissia ela com os olhos cheio de lagrimas. E o padre com um beijo em sua testa a levou para dentro de uma capela. “Vou protegê-la querida, vou protegê-la.”


Enquanto isso no cemitério da cidade.
A chuva não cessava nem por um segundo se quer. Os túmulos eram altos e Mark brincava com o seu colt de pé em uma delas. Ficava girando ele pelo gatilho e atirando nas cruzes mais altas (quase todas já estava perfuradas e quebradas), apesar de sua aparência de criança de apenas 15 anos, Mark estava sempre com a testa franzida e com olhos arregalados, principalmente quando armado com sua colt.

Joseph estava deitado em um tumulo, quase dormindo. Seu grande pecado capital era a preguiça e por isso não ficava que nem Mark treinando tiro a alvo sempre. Joseph por sua vez andava apenas com seu rifle de munição e pólvora infinita (um otimo truque apenas de demonios). Este estava bocejando enquanto desafiava Mark, como sempre: “hey pentelho, duvido que você derrote o cão sozinho”. E Mark retrucava: ”Se você não tivesse perdido o punhal de prata contra aquele lobisomen, seria bem mais fácil pegar o cão”, e assim começou novamente a discussão de vozes choramingonas.

Enquanto Abrahan sozinho e mais distante do que eles. Ele estava de frente para uma estatua de um anjo no centro do Cemitério. O anjo de braços erguidos e asas abertas com penas detalhadas e nenhum buraco se quer. Feita de Mármore branco não respondia nenhuma pergunta que o pobre demonio fazia, mas ele parecia ouvir o que a estatua dizia. A tempestade era forte e os relâmpagos mais ainda, e alguns raios caiam próximos do cemitério ao lado do vale cheio de arvores, e até mesmo alguns túmulos chegavam a se abrir com tamanha força dos pingos pesados e das enormes ventanias que ali tinham de enfrentar.

E como um grande milagre que nenhum ser humano poderia presenciar por causa de sua pouca sanidade mental, a estatua começou a chorar rios de sangue e a se mover. A tempestade cessara um pouco neste instante e o sol aparecera de repente no horizonte das nuvens que se distanciavam com muita rapidez.
Abrahan cruzou os braços, não gostava de pedir ajuda para anjos, mas era o que tinha de fazer em uma situação como esta. Mark e Joseph perceberam em meio a discussão que a chuva parara por alguns minutos e logo começaram a correr na direção de onde Abrahan estava.

A estatua continuava a chorar sangue e a se mover lentamente. E aos poucos começava a falar em latim: ”Cansado de saber que não posso ajudar demônios”.
Abrahan concordou, também em latim.
O anjo colocou a mão em meio as suas asas e puxou das penas duras de mármore um cubo feito de ouro, com três furos e finalizou: “Este apito invoca o que tu procuras, mas cale-se Demônio, eu nunca estive aqui.”

Abrahan estendeu a mão para pegar o cubo da mão do anjo e Joseph gritou lá de trás de onde vinha correndo. Mas Abrahan não ouviu, pegou o Cubo que era um Apito para invocar os cães infernais.
_Os anjos e suas artimanhas. – Ironizou Abrahan.
Joseph e Mark chegaram sem fôlego diante do demônio mais velho já tranqüilizados. Pensara eles que talvez o cubo fosse algo contra o demônio, os anjos adoram aparecer e lhes presentear com armadilhas.
_Não se preocupe irmãos, Uriel nos ajuda com seus artefatos religiosos, mas estes sao inofensivos para nós que tambem temos fé. Enquanto Deus não o deixa descer a acabar com tudo isso, ele torce por nós.

É estranho pensar que há um anjo, ou dois, torcendo para a vitoria de três demônios que resolveram fugir dos infernos e enfrentar as pragas do mundo dos homens, geralmente, os anjos já teriam os eliminado ao ver que eles andam no meio dos homens, mas, enquanto Deus não os deixasse descer, o trio continuava a receber informações e ajudas dos anjos através dessas pequenas materializações que os anjos conseguem fazer em lugares construídos com propósitos benéficos, como a estátua estava ali para encaminhar os mortos até os céus.



...continua...


Se lerem comentem suas opniões, Criticas CONSTRUTIVAS sao bem vindas e ideias para futuros passos na historia sera otimo tambem. Obrigado.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Cartas De Sangue

Oi para todos, meu nome é Lucas mais podem me chamar de Luketah.Sou o mais novo membro aqui do complexo e vou tentar escrever textos não muito dramáticos e com muita fantasia, mais sim textos de histórias que espero pelo menos tocar um pouquinho vocês.Já vou começar postando o começo de uma história que pelo menos eu considerei bonita. A história de passa na Segunda Guerra Mundial quando os E.U.A começou a convocar os homens para enviar ao campo de guerra.Só que eu conto de um jeito diferente.A história vai ser contada por cartas que o personagem escrevia para sua esposa Helga.Toda a história será contada em 3 cartas para sua esposa.Espero que gostem pessoal.




Para Helga...

Minha adorável esposa, o destino me jogou para longe de ti neste inferno de fogo e lama.Cheguei com os pensamentos de minha vida toda até o dia em que te vi pela primeira vez.O medo e a adrenalina me dominavam por completo enquanto eu passava pelos rostos pálidos dos homens com medo de perder a vida e deixar as pessoas mais queridas para trás.Isso me lembra do dia em que deixei seu amor e vim para este lugar onde parece que a felicidade ainda não alcançou.
Procurei um lugar para colocar a roupa de exército mais a cada passo que dava me sentia mais perdido, mais triste, mais infeliz.Meu desejo era sair correndo de lá e voltar para seus braços para sempre.Logo depois de vestir minha roupa procurei algum superior, o nome dele era Tenente John Magan, ele é extremamente rude, mais um bom Tenente.
Entrei no avião com medo , me relembrando de nossos momentos que foram nossos.Conheci um homem incrível no avião.Sim, , por um momento tive a sensação que não era o único a se sentir daquela maneira.Seu nome era Kalvin e ele falava que tinha um família pequena no interior e que quando voltar, queria ser pescador igual ao seu falecido pai.Ele dizia que queria ver a filha dele de apenas 6 anos crescer longe de guerras, etc.Um grande homem ele.
Quando pousamos em uma pequena base americana meu coração começou a bater mais forte e nós do batalhão notamos que havia algo errado, comecei a pensar o que seria de você minha doce Helga se algo acontecesse a mim.
As grandes portas de ferro se abriram e vimos que tudo lá estava destruído, marcas de balas para todos os lados, sangue nas paredes, mais não havia nenhuma pessoa morta minha querida, nem mesmo uma.
Eu não me lembro muito bem minha querida Helga, tudo que me lembro é que o tenente ia dar alguma ordem até que houve uma emboscada e todos saíram correndo, eu e Kalvin fomos atrás de alguns pilares enquanto milhares de balas passavam ao nosso lado.Tudo estava confuso, pessoas caiam feridas ao meu lado outras caiam dilaceradas na minha frente, mais meu pensamento sempre estava em mim mesmo, eu não poderia morrer, não agora.
O tenente nos deu uma ordem de voltar ao avião, mas quando eu e Kalvin saímos correndo o avião começou a decolar deixando vários homens para trás inclusive eu e Kalvin, até que em um piscar de olhos, um clarão surgiu e o avião explodia em milhões de pedaços.E se eu estivesse no avião minha doce Helga, te perderia para sempre e dormiria no sono eterno enquanto você aqui neste mundo sofre com as perdas da guerra.
Logo após irem embora,me levantei com muito esforço mas percebi que algo estava faltando, Kalvin não havia se levantado.Sim minha doce esposa, Kalvin havia se ferido e no mesmo momento que vi seu sangue pelo chão, tentei segura-lo para falar com ele que tudo ficará bem.Até que quando o virei ele me disse palavras que jamais esquecerei.
"Por que o mundo precisa ser assim Harold ?Talvez eu já tenha entendido a vida. Nós nascemos, sofremos e morremos.Não há mais nada a ser dito."
Depois disso, ele fechou seus olhos para sempre.
Por que este destino fez isso comigo, com você minha cara esposa ou até mesmo com Kalvin, um homem bom que tudo que queria era dar o melhor para sua filha e mulher.Talvez a vida seja exatamente como Kalvin disse:
"Nós Nascemos, Sofremos e Morremos.Não Há Mais Nada a Dizer Sobre Isso."

Com Amor..
Harold!

Fim Da Carta nº 1

sábado, 5 de dezembro de 2009

Santa inquisição

Oi, gente...Acabei de chegar aqui no complexo (como integrante, pois já lia) equero colocar aqui o meu primeiro textinho *.*
Eu o fiz a alguns dias, então é bem recente...antes de iniciarem a leitura é bom dizer que aprecio textos dramaticos e melancolicos, para aqueles que ainda não me conehecem, já estão avisados =D
Bem, melhor deixa-los com a companhia desse pequeno conto...Divirtão-se...


Corria...Só queria saber de correr, desesperadamente!Meus pés já doíam, castigados pelo chão pedregoso e pela rua de terra, mas eu não parava...Por que aquilo tinha que estar acontecendo?
Meu manto azul marinho balançava...Todas as portas fechadas para mim, e o céu me zombando com suas lágrimas...Será que lacremejava de tanto rir ou chorava pela minha desgraça?
Não me preocupei em colocar a toca da roupa, com os inquisidores naquelas áreas, não era uma boa idéia... Os inquisidores...Malditos!
Em pouco tempo, o manto pesava mais do que qualquer saco de batatas, todo molhado, pingando junto do meu cabelo...Não tive tempo para pensar, arranquei-o e o larguei no meio da rua...Só com o vestidinho bege de verão continuei a correr e expirar o vapor do frio que eu me recusava a sentir...Agora era ele que precisava de mim...E eu não queria acreditar!
Mais duas curvas e avistei a casinha na rua sem saída, mais alguns passos, mais alguns passos...Mas que infelicidade!Só senti o puxão na alça do vestido e vi os olhos do miserável daquela rua:
-Aonde pensas que vais toda molhada e com esses trajes, menininha?
Olhos apavorantes, de uma masculinidade inescrupulosa e perigosa. Não tive dúvidas do que aquelas palavras me diziam...E minha mente:
+ Saia daí!Quer ser uma presa fácil?! +
Tentei me livrar das mãos do pedinte e não consegui, ele já agarrara um pedaço da minha saia e meus pulsos:
-Não respondestes, linda moça...
Novamente, dei outro chacoalho, mas desta vez ele resolveu me puxar e me segurar perto de seu corpo, presa pelo pescoço...Ah, seu homem estúpido!Deixa as mãos de uma frágil moça livres...Imbecil!
Juntei as duas palmas em concha e concentrei sussurrando:
-“Requiescat in pace…” *
Uma luz azulada e tênue começou a irradiar das palmas...Coloquei as duas diretamente no ventre do bruto ser e só o vi caindo e levando uma alça e um pedaço da minha saia em suas mãos, acho apertara para suportar a dor,será que havia trincado seus dentes?Tão velho e tão ingênuo...
Sai em disparada de novo, quanto tempo eu havia perdido?!Escutava os berros dele nas minhas costas:
-Bruxa!Sua feiticeira!Herege!Atéia!
Limitei-me a gritar algumas palavras de consolo:
-Agradeça por não ter sido seus rins!Sem ele você não sobreviveria, seu bronco!
Quando toquei a porta, o choque foi imenso, já estava aberta!Olhei-a se arrastando e rangendo...Ela abusava de meu coração com aquele ranger...Dilacerava minhas vãs esperanças...
Entre e a fechei atrás de mim...Tudo lá era silencioso, demais!Meus olhos varreram a sala, vazia...O escritório, vazio...As escadarias, manchadas...
O sangue pingava como se me quisesse, escorria em minha direção...Nem pude gritar, corri para o alto a procura de onde aquilo vinha...Mesmo que eu já soubesse...
Um, dois...Cheguei ao terceiro quarto e estremeci...Os livros picotados, o pentagrama da parede parecia ter sido profanado por varias facadas, a imagem de Gaya estava estraçalhada em migalhas pelo chão, com seu mármore branco e verde manchado de vermelho...
Já com lagrimas nos olhos, desviei minha visão para a cama e finalmente o encontrei...Estirado, com os lençóis, antes brancos, encharcados...A espada ainda estava enfincada, ultrapassando a carne e o colchão...Apontava para os céus, tentava agarrar a piedade onde não existia...
Corri até seu lado, meu vestido já estava todo molhado, manchar os pés sem as sandálias que eu também deixara para trás, e a roupa pouco importava...Por que a inquisição tinha que existir?Por que éramos bruxos?!Só queríamos o melhor!
Joguei-me sobre ele:
-Meu mestre!Para que me enviou ás fazendas hoje?Tu já sabias!Já sabias!
Todo meu carinho destroçava e se diluía na minha raiva e dor...Ele mal parecia reconhecer sua brutal morte...Os olhos serenos, as mãos relaxadas, nem o sangue tirava a imagem de grande Senhor que ele tinha para mim...
Não havia muita coisa que eu pudesse, sabia bem disso...Não havia MUITA coisa, mas ainda sobravam algumas, apenas algumas...
Levantei-me áspera e deslizei minha mão sobre a escrivaninha, não demorou muito para eu encontrar o que queria...O punhal se encaixou nos meus dedos como se feito para aquele momento; o punhal de meu professor, irmão, pai, amor...
Sentei-me ao lado dele, acariciando seu rosto divino:
-Saudade da sua vitalidade, espero encontra-lo em breve...
Puxei a lamina para perto do meu pescoço, tinha de acabar logo!Mas...Uma mão segurou o meu pulso:
-Vai mesmo fazer isso, minha pupila?Quer mesmo acabar com a nossa gente?
Olhei para o lado...A sua vida estava sem dúvidas por um triz, e ele o gastava comigo:
-Oh...
-Querida...Não é hora para você se deixar levar por tão pouco...
-Mas o senhor esta morrendo!
-Um dia isso acontece a todos nós, minha pequenina. Não é a sua hora...E o filho que um dia germinara no seu ventre?E a sua vontade de curar as pessoas? O mundo precisa de você...
-Não sei como viver sem você...
-Vai descobrir...Sei que vai, como descobriu a maneira de seguir Mãe Gaya...Agora vá, eles ainda podem voltar...
Um ultimo sussurro saiu com um suspiro, acho que dizia: “Eu te amo”, não sei...Não podia desrespeitar sua ultima vontade, como ser tão egoísta a ponto de jogar minha própria vida fora e fingir que não apaguei um dos caminhos jogados pelo mundo?
Coloquei-me sobre as minhas pernas, sendo corroída por dentro e escorrendo por fora...Os passos deslizaram puxando meus pés, não queriam andar...Peguei outro manto, esse mais puxado ao vinho e sai daquela casa.
Quando olhei para trás, vi o mesmo homem que havia me atacado olhando para mim.Talvez tenha sido o meu rosto, as minhas lágrimas ou a minha apatia, os lábios só se movimentaram mudos: “Eu sinto muito...”.
Pois nem devia, naquele momento não havia pelo que sentir,  minha vida estava apenas agarrada aos meus tornozelos, pedindo socorro...Sentir pelo que?
Continuei minhas passadas sob a chuva até onde não pudesse mais observar meu antigo lar e recomecei meu destino, ainda caminhando como uma plebéia, continuei o meu caminho, as minhas mentiras e histórias...Eu era só uma bruxa em meio a tantos fiéis...


*Descanse em paz em latim.

Creio que o texto fale por si só...Espero que gostem, se não, por favor avisem que eu tento melhorar =D
Em breve os verei de novo e (na próxima) me esforçarei para trazer um poema ...
Até breve...Bjkz *.*

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Minha Iara de mentira

Em uma manhã, dois índios que se chamavam Itaquire e Iauam estavam pescando e como conseguiam pegar muitos peixes, resolveram ficar mais um pouco. Então perderam a noção do tempo e começou a anoitecer.Foi quando ouviram um canto que, por muita coincidência, era de uma mulher que estava fazendo um comercial. O papel da mulher era da “Iara”.Assustados, os índios começaram a correr, porque, como dizia a lenda,Iara pegava os pescadores e levava ao fundo do rio.Naquela escuridão, dentro da mata, e na correria, Iauam teve um curioso encontro com a equipe de filmagem, que não era de índios, é claro. Eles explicaram que estavam fazendo um tipo de “teatro” e ouviram uns barulhos não muito longe dali, foram verificar e acharam o índio.Iauam como era pequeno, tinha uns dez anos de idade, não sabia a língua dos brancos. Ficou muito confuso e chegou à conclusão que devia levar a equipe até a aldeia.Na aldeia, Itaquire, que era maior e mais curioso, pensou um pouco e se lembrou de que a Iara não encantava crianças. Então foi procurar Iauam, mas já era noite e por mais que fosse alto, não era experiente na mata, como seus pais, e logo se perdeu. Achou a mulher que estava cantando e, mesmo que ela não fosse a Iara, Itaquire ficou encantado e desmaiou, parecendo uma pedra. A mulher não entendeu e tentou acordá-lo.Na aldeia, Iauam apresentou a equipe para o cacique e foi uma longa conversa, até que notaram a ausência de duas pessoas. Começaram a procurar Itaquire e Elice, a mulher do canto. Logo ouviram um forte grito vindo da selva. Os índios correram desesperados para a mata fechada. A equipe, sem entender nada, seguiu os índios.Não em muito tempo, chegaram ao rio Amazonas, que estava todo iluminado pelo luar. Da outra margem vinha o grito de Elice.Um jacaré-de-papo-amarelo estava de frente para ela. Com um salto heróico, Itaquire pulou na água e, em duas braçadas, chegou até o jacaré. Agarrou-o pelo dorso, enquanto Elice fugia. O jacaré não era bobo e com uma só bocada matou o corajoso herói e foi embora nas águas escuras do rio Amazonas.Elice ficou revoltada e afogou-se nas águas do rio. Iauam, o grande amigo de Itaquire, rezou e cantou para o grande corajoso amigo.A equipe voltou para São Paulo, triste, pois Elice morreu.Os índios também ficaram tristes, mas não dava para fazer nada. Seus amigos já estavam mortos.



Detalhe, esse texto é um texto antigo pra caralho que eu achei no Google digitando meu nome inteiro ( façam isso é interessante) . É um texto de quando eu estava na quarta série.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Tempestade dos Demonios

Olá pessoal, eu sou FOWL e não passo aqui a seculos, mas, agora cheguei com um imenso atraso postando uma VEEEEEELHA historia que havia criado no começo do ano, e só foi esses dias que encontrei nos arquivos antigos do meu computador e resolvi RESSUSCITAR. Bom, a historia é simples, embora eu nao me lembro o que foi que me fez ficar inspirado para escrever sobre alguns caçadores de coisas infernais... Mas, quem sabe eu nao continue escrevendo segundo um roteiro novo...




Capitulo 1 – Caçadores Rubros.

Sentados em uma varanda velha, estava dois velhos que conversavam trivialidades, em suas cadeiras de balança, com seus respectivos chapeis de palha, e capim na boca. Olhavam o horizonte como se o fim do mundo estivesse chegando, e então uma trovoada fez com que eles ficassem em silêncio por um pequeno momento. E então um voltou a abrir a boca:
_Vem vindo uma tempestade terrível meu caro.
O outro confirmou, e com ar de mistério respondeu:
_Tempestade é sinal de demônios, você sabia velho?
O outro respondeu que sim, e então veio o silencio novamente. A noite chegara mais cedo naquele dia comum de outono. As negras nuvens colossais no céu taparam inteiramente a claridade do dia nublado.
O garoto que todos os dias acendiam as lamparinas da cidade começou a caminhar pelas ruas a acendê-las com seu pedaço de madeira com brasa na ponta. Ele passou do lado dos velhos na varanda e desejou boa noite para os dois, acendeu a lamparina ao lado e saiu de presa da varanda, afinal de contas, precisava acender todas as lamparinas antes que a chuva chegasse, e antes que a chuva chegasse, ele já precisava ter apanhado as poucas moedas que ganhava por dia do prefeito da pequena cidade.
O velho voltou a conversar:
_Uma coisa que eu nunca soube se é realmente verdade – o outro olhou atendo para o rosto do velho curioso – Porque os demônios atraem tempestades?
O outro velho permaneceu calado.

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Não muito longe desta cidade, no reino norte do país, se aproximava dos portões, uma carruagem que andava em uma velocidade impressionante. As galopadas faiscantes dos dois cavalos negros que corriam amarrados na carruagem negra ecoavam todo o vale por onde passavam. Alem das galopadas e dos relâmpagos que clareavam aquela tarde tomada pela escuridão, duas vozes choramingavam, e parecia ser uma briga por causa de um estranho punhal desaparecido.
A carruagem era toda negra, com detalhes de prata, não possuía nenhuma lamparina para iluminar o caminho, a não ser quatro pequenos raios de luz vermelhos que acompanhavam os cavalos negros. Era seus olhos que brilhavam uma cor vermelha rubi, como o fogo do inferno. Os cavalos eram verdadeiros “corcéis das trevas”, vindos diretamente do reino das trevas. Baforavam um gélido ar tenebroso, e a cada galopada que davam, o chão estremecia como um toque de morte. Os capins ao lado dos corcéis se tornavam cinzas à sua chegada.
O cocheiro vestia roupas pretas de couro, e não era possível ver seu rosto, mas, vendo sabia-se que era um velho com cabelos prateados de tão velhos, com pele pálida e rosto cadavérico. Olhos escuros e grandes franjas sobre a testa, que era escondida por um cartola nobre. O cocheiro não mandava nos corcéis, os corcéis respeitavam o cocheiro apenas por saber para onde ele estava indo.

Dentro da carruagem nobre, com bancos de couro, e cortinas vermelhas combinando com a estofada cor de vinho, dois jovens pálidos choramingavam em uma briga, um deles estava segurando uma Colt na cara do outro, e o desprotegido com um pé na cara do jovem armado. E eles não paravam de falar sobre o tal punhal que havia sumido noite passada. No banco a frente deles estava um terceiro jovem, este com óculos no rosto lia um certo livro conhecido por todos, mas respeitado por poucos: A bíblia sagrada. Este jovem não estava na briga dois outros dois jovens pálidos assim como ele, e ele tentava se concentrar na leitura mesmo com grandes socos e ponta pés que seus irmãos lhe causavam um no outro. Até então que o cocheiro deu um grito lá de fora, no qual fez os dois sentarem devidamente e fez o terceiro calado fechar o livro e guardá-lo em sua maleta logo ao lado.

Estava tão próxima a cidade que puderam ouvir a sentinela da cidade avisar para outra torre de segurança que uma carruagem se aproximava. Os dois jovens Joseph e Mark, que a pouco brigavam, começaram a se vestir com roupas iguais a do terceiro jovem mais serio. Um sobre tudo de couro, que tapavam metade do rosto por causa de um protetor de pescoço alto, por lado de fora e por lado de dentro do grande roupão tinham vários coldres para muitas pistolas e bolsos para pequenas coisas, e ambos também puseram um chapéu de cowboy, para taparem o cabelo despenteado. Mark que sempre estava com a Colt em mãos, a guardou em uma mala de viagem, e a segurou firme olhando de rosto franzido para o outro sentado ao seu lado que abrira um largo sorriso maroto. Joseph como sempre era o mais animado com todas as caças.
Os portões da cidade se abriram para a carruagem, e antes que a carruagem entrasse, os corcéis pararam de galopar, e guincharam. O cocheiro se virou para os três de dentro da carruagem e sussurrou algo incompreensível de se ouvir.

Então, Abrahan, o jovem que já estava vestido e o de aparência mais responsável dali de entre os três, disse com voz suave, muito diferente da voz que soltou um grito á quinze minutos atrás:
_Os corcéis não podem entrar, então vocês já sabem, a cidade é religiosa. – Os dois concordaram com a cabeça e repetiram juntos – Tomem cuidado com água benta, os padres já sabem que estamos vindos para cá, e não devemos confiar nos humanos.


Os três jovens então desceram da carruagem. Ao pisarem no chão, os primeiro pingos de chuva começaram a cair, e as trovoadas aumentaram seu volume e proximidade. O trio foi caminhando lentamente para dentro da cidade, e seu imenso portão fora se fechando logo atrás do trio. E quando o portão da cidade se fechava, eles puderam ver a carruagem, os corcéis das trevas e o cocheiro sumindo em um grande clarão causado por um raio que caira logo no centro da vinha de prata que revestia o transporte.
As lamparinas da cidade estavam todas acesas, e mostravam claramente cada beco, e cada casa trancada. O chão de pedras feito com muita cautela mostrava que por ali não passavam muitas carruagens, era uma grande cidade religiosa.
O trio de jovens pálidos e com roupas de couro caminhavam pelas ruas, agora molhadas pela chuva forte que caia, passaram em frente á velha varanda onde estavam sentados dois velhos e o líder do trio, Abrahan perguntou:
_Onde fica a igreja desta cidade?

E ambos os velhos apontaram uma grande cruz mais adiante. O trio continuou caminhando pela chuva, nem se importando com os raios e trovoadas que assustavam a todos que estavam dentro de suas próprias casas. E aos poucos as lamparinas iam se apagando com a chuva e pelos fortes ventos de arrepiar.
A igreja da cidade era imensa, cheia de torres e um grande sino imenso a badalar. Os três entraram, sem fazer o sinal da cruz [um grande desrespeito na época], o que foi presenciado por um padre que os aguardava logo na entrada.
_Deveriam fazer o sinal da cruz, forasteiros.
Eles se entre olhavam e ignoraram o que o pobre padre de poucos cabelos disse. E o jovem do meio começou:
_Meu nome é Abrahan, sou o líder dos “caçadores de pragas”, viemos de um serviço do Leste Europeu, e soubemos que aqui há um Conde capaz de pagar pelos nossos serviços.

O padre arregalou os olhos, finalmente aqueles caçadores tão bem falados e citados nos livros e nas reuniões de padres e condes estavam ali. As lendas eram horríveis, mas mesmo assim, diziam que os “Caçadores Rubros” podiam acabar com qualquer praga existente em qualquer Feudo, até mesmo quando não se podia mais encontrar magia negras escondidas pelos vales, eles conseguiam encontrar e acabar com ela. O padre se identificou como Cordial Henry e os trouxe para dentro de uma capela pequena onde havia apenas uma mesa, e então começou a explicar. O trio por sua vez nem mesmo tirara seus chapeis, ficaram eretos ao lado do líder Abrahan que escutava tudo que o Padre tinha a dizer.

“_A dois meses atrás, uma bela donzela plebéia sumiu, é claro, ela é plebéia mas mesmo assim começou um grande tumulto na cidade, e muitos viajantes começaram a sair da cidade dizendo que aqui havia um assassino por garotas bonitas, muitas pessoas não acreditaram, mas uma outra donzela acabou sumindo, desta vez, uma nobre jovem, a filha do conde Tristan. Ele procurou por vocês ate que conseguiu lhes enviar uma carta, mas, enquanto vocês não chegavam, acabou sumindo mais duas garotas plebéias. Acontece que alguns caçadores da vila (os poucos que sobraram, porque quase todo mundo migrou para outra cidade), encontraram suas roupas pelo vale, e algumas outras peças de roupas pelo cemitério da cidade, e – O padre se aproximou para perto deles para terminar a historia – Dizem ser um cão dos infernos apaixonado por donzelas bonitas.”

Os olhos do padre lagrimejavam, mas o trio sabia que ele não era tão religioso assim, talvez um pedófilo apaixonado por garotas plebéias, que já citou mais o desaparecimento delas do que o da filha do tal conde. E se o Padre Henry fosse religioso o bastante, teria notado a presença de demônios que o trio ali dentro da igreja exalava.

Os três jovens saíram da igreja as presas, a tempestade La fora não diminuía muito, e o padre correu atrás deles à perguntar:
_O que vocês irão fazer? Não vão procurar pelo conde?
E um dos jovens se virou, Joseph com aquele de sorriso maroto e olhos redondos feito olhos felinos:
_Não precisamos de dinheiro padre, basta termos um pequeno animalzinho de estimação e já está ótimo.
E Mark também sempre calado e com a testa Franzida resmungara:
_Estava esperando tanto por este momento, finalmente vamos ter um cão para botarmos na coleira.

As pernas do padre tremeram, e ele caiu no chão com violência, assustado ele só conseguia dizer uma coisa enquanto o trio sumia em meio à tempestade:
_DEMONIOS. Os caçadores são demônios.



Espero que tenham gostado... E se gostaram, comentem... eu não estou muito animado para continuar a escrever uma proxima parte, mas se receber criticas construtivas talvez eu continue!