Vish... Solyni monopolizou o blog... Caracas, fiquei sumido por 3 meses.
Cá estou de volta, eu sou Fowl (aquele com os textos mais longos e cansativos), e aqui estou novamente para postar uma historia com começo meio e fim. Simples, mas é para que se lembrem de mim (e para que o Tsune não me demita do Blog).
A historia se trata de um Detetive que já teve seus 15 minutos de fama e glória. Quase caindo na falência, ele recebe um serviço. Um serviço valendo muita grana (é irrecusável), para fazer algo inútil (encontrar um cão), em um momento difícil (durante a neve).
POR CAUSA DE UM POODLE PERDIDO NA NEVE.
“Era domingo e eu estava com sono novamente, mas que droga. O Uísque acabou tão rápido que nem pude deixar para o domingo. Meu único dia de folga.
Caminhar pela neve também é uma droga, sem chances de ir para algum lugar onde tenha uma cachoeira linda, para apreciar com o sol quente para relaxar, ser detetive é uma praga.
Mal tenho dinheiro para outro uísque, e a cantada na garçonete já não funciona mais, tive dinheiro apenas para mais um maço de cigarro.
Até mesmo a pistola que carrego no coldre já não tem mais balas. Acho que preciso arrumar um caso urgente.
Passei pelo Beco da Valvule Street e vi alguns policiais comendo Donuts, pareciam deliciosos, mas continuava sem dinheiro ate mesmo para me alimentar. “Preciso mudar”, era tudo que conseguia dizer para minha auto-motivação de vida.
Voltei para meu apartamento e vi uma senhora com cachecol de pele de Urso, a madame estava acompanhada de quatro gorilas imensos de óculos escuros. Finalmente parecia um caso importante.
Abri a porta e eles entraram. Sem delongas. Ela me apresentou uma foto de um Poodle que eu tinha de encontrar. Mas que vergonha, um detetive que já trabalhou para o Governo saindo à procura de Poodles pela cidade.
Eles foram embora, e a madame deixou uma pequena quantia de dinheiro, e com o envelope e as fotos, uma ameaça dos gorilas. Mas que droga de mão de vaca, usando um cachecol daqueles e me deixando dinheiro suficiente para poucos litros de Uísque.
Primeiro dia de busca.
Me vesti como podia, não se esquecendo do meu estilo de Detetive, chapéu, sobretudo, e meu coldre Axilar portando uma arma sem balas.
A neve era tanta. Sempre achei que deveriam pintar Poodles de outra cor, nunca gostei de cães brancos. Acho melhor os poodles de cor laranja, ou talvez roxo. Pelo menos seria mais fácil encontrá-los na neve.
Peguei o metrô até ao lar de cães sem dono; Não encontrei nenhum poodle, pelo menos nenhum com o focinho raspado, como os da foto.
Fui para o Parque central.
Não, nenhum cachorro seria tão burro de passar por ali. Não durante neve.
Fui até a entrada de uma escola primária próxima a casa da Senhora. As crianças não haviam visto nenhum poodle perdido.
Voltei para o meu apartamento. Pela janela conseguia ver um carro todo preto me vigiando por um daqueles gorilas machões. Estava sem rumo, procurando por um cão, em uma cidade imensa de paisagem toda branca.
O que poderia fazer para encontrar este maldito cão? Alem é claro de colocar cartazes por todos os postes com o focinho raspado daquela coisinha magra.
Passaram-se uma semana, e durante todos os dias eu caminhava até o lar dos cães sem dono. E nada.
Oras, encontrar um assassino, ou encontrar provas de um crime era mais simples. Ou talvez esteja ficando velho.
Me quebraram a maçaneta da minha porta e os gorilas estavam lá parados apontando a arma para mim. Não podia fazer nada, acabei esquecendo de comprar as balas para minha arma. Resolvi gastar a grana do adiantamento com mais uísque e cigarro, alias, eu não sobreviveria sem eles. Acho que talvez tenha pensado errado.
A senhora foi muito sincera com a maquiagem borrada de tanto chorar. Eu era mesmo um detetive incompetente, e merecia mesmo levar um tiro no meio do peito.
Quando saíram, deixaram a porta escancarada. Será que queriam que todos me vissem morto? Ali? Sentado na minha poltrona de couro, com vários cinzeiros espalhados pela mesa.
Meu sangue parecia nada mais nada menos do que uma cachoeira. Daquelas que você encontra aos domingos quando vai viajar para algum lugar interessante, com o sol forte, longe da neve.
Neve me lembra Poodle, e eu estou morto por causa de um. De um maldito cão com o focinho raspado.
Este é o fim de um detetive que já teve seus 15 minutos de fama, quando trabalhava para o governo, ou então quando os detetives da Policia me pediam ajuda. Talvez eu já esteja velho demais, talvez seja hora de esquecerem meu nome. Por causa de um Poodle perdido na Neve.
É uma historia curta, espero que apreciem a mensagem que quis transmitir. Caso não percebam a mensagem, lêem do mesmo jeito. Ela foi inspirada em “Sin City” (o HQ, é claro) e um pouco em “Calvin e Haroldo”.
Enfim, é só. Eu sei que não se compara aos textos fantásticos que postam por aqui, mas, espero que gostem. E se gostaram e se acham que precisam de algum concerto, ou se quiserem apenas criticar algo que faltou, COMENTEM.
Há 7 anos