terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A essência de Hórus

OI genteeem!
Depois de uma ETERNIDADE sem dar um pulinho aqui vou colocar um conto grandão para vocês!
Se quiserem, leiam em partes, é meio compridinho mesmo xD
Aproveitem!

O jovem chegou descabelado ao saguão do hotel cinco estrelas, transpirando e com a respiração ofegante, parou a poucos metros da secretária de cabelos grisalhos e tomou ar, os seus últimos dias foram os mais insanos que já tivera! O único lugar onde ele tinha alguém para confiar era ali... Quando a senhora ergueu os olhos, quase que caiu de costas:
-Paulinho! Você sumiu sem deixar recados!Desapareceu! Onde pensa que estava?!
-Dona Judite...
-Tenho que ligar para a polícia agora! Eles estão louquinhos atrás de você!
-Não!
-O que?- os olhos dela se voltaram para as roupas dele incrédula- Por Jesus! Você está em trapos!
-Preciso falar com a Tia Amanda, agora! Sra. Judite, por favor... É urgente...
Ela foi pegando o telefone:
-Paulinho, a polícia toda está lhe procurando! Devo ligar antes, depois você fala com a sua tia, menino!
Ele correu até a bancada, já puxando a atenção de quem andava por ali de noite e segurou o aparelho:
-Por favor, Dona Judite... Eu estou bem... Eu estou vivo, mas preciso falar com a minha Tia, me diga onde ela está, e não chame a atenção por enquanto, por favor...
Os olhos do rapaz brilharam como se a emoção o estivesse sufocando a garganta, até parecia medo, ela relaxou as mãos que estavam sobre o telefone:
-Tudo bem garoto, mas vai logo! Ela esta em seu escritório, no...
Ele beijou a bochecha da senhora:
-No 9º andar, eu sei! A senhora é um anjo!
O garoto, que mais parecia um mendigo, passou pelos vasos com cravos brancos, pelo tapete luxuoso e foi direto ao elevador, apertou o botão e esperou enquanto a maquina descia.
“5, 4, 3... Vai logo...”
Quando a maquina chegou ao térreo, ele entrou e clicou o numero nove, encostando-se na parece metálica e suspirando enquanto as portas se fechavam:
-Meu Deus...
No ultimo vão ele ainda podia ver dois ou três rostos o observando-o.
Acho que nem eu entraria num elevador com um menino vestido desse jeito.
Olhou para a camisa e as calças totalmente manchadas e esfarrapadas, nem o sapato escapara do horror.
Nem sei como a Judite me reconheceu, to parecendo um mendigo!
O elevador começou a se mover gentil, só então Pulinho percebeu como suas pernas tremiam, ele mal conseguia se sustentar sobre elas. Sua respiração estava inconstante, mas ali ele finalmente estava se sentindo seguro, como se nada mais pudesse feri-lo.
O visor que ficava logo acima dos números parecia correr devagar: 4, 5... Tudo estava como deveria ser, a musiquinha repetitiva de fundo, a cor amarelada das luzes, o ar condicionado ligado, era uma dádiva voltar ao que ele podia chamar de lar.
O menino fechou os olhos pressionando as pálpebras. A vida dele havia se tornado um verdadeiro inferno desde que sumira, uma semana atrás.
Será que Tia Amanda já falou com meu Pai e minha Mãe?
Ele sabia que não seria nada bom se ela o tivesse feito, na verdade, só o fato de ter que inventar um por que de ter desaparecido para a policia já era algo bem complicado.
Mas o que eu faço? Conto a verdade...
Ele pensou uns segundos nessa opção.
É, em uma semana eu conto o que houve! Na outra, vou para o hospício!E que raio de elevador é esse que nunca chega!
O garoto abriu os olhos novamente focando diretamente no visor para ver em que andar estava e sentiu seu estomago revirar.
Um sete virado para baixo...
Seus olhos se arregalaram e seu ar começou a faltar, ele gostaria de acreditar que era uma mera coincidência, mas não podia ser...
O elevador deu um solavanco fazendo-o quase cair, o metal começava a ficar cada vez mais frio, e o ar parecia ficar cada vez mais esbranquiçado, como se formasse neblina a sua volta.
Ele correu até o botão de alarme e o apertou, mas nada aconteceu:
-Merda!
Foi até o fone e apertou o botão para se comunicar com a secretaria:
-Judite! Judite! Tá me escutando?! Alguém?!
Mal ele terminou a ultima pergunta um sonar agudo começou a sair pelo aparelho, primeiro parecido com estática, mas depois foi aumentando, piorando, até fazer o rapaz cair de joelhos com as mãos tampando os ouvidos.
Tal como o som veio, ele desapareceu. Paulinho levantou o rosto para ver se fora só um surto da sua mente assustada, mas lá estava o sete ao contrário de novo:
-Merda! De novo não...
As imagens de ele descendo o elevador do shopping na última segunda feira voltaram a sua mente, o mesmo símbolo, o mesmo frio antes de ele desmaiar, mas dessa vez ele continuara lá dentro...
-Está se divertindo?
Uma voz feminina soou do fone, sedutora, perversa, se divertindo com o que acontecia:
-Achei que uma entrada triunfal faria diferença... Você gostou?
Syhha! Como ela tá aqui?!
As lembranças voltaram outra vez, depois do estranho número no elevador do shopping e do desmaio, ele passara os últimos seis dias numa tortura sem fim... Quando acordou já estava bem acorrentado a uma cama de palha. Demorou algum tempo até ele perceber que não estava na dimensão humana, mas depois que notou as coisas só pioraram...
Syhha parecia ser um tipo de mandada de um “Semi-Deus” que os egípcios chamavam de Seth. Era uma mulher que qualquer homem ficaria lisonjeado de estar preso á frente, suas curvas seriam capazes de formar um oito invejável, sua roupa não passava de uma saia bem detalhada, comprida, com cortes verticais até um palmo do quadril e um top de ouro, mais parecido com um sutiã, com as alças feitas de várias correntes finas caídas por todo o ombro, a pele era amorenada e os cabelos compridos, negros e lisos, emoldurando os olhos dourados com lápis forte e a boca bem delineada-, era uma legítima egípcia, até no nariz.
Pensei que ela não pudesse vir aqui... Ela mesma falou...
-Por que esse silencio, moleque? Não acredito que você conseguiu escapar... Realmente fascinante! Bela façanha para um meio-humano!
Ele podia sentir o sorriso dela, seja onde estivesse, se abrindo malicioso, degustando cada gota do pavor do menino.
Bela façanha?!Quase morri por causa dessa vagabunda!
Depois de acordar naquela cama foi que conhecera Syhha, ela lhe contou que estavam perto do portal de Anúbis, entre o julgamento de morte e o mundo humano, e que dentro da alma dele estava guardada o que os Deuses chamavam de a “essência de Hórus”, uma energia dos primórdios humanos, que continha a união perfeita da gota mais pura do poder de cada Deus, em suma, um pouco dos poderes de cada um, na sua forma mais potente.
No início ele não entendeu o porquê de logo sua alma ter sido escolhido, mas depois que ela contou a respeito de sua tia, tudo se esclareceu!
A voz de Sihha ainda saia pelo fone, zombeira e soberana:
-Conte-me, como descobriu a respeito do vinho?
Então ela já sabe sobre o vinho...
Paulinho respirou, o ar estava cada vez mais frio, e o elevador deu mais um chacoalho, o jogando no chão:
-Vamos, me conte... Eu precisarei ir até ai para que me diga?
Ela falou com meiguice, o que o assustou ainda mais.
Ela acha que é tudo um jogo... Acha que minha vida é um jogo! Como eu saio daqui?!
-Ei, alguém ai?
Ele tentou se levantar e o elevador balançou outra vez, fazendo-o cair outra vez:
-Escapei quando um dos seus serviçais tentou tirar a minha camiseta... -Ele começou, falando baixo.
Também, não sei o porquê aquele filho da p* queria me tirar a camisa!
-Ele afrouxou as correntes e a chave estava perto da adaga...
As luzes piscaram um pouco e ela voltou a falar, numa mistura de cinismo e perversão:
-Preciso urgentemente trocar aquele pessoal... Umas férias eternas ao lado de Anúbis fará bem a eles... O que acha?
Bela forma de se referir á morte...
-Acho que não passa de outra forma de dizer que, como seus empregados falharam, você vai por um fim neles.
O silencio imperou durante alguns segundos, como se Sihha estivesse pensando, as luzes voltaram a piscar e os lábios do rapaz começaram a tremer com o frio.
Se ela não me pegar primeiro, é certeza que morro aqui com esse frio.
Paulinho se levantou esfregando os braços nus:
-A temperatura está boa, rapaz?
Uma merda, vadia!
-Muito agradável, eu garanto. – disse o mais cínico que conseguiu.
-E quanto ao vinho?
As luzes não paravam de piscar e o frio crescia lentamente, era uma questão de tempo até a hipotermia começar, ele percebeu entre um facho de luz entrecortado e outro que o visor continuava com o mesmo sete ao contrário.
-Paulinho?
Ela quase assobiou essas palavras, saíram suaves, até maternas.
Agora quer dar uma de boazinha é?
-Como se você não soubesse! Não é, Sihha?
Depois que ele saiu da saleta onde estava, o corredor apontava para esquerda e direita, por obra do destino, ele decidiu seguir pela direita, andou durante um tempo sem encontrar nada, até que uma porta lhe chamou a atenção, feita em bronze, decorada com ouro e pedras reluzentes, nada muito comum.
As luzes começaram a piscar desesperadamente e, do nada, param! O menino na hora se enrijeceu, apavorado.
O que tá acontecendo...?Por que tá tudo escuro...? Cadê ela?
As respostas só vieram quando ele sentiu os lábios quentes roçando no seu ouvido esquerdo, gélido, sussurrando, sedutora:
-Quero que você me conte...
Ele ficou alguns instantes quieto e depois suspirou:
-Depois que você me contou que a minha tia era uma...
Ela aumentou o grau da malícia na voz:
-A conselheira de Osíris e Isis?
Ele ofegou um pouco e logo controlou novamente seu medo:
-É... Depois que você me disse isso... Eu fugi do cativeiro e acabei encontrando o seu quarto.
A memória de Paulinho se embaralhava, ele lembrava-se bem como havia sido no cativeiro, nada bom...
“A essência esta presa no interior da sua alma” Sihha dissera “Temos que abri-la para pegar... Infelizmente, não há como você sair vivo desse processo, sinto muito.”
Ele lembrava bem dela dando de ombros e falando com desdém “O que posso fazer, sacrifícios são necessários, e meu mestre está cansado de ser subjugado por Isis e seu maridinho”.
Depois daquilo, foram horas e mais horas de tortura, abrir uma alma não era como abrir um corpo... Para eles parecia muito simples banha-lo com energia e rituais diversos, mas para Paulinho era como experimentar, sem anestesia, que cortassem cada músculo, cada órgão, cada veia do seu corpo, vagarosamente, experimentando cada gota de sangue.
Pelo que ele entendera: Isis, Osíris e Seth eram deuses irmãos. Isis havia se casado com Osíris e causado inveja a Seth, que despedaçou o irmão e o espalhou pela Terra. Como deusa da fertilidade e vida, Isis buscou cada um dos pedaços e deu vida nova ao seu marido, banindo Seth ao deserto, para se tornar um o Deus da violência e da desordem, da traição, do ciúme, da inveja, do deserto, da guerra, dos animais e serpentes, foi o que ela disse. Agora Sihha queria a essência criada pelo filho do casal, Hórus, e estava dentro dele.
As unhas afiadas da sacerdotisa de Seth passearam pelo peitoral do adolescente, enquanto ela continuava a falar baixinho, diretamente no ouvido dele:
-Encontrou o meu quarto? Que interessante... E então?
Paulinho sentiu suas costas arrepiarem, ela escorregou as mãos gélidas por dentre a camisa rasgada e continuou a arranhá-lo, completamente provocante:
-Diga... O que fez no meu quarto?
Ele se lembrava de uma cama bem ornamentada do lado direito, uma imagem de algum Deus hibrido na parede a sua frente e uma escrivaninha com um armário ao lado na esquerda, o quarto era espaçoso e todo bem decorado. Começou gaguejando:
-Eu encontrei um livro... Estava mal fechado... Foi só puxa-lo que abriu em uma das páginas.
A respiração ofegou mais, o frio começava a se tornar intenso demais, os lábios tremiam e os dentes lutavam para não bater:
-E leu sobre o vinho? – disse ela curiosa- Como conseguiu ler egípcio?
-Eu não sei... – Suspirou se encolhendo com a temperatura- Só li.
Depois de ler aquela primeira parte ele conheceu algo chamado de “vinho de passagem”, não era raro para Deuses, mas havia sido abolido da Terra, uma substância agridoce, com cheiro de madeira envelhecida e uva, coloração rosa turva; não é o que se possa chamar de apetitoso.
Sihha colocou os dois dedos indicadores em baixo do elástico da calça, perto dos ossos da bacia, como se fosse abaixá-la:
-E como encontrou a bebida?
O lado animal do menino entrava em choque com seu medo enquanto sua mente, desesperada, tentava manter os pensamentos bem ordenados:
-Enquanto eu estava lá dentro, alguém entrou para buscar alguma coisa que estava na sua cama, e eu tive que me enfiar dentro do armário...
Ela pressionou os dois dedos levemente, fazendo movimentos circulares, ele lutou para se concentrar:
-E então...
- Percebi que o seu armário tinha cheiro de uva entre as roupas e comecei a procurar de onde vinha, foi quando encontrei a portinhola, com o vinho.
-Ah, então foi isso... Um furto no estoque...
Sua voz saiu macia, mas pareceu dilacerá-lo por dentro.
Ela esta jogando demais... O que ela quer?!
-Mas chega dessa história! Meu prazo está se acabando, menino... E meu mestre não gosta de atrasos...
A sacerdotisa, sem dar avisos, tirou umas das mãos do elástico e passou-a ,como se fizesse carinho, por cima da genital do garoto, sobre os panos restantes do que um dia foi uma calça, a exitação lhe penetrou as veias. Aproximou seu corpo do dele, colando os seios nas costas e se encaixando perfeitamente no jovem, e sua voz saiu picante:
- Perdoe-me, querido... Mas eu tenho uma entrega a fazer.
Do prazer momentâneo, o garoto experimentou novamente a dor. Ela encravou as unhas logo abaixo das costelas, sentindo o sangue escorrer e jogou-o na parede do elevador. Ele bateu com toda a força e caiu tonto no chão, ela ajoelhou-se e, no escuro, ele pode sentir quando sentou em cima dele, com o corpo do rapaz entre as pernas. Mas dessa vez a voz veio traiçoeira, sedutora, maldosa:
-Sabe para que ele ia tirar a sua camisa, moleque? Era para eu terminar o serviço! Não esperava que eu concebesse a essência de um mal vestido, não é?!
A excitação voltou-lhe as veias, os lábios de Sihha tocaram os dele, passando a ponta da língua quente de leve:
-Agora que a sua alma já está aberta, só falta um passo...
Ela começou a tentar puxar a calça do menino.
Não!
-Não! O que...
-Shhhh... Vão ser alguns minutinhos de prazer, meu querido... Eu pegarei a essência com a sua vida e você nem irá sentir...Que pena a sua morte ser realmente necessária.
Ele tentou empurra-la, mas ela o pressionou contra o metal gelado do elevador escuro, acoplando os dois corpos e abaixando a calça do pobrezinho. Ele se contraiu todo tentando fugir como um filhote numa jaula congelante, ela ria baixinho da tentativa de Paulinho, claramente sua força era muito superior a dele e não demoraria muito para que superasse essa pequena rebeldia.
-Sabe o que mais me diverte nisso tudo?- Seus dedos começaram a puxar a cueca, ela continuou aos sussurros- É que você esta gostando...
Mal ela acabou de falar, algo aconteceu, para ele foi como perder todo seu peso, os dois corpos flutuaram sutilmente e depois caíram desajeitados! Seguido por outro flutuar, esse mais alto e outra queda, essa machucando o pulso dele:
-Ai, meu pulso!
Sihha ainda estava colada nele, mas havia uma folga entre os dois, ele tentou empurrá-la, ela nem se moveu:
-Nem pense nisso, moleque – algo frio encostou no seu ventre – Ou é fim de jogo para você, agora!
- Se eu fosse você, não encostaria no meu sobrinho, Sihha.
Uma luz o cegou por alguns instantes, o peso da sacerdotisa foi tirada de cima dele, e alguém o puxou do chão com fervor:
-Paulinho, Paulinho!
As mãos da sua tia tocaram seu rosto e o balançou, aos poucos ele começou a distinguir suas formas:
-Tia Amanda?É a senhora?
-Oh, meu Horus!- Ela o abraça- Que bom que a dona Judite me ligou!
-Ahn... Mas eu...
- Fique quieto e atrás de mim.
Ele se posicionou onde ela mandara, a sua frente, contra o ponto de luz, ele conseguia enxergar a silhueta de Sihha, a voz de Amanda saiu quase engolindo o local:
-Sihha...
- Amanda... Ou prefere que eu te chame de Nathifa?
-Já faz muito tempo que não uso esse nome...
-É, eu sei. Desde que veio proteger a essência.
-Pois é.
Ele conseguiu perceber a adaga na mão da seguidora de Seth, enquanto sua tia não tinha nada:
-Chega disso, Nathifa, já faz décadas que não somos amigas, vamos para o final de uma vez!
-Desculpa, Sihha, mas desta vez não pretendo brigar com você.
Ela se colocou em posição de batalha:
-Como é que é? Você esta louca, não é?Não foi um pedido, ou você luta, ou eu mato ele!
Amanda na maior calma já vista pelo menino falou, sussurrando:
-Tenta.
Sihha se jogou em cima dela, ocorreu em fração de segundos! Sua tia pegou em seu pescoço e gritou cheia de energia a sua volta, enquanto todo o elevador, antes gelado, agora balançava numa temperatura sufocante:
- Tarde demais, Sihha, você não fala mais com uma conselheira, eu sou um canal dos Deuses!
Uma grande explosão jogou o garoto contra a parede, fazendo-o cair com o rosto no chão desenhado do elevador, demoraram alguns segundos até que ele pudesse abrir os olhos, e quando fez isso, quase desmaiou.
Sua tia segurava Sihha nos braços, a sacerdotisa tinha o corpo inteirinho rachado, como uma boneca de porcelana e Amanda sussurrava em seu ouvido:
- Osíris quer ajudá-la, minha querida, seja inteligente e ajude-se também no seu julgamento, que os Deuses a acompanhem.
Seu corpo se desfez nos braço da mulher mais forte que ela já vira, nos olhos de Amanda, lágrimas continham-se, o blazer estava todo rasgado e sua saia, outrora longa, agora estava pela metade:
-Tia, eu.
-Paulinho, fique quieto, só um segundo.
-Mas.
Um barulhinho se ouviu e as portas se abriram, o marcador indicava o 9º andar e o elevador estava impecável!Ela o pegou pela mão e o guiou até seu escritório; lá deu um casaco a ele e pegou uma muda de roupa em seu armarinho:
-Tia... Eu posso falar agora.?
-Claro querido.
-Poderia me explicar o que aconteceu naquele elevador!?Que porr* foi aquela?!
-Paulinho, olha a boca!
-Tá, mas o que foi aquilo!?
-Há alguns séculos atrás, eu e Sihha éramos grandes sacerdotisas, no reino dos Deuses egípcios, mas em algum lugar do nosso caminho, ela acabou se apaixonando por Seth e foi banida de nosso querido lugar... Naquela época a “essência de Osíris” foi criada e colocada sob os cuidados de Isis e Horus. Anos se passaram até que Seth começou a buscá-la sem piedade e eles tiveram que enviá-la a Terra.
-E me escolheram por quê?
-Por que você era uma alma pura, jovem, recém criada, que estava sob meus cuidados... Então eu vimprimeiro enquanto te preparavam, e depois você veio, e eu fiquei responsável por cuidar de você.
-E papai e mamãe?
-Almas caridosas, vieram sem saber de nada.
-Nossa!- Ele se sentou no sofá- Então, você matou Sihha?
-Bom, ela foi para o mundo dos mortos, agora é com Anúbis.
-E acabou? Digo, essa maluquice?
-Você esta brincando?!O jogo tá só começando, menino!
-Ah, eu mereço!
Os dois caem na risada, mesmo sabendo que o perigo sempre o rondará, agora ele sabe com que pode contar.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Moira

Olá pessoal. Aqui estou, com uns dias de atraso, para dar um "parabéns" ao Complexo-Paranóico... não somente aos outros autores, mas à parceria em sí.


Essa é uma tentativa de um poema, valendo lembrar que eu SEMPRE me perco quando começo a escrever. 

Moira

Vamos deixar que role
Os dados do destino.
O futuro nunca se escolhe
Nem se ajusta à pessoa
Como um terno fino

Os caminhos são tortos
Emaranhadas como num nó
Nada nele pode ser lido
Nada pode ser corrigido
Numa linha se está só
Na outra linha estão todos mortos

A causa disso são três velhas loucas
Com uma roda sempre a tear
Que tentam tecer o infinito
Sem mesmo saber o intuito
Ou uma moeda ganhar

Se estas eu pudesse,
De alguma forma controlar
Teria poder sobre minha sina
Controlaria cada esquina
para que nela estivesse
somente o seu olhar.


segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Jogo de Supeitas

Eu povo a tempos que não posto em, a vida anda corrida, mas a um ano atrás foi feito um projeto e não vejo o porque deixar de não continuar ele.

Abaixo tem um texto, na verdade é uma visão de algo que vejo com freqüência. tah bem ruim mas queria postar algo esta semana XD

Jogo de suspeitas

O jogo começa quando você entra no ônibus.

Respira fundo e se concentra

Falar bom dia lhe da bônus.

Ande até a roleta

Troco certo
Opção de escolha

respira fundo

Julgamento

Assassino a esquerda

Masoquista de direita

Sorte grande banco vazio

Rolar teste

Cinco, pagodeiro senta ao seu lado

Avance 2 casas

Suspeita: ladrão

Perdeu um turno de pé

Lugar vago

Sentar

Rolar sorte

Garota bonita

Falha critica

Tachado delinqüente

Continuar
Trocar
Pular

Julgar
Apostar

Próximo ponto

Game over


Basicamente é isto que eu vejo todos os dias no ônibus, pessoas colecionando pontos trocando de lugares, julgando e suspeitando dos outros.

E você faz parte do jogo?

let’s play

sábado, 14 de agosto de 2010

1 ANO DE BLOG - e mais uma Historia sobre Detetives!

Olá pessoal, estou eu aqui novamente depois de MUUITO tempo para postar mais uma daquelas historia meio “sei La” que eu costumo postar.

Bom, mas a verdade é que, mesmo sem inspiração alguma, eu consegui escrever este texto usando toooda a inspiração que consegui captar nos ultimos dias, afinal, hoje é um dia especial. Voce deve estar se perguntando: "que dia é hoje?", e eu lhe respondo: ANIVERSARIO DE 1 ANO DO COMPLEXO PARANOICO! :)

Isso mesmo, a 1 ano atras estavamos pensando em um nome para dar e exclusivamente discutindo tambem sobre o que falariamos neste blog tao COMPLEXADO! -- éé, até sobre Batatas pensamos em postar... -- mas enfim, concluimos que falariamos sobre tudo, e que aqui seria o refugio para escrever sobre Detetives, Alienigenas, Anuras e ate mesmo Aspargos Fritos!

UM ANO DE MUUITA IMAGINAÇÃO, apesar do blog estar meio, cheio de teias de aranha, NAO TEM IMPORTANCIA, vamos voltar a tocar as engrenagens dessa bagaça pra ele continuar RODANDO E GERANDO MAIS VAPOR.. VAMOS TRABALHAR NEGAIADA!


Ah, caso tenham se esquecido de mim, sou o Fowl e, o Tio Ozzy, conhecido como Tsune ou tambem como 'deus', disse que eu deveria postar algo neste dia TAO ESPERADO, e, cá estou eu com maais uma historia horripilantemente sem nexo.

Desta vez escreverei algo BEM parecido do outro texto, o “Por causa de um Poddle”, este é o “Meu Marido me Trai?”. Parecido com a historia do Poddle em relação ao clima ‘Noir’ de detetive dos anos 60 (talvez), meio inspirado em Chicago banhado em muito uísque, e é claro, belas donzelas com ótimas curvas para deixar a sensualidade do clima em preto e branco muito melhor. E é nessa sensualidade que eu digo que eu encontro a inspiração em Sin City, novamente.

Enfim, sem mais conversas.

MEU MARIDO ME TRAI?
Esperava aquele maldito telefone tocar para me dar alguma pista sobre o ultimo caso, e nada. A chuva sorria lá fora me implorando para ir dançar com ela, mas eu precisava solucionar este caso. Afinal, o Marido dela não era mais do que apenas um cara normal, traído pela esposa, hipócrita por sinal.

Por que ela me contratou? Pergunto-me. O Marido dela não a trai, ele apenas acorda, pega o metrô todos os dias, toma café acelerado no escritório, leva bronca do chefe todos os dias por chegar atrasado – é claro, com uma mulher daquelas, eu também chegaria atrasado todos os dias – e engole calado todas aquelas críticas. Faz seu serviço como ninguém e não recebe elogios por causa disso. Sai do serviço e vai para o Bar do Crimson tomar uísque, oras, todo bom homem precisa do Uísque do Bar do Crimson. Pega o metrô de volta, percebe-se o medo que ele tem de ser esfaqueado por aqueles marginais e chega a sua casa sempre 40 minutos depois daquele tal de Brian ter saído pelas portas da frente – mostrando para todos que esteve com aquela mulher tão linda o dia inteiro.
Que donzela fogosa.

Ela sempre bate três vezes antes de entrar no escritório. Tiro os jornais de cima de mesa e coloco meus pés – para mostrar o engraxate novo -, ela acende o cigarro diferente das outras damas, ela não tem medo de queimar os dedos.
Assopra toda a fumaça no ar úmido do escritório escuro, clima de terror dos cinemas:
_E Meu marido me trai?
Ela tira da bolsa mais alguns dólares para mim continuar investigando o cara. Mas eu ainda não entendi o objetivo dela. O que quer que eu continue fazendo? Ela tem medo de que ele faça o mesmo que ela faz com ele?


As ruas estavam imundas quando caminhei ate o Bar do Crimson. O Bar estava lotado, e a luz vermelha estava queimada de novo, as dançarinas adoram, não precisa dançar com todo o seu rebolado, ninguém olha pro fundo do bar. O ‘Marido’ entra de novo, com a cabeça baixa sem esperar nada do lugar. Nem mesmo olha para o fundo, nem para saber se existem dançarinas por lá, querendo um aumento ou um marido. Ele toma apenas dois uísques duplos, com os cotovelos no balcão, sem se abrir com o garçom. Que vida trágica.
O segui pelo Metrô, ele ainda treme quando passa do lado dos marginais, e mais uma vez chega em casa com sua mulher de cabelos encaracolados usando apenas aquela pequena roupa sedutora, para a alegria dos pivetes na varanda do prédio a frente que assistem toda aquela sessão de filmes adultos de graça e ao vivo.

Já não sei mais porque ela bate três vezes na porta, se senta em frente a minha cadeira, assopra a fumaça toda para o ar e repete as mesmas palavras: “E meu marido, me trai?”.
E quando eu abro o jogo para ela, dizendo que ele é o homem mais fiel de toda Chicago, ela tira mais alguns dólares da bolsa e deixa na mesa. Toda essa historia tem duas coisas boas. Eu sigo um homem que não me da problemas, e ainda por cima ganho dinheiro da mulher dele, para o meu engraxate mais caro do centro da cidade e pras minhas maiores e melhores garrafas de Uísque.


Naquela tarde resolvi não seguir o marido dela, mas, alugar o apartamento ao lado da do casal. Estava disposto a ouvir o que eles conversavam tanto o dia inteiro enquanto seu marido estava fora. Aquele homem que entrava no apartamento da donzela todos os dias tinha um engraxate melhor que o meu, precisava saber o que ele queria com uma mulher casada, sem ter medo de entrar e sair dali todos os dias pela porta da frente.
Usando o meu copo vazio de uísque, ouvi que quando ele entrou, ela trancou a porta, se sentaram no sofá e começaram a conversar. Mas não era o nosso inglês. Ambos conversavam em Russo.

Paguei o aluguel diário do hotel, já sabia o que precisava. Não sabia o que tinham falado, mas sim, que ela estava querendo eu longe de sua casa, me pagando para vigiar um marido chato e fiel a esposa. Alguma coisa não cheirava bem, será que ela contratava outros detetives para ficar longe da cola dela?
Talvez eu não fosse o único detetive perdendo tempo investigando o cara amarrotado.

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Resolvi voltar para o meu apartamento, o cigarro acabou novamente e a garrafa de uísque tem apenas uma dose, preciso voltar para ir buscar mais dos meus vícios.
Já era tarde da noite, quando fechei a porta e guardei a chave, a donzela estava no pé da escada, me esperando. Sedutora, com os lábios vermelhos de um baton caro, cabelos lindo que ela mesma deve ter demorado muito para preparar.
Estava fumando um cigarro, hesitei em pedir algum para ela, mas ela me ofereceu um outro que acabara de tirar do Maço: “Se tiver fogo”. Aceitei carinhosamente sorrindo falsamente para a traidora Russa. Ela me olhava como se soubesse de algo. Ela se aproximou de mim, calmamente e sedutora me pedindo para abrir novamente a porta do meu escritório.

Sabia que aquilo ali era um golpe, ela colocou sua mão por de trás da minha jaqueta, estava procurando por minha arma. Empurrei-a para a parede, mas ela sacou uma pistola de um elástico preso a sua coxa. Disse que se eu não entregasse todos os relatórios da investigação daquele dia, ela iria disparar. “Bem, eu não tenho relatórios”, disse para ela, mas ela não pareceu acreditar. Convidei-a para entrar no apartamento. Quando ela fechou a porta, ainda com a arma apontada para mim, eu saquei a minha do meu coldre axilar.

Agora éramos nós dois, no meio do meu escritório, ao lado daquele sofá que cheirava a mofo, com as janelas fechadas, e a chuva começando lá fora. Não podia morrer agora. O Metrô que passava a menos de 100 metros do meu apartamento estava chegando, eu e ela engatilhamos a arma ao mesmo tempo, o tiro seria disparado assim que o metrô passasse do lado da janela, ninguém ouviria. Se eu a matasse, poderia dizer que ela era espiã russa e eu seria caçado pelos Mafiosos. Ou então, ela poderia estar com documentos falsos de nacionalidade Americana, e eu poderia ser preso por matar uma mulher casada. Se ela me matasse, ela fugiria, daria fim a arma e os vizinhos só notariam a minha falta quando sentissem o meu cheiro podre de cadáver se decompondo.
“E agora?”

Ela riu. Sabia que conseguiria me acertar um tiro no meio da testa e ainda fugir sem ser notada do apartamento.

O metrô estava para chegar. Eu queria poder dar uma ultima tragada em algum cigarro barato, mas eu não podia acender aquele cigarro que ela me dera a alguns minutos atrás. O Metrô estava quase ao lado do apartamento quando pensei em Deus. “Rezar agora não é uma boa idéia”.

O Metrô passou do lado do apartamento. E um tiro foi abafado pelo barulho daquela maquina de toneladas passando pelos trilhos.


Eu tinha uma vantagem. Estava em um lugar onde passava todas as minhas tardes e noites. A escrivaninha, o abajur, o sofá, o criado mudo, a porta, o porta casacos. Quando o metrô passou, eu soube pra onde pular e atirar. Acertei lhe um tiro no meio do coração, e a coitada caiu sem ao menos ter atirado na direção de onde eu estava.

A chuva já estava forte lá fora. Quando me levantei, ela ainda deu um ultimo suspiro antes de agonizar no carpete e morrer. Verifiquei seus documentos e, finalmente, algo que a incriminava: uma outra pistola de numeração estranha de outro país. Eu estava salvo, mas depois da policia chegar, eu estaria encrencado com a Máfia russa. Havia matado uma de suas agentes e isso não era bom nem num sonho.


Quando a policia chegou ao apartamento eu aleguei legitima defesa, como havia duas armas com as impressões digitais dela, em menos de uma semana eu já estava liberado. Novamente, com falta de uísque e com maço de cigarros amassado sem nenhum conteúdo interessante.
Toda vez que caminho pelas ruas, sei que os vizinhos me olham estranho, alem de ser Detetive particular – sem casos famosos ou que me faz ter uma reputação melhor -, ainda tenho má fama de ter matado uma ‘amante’. Sempre vejo o marido daquela Russa no bar do Crimson, sozinho tomando aquela mesma dose de uísque, parecendo estar solitário agora. “Pelo menos ela sabia cuidar dele, mesmo sendo uma espiã”.
Dou-lhe um brinde, pedindo desculpas de longe, sem ele saber que eu fui o causador do seu atual solteirismo. No mínimo a policia deve ter dito a ele que ela estava no escritório de um detetive pronto para matá-lo, e então ele deve ter tentando negar todo o ocorrido. Foi daí então que a policia contou-lhe que ela era Russa e seu nome devia ser bem mais complicado do que aquele que ela usava na America.

Quando ando pelas ruas, também sei que os Mafiosos me olham com desdém, eles sabem que eu fui quem estraguei seja lá qual eram seus planos. Chicago esta sempre cheia de pessoas mal encaradas, cheia de gangues e pessoas armadas com seus coldres escondidos debaixo de tantas roupas. Chicago é perigosamente quente, mesmo parecendo ser fria com tanta chuva e neve. A cidade dos Ventos tem algo de incomum. Tantas Máfias juntas, tramando contra todos, e você nunca sabe em que esquina vai tomar um tiro, ou ser esfaqueado, ou então, quando vai estar no seu apartamento e um cara vai estar lá, como um juiz demoníaco para lhe tirar a vida.
E eu sei, que este meu dia vai chegar. Quando eu for estar tomando meu uísque sozinho no meu escritório, e sei que de longe, muito longe dali, alguém vai estar pensando em me acertar um tiro pela janela.
Donzelas Sedutoras, Mafiosos Perigosos. O Ar poluído de Chicago.


Este é a historia que tinha em mente..Bem, nao foi ao nivel de COMEMORAÇÃO de um ano, mas, foi pra poder tocar um pouco o velhoo Barco cheio de boas historias que o QUERIDO COMPLEXO PARANOICO é... Entao, é só pessoal, Tenham um OTIMO dia 15 de AGOSTO! Ate a proxima!

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Iniciação

Um grande salve a todos que aqui estão.
Bem, fui convidado a postar neste excelente blog e gostaria de dizer que estou muito feliz de poder colocar um pouco de minhas idéias em um lugar de tantos grandes pensamentos.
Espero poder postar periodicamente, afinal a escrita é o remédio da alma.


Vou postar um poema meu que, acredito, reflete bem o meu ponto de vista desta sombra que costumamos a chamar de "Existência", onde encenamos uma peça sem roteiro e o diretor se esconde atrás das cortinas.

E lembrem-se nos comentários. Caso fique ruim, a culpa não é minha, foi o meu Eu-lírico...rs


La Vitta Fugge


O ato, o ar, o choro
É apenas mais uma vida
A familía, a rotina
Uma infância sofrida

Você cresce, se aflige ...

Respira, come, bebe
Enfim vive
Porém não consegue ver
Que junto com o tempo

Em cada grão desperdiçado
Correm os momentos

Correm os risos
Correm as imagens
Corre a sorte
E a vida foge

E nossos passos não alcançam ela
Nossos gritos ficam mudos
Quando nos damos conta do vazio
Vemos o quanto o mundo é absurdo

Absurdo viver uma mentira
Absurdo dizer vida
Quando na verdade o que nos resta
É uma sociedade de feridas

Eu então lhe pergunto
Vale a pena olhar para o palco
Ou atrás das cortinas nuas
Pois mesmo sem atores ou luzes
O show da vida continua


Abraços a todos...

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Parabéns -Pequeno presente-

É verdade que eu estou bem atrasada em escrever esse poema, mas infelizmente me faltava tempo e nao o pude vir antes. Mas agora eu to aqui!Esse poema é um presente, para o meu amado mestre, ou melhor, para um grande amigo!!!Mas estou atrasada pois o niver dele foi a um tempinho atras XD hsauhua Típico de Gabi, mas td bem, agora, espero que gostem, vai do fundo do ♥.


Eu nunca vi os seus movimentos...
Mas os imagino suaves
Intensos e gentis
Tal como um sorriso mais longo
Ou um olhar acalentado

Já observei o seu rosto
Acho que estático em alguma pintura
Tinha suas linhas dispostas de forma macia
Contornando o semblante amigo
O desenho da confiança

Mas se há um caminho que adoro é o seu coração
Ficar dançando sobre as letras dos seus sentimentos
Explorando os seus sentidos
Lendo e relendo a sua emoção
Em silêncio...
Esperando os sussurros dos anjos...
Dizendo o que não vejo...

Mas quanto mais lhe busco
Mais entendo que não sei nada sobre você
Mais fascinante se torna a caçada!
Eu tento encontrar os seus suspiros para compreender
E observo a brisa para ver se deixou algum dos seus segredos flutuar
Obviamente não está lá
Mas isso nunca me faz desistir
Isso nunca me fez deixar de lhe amar

Só que hoje é seu aniversário...
E eu não tenho nada além de palavras e carinho para lhe dar
Meu afeto foi a linda flor que cresceu apartir da sua semente
E em palavras só sei dizer que lhe adoro...

Não é muita coisa, sei disso
Mas é o que posso oferecer
Não há como cobrar mais
O meu coração nunca soube falar
E eu nunca saberei escrever o quanto...
O tanto que vocêé especial...




Feliz aniversário, FOWL...É um pequenino presente, mas com grande significado  =)

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Fantasmas

Olá pessoas! Estou eu aqui de volta ao Complexo Paranóico, com um poema ruim novo.
Não tenho muito o que falar sobre esse tempo sem escrever por aqui, então vamos ao poema.

Fantasmas

Eles estão voltando,
sem caras brancas
ou correntes a arrastar.
Ficam ali me encarando:
são as minhas lembranças,
todo meu medo de errar.

Me perseguem pelas ruas,
me encontram em cada esquina,
se infiltram em minha mente
E com suas verdades cruas
eles susuram minha sina:
vou arder eternamente


Oh, criaturas sem face
Voltem já para o passado
Deixem-me ser alguém novo
Pois cada erro apagado
É um futuro que nasce
É um “começar de novo”
Por Hélder Pereira

Peço que perdoem coisas como 'rimas pobres' ou mesmo a falta de métrica.. o fato é que eu jamais aprendi sobre tais coisas, tenho apenas uma vaga noção do que sejam XD


Abraços!

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Mas o coração não parou...

Bom...Eu havia dito para um querido amigo meu (O Helder) que escreveria um conto a respeito de mistério, mas ele ficará( talvez) para depois, as vezes a vida nos surpreende...E a cá estou eu, pronta para mais um poema(na verdade uma prosa lírica) de amor, mais romantismo....
É, parece que todos pensamso muito nisso, no amor, na magia...E para isso transbordamos em palavras, não? Creio que hoje eu esteja um pouco mais nostalgica e sonhadora do que o costume, por isso, me perdõem se eu for...Sentimentalista demais, eu nunca disse que sempre teria os pés no chão XD
Espero que gostem, beijos.

Toquei a janela embassada pela chuva, e minha palma ficou marcada...Tal como seus pedaços na minha alma, e as manchas do meu coração confuso e machucado...Não que você houvesse esquecido a minha existencia ou matado o nosso amor, mas onde estaria toda aquela felicidade agora? O espelho estava vazio e os lençois repolsavam desarrumados e solitários, sem você para aquece-los, mais pareciam a neve desajeitada tentanto preencher a toca do coelho.
Meus suspiros escorriam no vidro frio, enquanto tentava ver-te atravéz da tempestade...Do outro lado da cidade, meu amor.Cheia de lembranças, talvez até fosse demais para suporar, talvez essa cruz não fosse exatamente a minha.Talvez eu apenas quisesse ser sua, inteira e dignamente sua!Na saúde e na morte, na loucura e na sorte! Sem asas para proteção, ou a inocencia infantil...Ou nada...
Talvez a minha ingenuidade ou seus olhos tão sutis, o que seria capaz de explicar tamanha paixão?Seria surreal tudo o que sentiamos?Ou apenas sangue e veias?Mais uma gota na chuva ou um raio de Sol, que batendo no rosto palido exige a verdade...E os guardas chuva sempre dispóstos a apagar o frio e o calor, a solidão e amor...Que sofra o coração e dilacere a respiração, se for esse o preço para olhar em você o Deus mais perfeito!Que não passe o tempo e pingue o sangue, se é o que devo pagar para sentir no seu perfume a sedução mais sublime...
Ouvi a torneira pingando, ecoava pelos azulejos desenhando nos segundos algumas idéias gritantes, mais fortes que drogas, sem significados ou entendimento, apenas enterravam a minha mente empobrecida. Foi o bastante, afundei-me outra vez no colchão, naquele momento sem os bocejos que outrora haviam preenchido minha noite de escuridão adormecida.Macil dócil e carinhoso! Era tão difícil suportar as suas memórias, suas fotografias em todos os reflexos, seus toques em todo veludo, suas palavras em toda a sinfonia...Quão divino seria o ajo para me fazer lhe esquecer?!
Os carros pareciam esfumaçar¹ a minha paisagem. Oh!Que triste pintura!Sem árvores ou você, o dia caminhava mortífero, sufocando a minha fragilidade tão feminina...E nem da janela eu poderia pular, se você havia me trancado e levado as chaves...Nem a adaga eu poderia usar, se na chuva meu vermelho você não conseguiria notar, não na água, não na água, meu amado...
Não importava, eu podia me jogar sobre o Sol ou cegar meus pulmões, podia aceitar a maça envenenada ou ser a primeira a confraternizar verdadeiramente na miséria africana, morte, mas nada mudaria.Meus braços nunca mais lhe esquentariam...Gelado, o quarto não transpiraria mais, o fuzivel não queimaria, e minha existencia se tornaria gelo e não vapor, sobre sua divina pele umidecida...Não importava mesmo, dor por dor ainda continuamos vivendo, o céu ainda é cinza e minha respiração inúti...Mas eu lhe avisei que um dia isso aconteceria, eu lhe avisei que o tempo era curto...Eu só esqueci de avisa-lo que o destino é cruel...Meu anjo...Eu sinto muito...

¹ Uma técnica de pintura que deixa a tela "esfumaçada",

domingo, 25 de abril de 2010

Where Is The Love ?

Oláá a todos.Bom pessoal preciso me desculpar com algumas pessoas.Eu meio que sumi do Complexo.É meio complicated, escola curso, provas e mais provas e seminários e trabalhos.Ai muita coisa e acabei não parando aqui pra dar aquela escrevida.Desculpa a todos eu nem sequer comentar no que vocês escrevem, eu leio, só não comento...minha criatividade e inspiração não tem me trazido boas coisas.Se eu fosse escrever algo com um monte de coisas na cabeça ia escrever com certeza uma equação de Matemática ou uma questão de vestibular.Aii que seja..uhUAHauhHAh...Boom...aquele meu ultimo post da Jack & Sally..ESQUEÇAM...uahAUHauhhaUH..vou meio que parar aquela historia e não me perguntem porque...hehehe...Boom eu nunca postei um poema daqueles iguais da Soliny...vou tentar fazer um...Dêem ênfaze ao TENTAR...


Onde está o amor ?
Quando todos os outros estão amando ?
O brilho dos olhos some tão rapidamente
que parece que ele nunca existiu.


Onde está o amor ?
Tão óbvio e complicado
que nos mantém voando com os pés no chão
Tão rápido e delicado
que da medo de toca - lo.

Onde está o amor ?
que tanto prezamos na nossa vida
que tanto queremos pra nós mesmos
e que acabamos perdendo por motivos tão idiotas.

A vida está sem sentido,
os pensamentos se perdem,
o mundo se vira contra você
e quando mais precisamos dele
nos perguntamos...

Onde está o amor ?

sábado, 3 de abril de 2010

Soneto para o meu amor

fiquei inspirado com poemas, então ai está a minha contribuição para todos os casais apaixonados desse mundo.

"vou bater na sua face
arrancar as suas tetas
e cuspir na sua boca

eu sei que você
gosta de uma pica grande
vadia
vou comer o seu alface

se foder vos podei
foder vos eu ia
bela linda bonitona

vou te esmagar
que nem suco de tomate"

domingo, 14 de março de 2010

O amor nunca se torna obsoleto o bastante

Amigos amados! A cá estou eu novamente em mais uma daquelas explosões de inspiração para tentas a monopolia*...hsauhsauhsauahsuashuashuas(*By: FOWL)
Vou trazer para vocês, acho que meu primeiro poema que não apresenta aquele sabor grotesco do sofrimento escorrendo pelo corpo do eu-lírico!Agora vem um bunitinho \o/
Fala sobre um assunto mais que usado: o amor.Mas é claro...Mais um poema, mais uma visão sobre um mesmo assunto!Espero que gostem, se sim, critiquem...Se não ai critiquem mesmo!
Dica, eu escrevi esse poema esutando a música: Stereo Love de Edward Maya (link: http://www.youtube.com/watch?v=fCpP4j89H-4 )
Beijinhos

Foi aquela noite...Eu ainda sinto o impacto...
O nosso big-bang!
Estrelas e estrelas se espalhando pelo nosso caminho
Guiando um ao outro...
E o Sol nos nossos olhos...E a Lua em nossas mentes...


Eu posso até jurar que senti se coração...
Sufocando-me...
Bombeando as suas algemas ditero na minha paixão...
Prisão perpétua, pena de morte...
E eu era sua...E era a sorte...


O tempo veio para acalmar as asas e as guelras....
Nossos pés em Terra firme...
A ampulheta virou e você conseguiu fugir do Céu...
Me arrancou dos meus cantigos do mar...
E você num banho de água gelada...E eu aprendendo a voar...

Foi impossível se esconder!
As barras desceram a nossa volta e não nos deixaram escapar...
Cinco miligramas de coragem diretamente nas veias...
E palavras para desenhar...
Eu perto de mais...
Eu perto de mais...
Eu perto de mais...


Acabei por esquecer o que significava viver sem você...
O universo nos colocou em seus braços...
Abençou..
Mas nem esperamos que o tempo acordasse de sua soneca...
Bebemos o veneno que corria no sangue um do outro...
E eu e você morremos...Para nós nascemos...



 

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Por causa de um Poodle perdido na Neve

Vish... Solyni monopolizou o blog... Caracas, fiquei sumido por 3 meses.
Cá estou de volta, eu sou Fowl (aquele com os textos mais longos e cansativos), e aqui estou novamente para postar uma historia com começo meio e fim. Simples, mas é para que se lembrem de mim (e para que o Tsune não me demita do Blog).

A historia se trata de um Detetive que já teve seus 15 minutos de fama e glória. Quase caindo na falência, ele recebe um serviço. Um serviço valendo muita grana (é irrecusável), para fazer algo inútil (encontrar um cão), em um momento difícil (durante a neve).



POR CAUSA DE UM POODLE PERDIDO NA NEVE.


“Era domingo e eu estava com sono novamente, mas que droga. O Uísque acabou tão rápido que nem pude deixar para o domingo. Meu único dia de folga.
Caminhar pela neve também é uma droga, sem chances de ir para algum lugar onde tenha uma cachoeira linda, para apreciar com o sol quente para relaxar, ser detetive é uma praga.

Mal tenho dinheiro para outro uísque, e a cantada na garçonete já não funciona mais, tive dinheiro apenas para mais um maço de cigarro.
Até mesmo a pistola que carrego no coldre já não tem mais balas. Acho que preciso arrumar um caso urgente.

Passei pelo Beco da Valvule Street e vi alguns policiais comendo Donuts, pareciam deliciosos, mas continuava sem dinheiro ate mesmo para me alimentar. “Preciso mudar”, era tudo que conseguia dizer para minha auto-motivação de vida.

Voltei para meu apartamento e vi uma senhora com cachecol de pele de Urso, a madame estava acompanhada de quatro gorilas imensos de óculos escuros. Finalmente parecia um caso importante.

Abri a porta e eles entraram. Sem delongas. Ela me apresentou uma foto de um Poodle que eu tinha de encontrar. Mas que vergonha, um detetive que já trabalhou para o Governo saindo à procura de Poodles pela cidade.

Eles foram embora, e a madame deixou uma pequena quantia de dinheiro, e com o envelope e as fotos, uma ameaça dos gorilas. Mas que droga de mão de vaca, usando um cachecol daqueles e me deixando dinheiro suficiente para poucos litros de Uísque.

Primeiro dia de busca.
Me vesti como podia, não se esquecendo do meu estilo de Detetive, chapéu, sobretudo, e meu coldre Axilar portando uma arma sem balas.
A neve era tanta. Sempre achei que deveriam pintar Poodles de outra cor, nunca gostei de cães brancos. Acho melhor os poodles de cor laranja, ou talvez roxo. Pelo menos seria mais fácil encontrá-los na neve.
Peguei o metrô até ao lar de cães sem dono; Não encontrei nenhum poodle, pelo menos nenhum com o focinho raspado, como os da foto.

Fui para o Parque central.
Não, nenhum cachorro seria tão burro de passar por ali. Não durante neve.

Fui até a entrada de uma escola primária próxima a casa da Senhora. As crianças não haviam visto nenhum poodle perdido.

Voltei para o meu apartamento. Pela janela conseguia ver um carro todo preto me vigiando por um daqueles gorilas machões. Estava sem rumo, procurando por um cão, em uma cidade imensa de paisagem toda branca.

O que poderia fazer para encontrar este maldito cão? Alem é claro de colocar cartazes por todos os postes com o focinho raspado daquela coisinha magra.
Passaram-se uma semana, e durante todos os dias eu caminhava até o lar dos cães sem dono. E nada.

Oras, encontrar um assassino, ou encontrar provas de um crime era mais simples. Ou talvez esteja ficando velho.


Me quebraram a maçaneta da minha porta e os gorilas estavam lá parados apontando a arma para mim. Não podia fazer nada, acabei esquecendo de comprar as balas para minha arma. Resolvi gastar a grana do adiantamento com mais uísque e cigarro, alias, eu não sobreviveria sem eles. Acho que talvez tenha pensado errado.

A senhora foi muito sincera com a maquiagem borrada de tanto chorar. Eu era mesmo um detetive incompetente, e merecia mesmo levar um tiro no meio do peito.
Quando saíram, deixaram a porta escancarada. Será que queriam que todos me vissem morto? Ali? Sentado na minha poltrona de couro, com vários cinzeiros espalhados pela mesa.

Meu sangue parecia nada mais nada menos do que uma cachoeira. Daquelas que você encontra aos domingos quando vai viajar para algum lugar interessante, com o sol forte, longe da neve.
Neve me lembra Poodle, e eu estou morto por causa de um. De um maldito cão com o focinho raspado.

Este é o fim de um detetive que já teve seus 15 minutos de fama, quando trabalhava para o governo, ou então quando os detetives da Policia me pediam ajuda. Talvez eu já esteja velho demais, talvez seja hora de esquecerem meu nome. Por causa de um Poodle perdido na Neve.


É uma historia curta, espero que apreciem a mensagem que quis transmitir. Caso não percebam a mensagem, lêem do mesmo jeito. Ela foi inspirada em “Sin City” (o HQ, é claro) e um pouco em “Calvin e Haroldo”.
Enfim, é só. Eu sei que não se compara aos textos fantásticos que postam por aqui, mas, espero que gostem. E se gostaram e se acham que precisam de algum concerto, ou se quiserem apenas criticar algo que faltou, COMENTEM.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Zombie Surf Slam

Recomendo ler isso escutando alguma musica surf rock 50's. tipo The dead rocks é uma banda no estilo daqui do brasil, www.myspace.com/thedeadrocks bem do balacobaco galera!


se divirtam!

Aviso: GORE!!!

Estamos sozinhos? Parece que sim. Sabe sou um velho mesmo e logo vou servir de comida para os vermes, então vou te contar uma coisa que você nunca ouviu antes.
E talvez essa conversa nunca saia desse bar mesmo. Não faça essa cara, mas é que foi um péssimo dia pra você vir num lugar desses acredite um “péssimo” dia. Mas tudo bem, agora preste atenção você será a única pessoa alem de mim que vai saber dessa historia. Em um belo e fétido dia a algum tempo atrás...

Vamos surfar! É isso ai broto, ah como você é sexy. Depois talvez agente possa se divertir um pouco na Kombi se é que você me entende. Era isso que Ramirez pensava, surf, surf, surf e sexo, e depois mais um pouco de surf e sexo. Nem ligo pra essas coisas na verdade naquele dia eu estava o mais longe possível deles , estava olhando o mar e até que é relaxante isso sabe? Mas se for pensar que estávamos todos de férias sozinhos numa praia no meio do nada eu deveria estar fazendo algo mais produtivo talvez. Foi mais ou menos ai que eu vi uma coisa estranha , parecia uma onda uma bem grande e cacete aquilo era um tsunami. Sim um tsunami e Ramirez estava comendo a sua bela namorada , o resto do pessoal estava em algum lugar da praia fazendo qualquer coisa e eu longe demais pra tentar gritar. Tudo bem nem ligo de morrer ali , tive uma vida boa, fiquei sentado apreciando a rara e bela visão mortal de um tsunami vindo em sua direção. O mais incrível é que só eu vi aquela parede de água , mas vi algo mais e algo mais estranho aconteceu. Tinha uns 20 surfistas no mínimo naquela onda e a onda foi diminuindo e na verdade era apenas uma onda grande demais mas aqueles surfistas pareciam loucos digo loucos mesmo em alguma espécie de hipnose ou transe.
Eles saíram do mar bem devagar, foram direto para a Kombi, depois disso o que ocorreu ali só pode ser descrito com muitos detalhes.
“isso, vai gostosa, geme. Adoro quando você geme, ei vadia tira a mão daí ,mas que porra é essa? Quem são vocês? “ os surfistas insanos desmembram Ramirez enquanto a sua namorada grita em pânico, seus gemidos de prazer logo se transformam em gritos de pavor que faz os surfistas ficarem com um tesão macabro e acabam penetrando todos os orifícios possíveis da bela moça até seus órgãos internos dilacerarem. O cheiro de sangue, sêmen, e alga marinha formam uma névoa de ar denso e pútrido que deixa a Kombi parecendo um cemitério. Mas isso foi só o começo, eles foram andando tão devagar como quando saíram do mar, foram em direção aos meus outros amigos, andando lentamente e com suas pranchas enormes eles perseguiram o resto da galera, conseguiram pegar o Elberto que era gordo e não conseguiu correr muito, depois as duas irmãs Silva e depois disso eu não vi mais nada só escutei gritos que cortaram a minha alma de tão horríveis, eu já estava correndo pra bem longe quando ouvi um pedido de socorro ,era a Gabriele loirinha gostosinha ajudei ela a andar ,mas era meio difícil porque a perna dela tinha sido arrancada e a maldita gritava tanto e jorrava tanto sangue que ficava meio difícil sair da praia desse jeito , foi ai que os surfistas chegaram eu fiquei paralisado que nem percebi que a Gabi parou de berrar , morreu. Eles olharam fixamente para mim e foi ai que eu vi não era surfistas eram surfistas zumbis. Todos uivaram como se fossem chacais e pularam para o mar com as suas pranchas, parecia que tinham visto uma nova onda e foi apenas esse fato que os impediu eu acho de me esquartejar. Zumbis surfistas!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Jack & Sally - Parte 1

Fala Galerinha...Hehehe, depois de muitos anos eu voltei.Tava passando por uma época meio conturbada, na verdade ainda estou nessa história.E pensei em contar ela em detalhes para vocês.Os personagens são Jack e Sally, (Sim, tirei daquele filme, O Estranho Mundo De Jack) um casal que se separam e se reencontram depois de algum meses e percebem aonde chegaram um sem o outro!Dividi a história em algumas partes, não sei quantas, hahaha!Espero que gostem.


Jack se apoiou na janela de sua casa e olhou para a lua e para as estrelas imaginando seu futuro.Já fazia 8 ou 9 meses que estava separado de Sally.Sally era uma menina loira, com olhos azuis ofuscantes, uma pele branca como uma nuvem em um dia quente de verão.
--- O que estaria fazendo ela naquele momento? Depois de muitos meses aqui estou eu ainda pensando nela.Por que?Por que depois de tanto tempo essa dor ainda afinca meu coração e cada vez que lembro tenho que fingir que estou bem, quando na verdade minha cabeça gira em uma confusão de sentimentos que eu quero esquecer?
Em um momento de susto ele vira rapidamente a cara e percebe que seu celular está tocando, coisa que acontecia muito raramente.Olhou para o visor e não reconheceu o número, atendeu e de repente uma voz muito familiar atendeu:
---Oi, como você está ?
Jack paralisou e logo aquele rosto angelical veio em sua cabeça.
---Olá, tudo bem, por que está me ligando, depois de tantos meses? - perguntou Jack com um tom de medo e alegria em sua voz.
---Nestes 9 meses tive notícias suas,por algumas pessoas, só liguei eu mesmo para verificar se você estava bem.
Jack não conseguia acreditar no que estava ouvindo, nesse momento, milhões de pensamentos vieram em sua cabeça.Será que é por isso mesmo que ela está ligando ?
A converssa parou por algum tempo, ate que começaram a conversar novamente, o assunto nunca faltava para eles.Ao instante que conversavam certas dúvidas começaram a ser esclarecidas, conflitos que antes ficavam perturbando a mente dele finalmente estavam sendo esclarecidos, mas logo ele pensou.
"Sally está falando comigo, disse que sente a minha falta, por mais que tenha acontecido tudo isso, fomos próximos demais."
No meio da conversa ela comentou de Deryck, seu novo namorado.Elesjá estavam a algum tempo juntos e para Jack, eles pareciam estar bem, coisa que dava muito ciúmes a ele.Mas ai sim, vem mais perguntas obscuras."Será que ela quer terminar e voltar comigo, depois de tudo que ela me fez passar?Depressões, noites em claro, será que depois de tudo ela quer voltar ?Será que é um teste para ver se nos problemas eu realmente estarei aqui?"
Jack ficava cada vez mais confuso, mas sentia algo no fundo do seu coração, algo que não sentia há algum tempo, sentia que algo que estava pendente esta começando a ficar resolvido, mais ainda sim ficou com medo, de sofrer mais uma vez, por algo que talvez seja inútil.


Fim da 1ª parte, essa é a parte mais chata, hahahahahaha, calma que prometo fortes emoções...Abraços a todos.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Quando um anjo ama um demonio

Gente!To de volta e com mai um poema*.* ahsusausahusahauhauhsaua. No começo eu pensei em fazer algo romantico e sutil, mas saiu um lixo( sinceramente), então coloquei algo mais trágico e sombrio, espero que gostem e critiquem bastante=D
Aproveitem!
bjks

Eu sabia como destruir seu coração...
Poderia te-lo sulgado como água de coco
Lhe derrubando com um arranhão nos joelhos
E um beijo na testa...
Não fiz..

Eu tinha meus passos e principios
Mas você entre meus versos
E o seu sabor nas minhas respostas...
Calada, eu ainda tatuava as suas palavras de silencio...
E potridão...

Inegavelmente sabiamos beber lagrimas
E edificar finais...
Dançando sobre as labaredas de fogo do teu pai
Em piedade e loucura...

Mas no final...
Só um poderia viver...
Enquanto o outro na Terra pereceria...
No final...
Só um poderia crescer...
Enquanto o outro adormeceria...

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Carpe Vitae

Olá pessoas... quase completei 1 mês sem postar nessa "bagaça". Mas também acho isso certo... eu não escrevo tanta coisa decente, então o que posto é pouco.
Assim como o tom, eu tenho pensado sobre continuar ou não as histórias que deixei por aki, mas eu devo dizer que é pouco possivel que continue tão cedo (se continuar).

De qualquer modo, essa história é mais uma vez sobre meu gosto em lidar com a idéia de morte, ou quase isso XD

CARPE VITAE

Acordei numa praia, olhando para um céu avermelhado com poucas nuvens. Olhei ao redor, mas não vi nenhum sinal de vida ao redor, o lugar estava completamente vazio. Eu conhecia aquela praia, aquele mar sem horizonte e a areia sem fim, ali eu havia passado boa parte de minha infância e ali, há quase três anos, eu havia conhecido Caroline. Aquela praia nunca estivera vazia, era um lugar conhecido e estava sempre cheio, vê-lo assim era como uma afronta às minhas memórias.

De repente vi se aproximar, como se tivesse saído do nada um homem jovem, ele vestia um terno impecavelmente preto, com uma gravata vermelha e carregava nas mãos uma pasta de executivo. Perguntei-me porque ele estava de sapatos na praia, mas então me dei conta de que aquela não podia ser a praia de minhas memórias, pois não havia sol surgindo da água e o céu inteiro estava avermelhado, não apenas parte dele, como seria o de costume.

O homem se aproximou com passos lentos, tinha uma expressão séria e seu olhar indicava pesar. Então ao se aproximar de mim parou e fez um estranho barulho, limpando a garganta:

- Olá Jhonny, você sabe por que está aqui, não sabe? - Sua voz era grave e ao mesmo tempo calma, como um locutor de novelas de rádio dos anos 50.

- Não, nem sei que lugar é esse. – Respondi confuso e ainda com mais medo daquela situação – Quem é você? Porque sabe meu nome?

- Você morreu, aqui é onde os mortos ficam até que se decida para onde vão. – A forma como ele falava era como de alguém que conta uma tragédia para um amigo, com dor, mas tentando evitar o pânico daquele que ouve.

Quando ele falou, lembrei-me de como tinha ido para aquele lugar, lembrei-me do vento batendo em minhas mãos e de como eu girava o acelerador de minha motocicleta. Lembrei-me do carro prata que surgiu na minha frente e do rosto de uma garota quando atingi o pára-brisa. Eu estava morto, num acidente idiota de moto, eu não queria morrer assim, não queria morrer tão jovem. Como seria a vida de meu filho que estava para nascer? E de minha amada Caroline? Como ela cuidaria daquela criança sem que eu a apoiasse?

As lagrimas encheram meus olhos e correram como rios. Talvez tivesse passado alguns minutos, talvez horas, mas o homem na minha frente não se moveu, permanecendo com a fisionomia séria e o olhar triste. Mas em algum tempo eu me acalmei, eu tinha de ir para outro lugar, eu tinha de ter minhas respostas.

- Então você é o anjo da morte? – Perguntei finalmente para o sujeito de terno enquanto enxugava as lágrimas com as costas das mãos.

- Bom – respondeu ele, abrindo os braços com as palmas para cima e os ombros encolhidos – Alguns me chamas assim quando aparecem por aqui, mas prefiro ser chamado de Martin.

- Então Martin, - falei ainda lutando contra as lágrimas – O que acontece agora? Serei julgado pelos meus pecados? Existe mesmo céu e inferno?
Martin parou por um instante e me fez sinal para esperar. Abaixou-se, colocou sua pasta na areia e retirou delas uns papéis que, pelo que pude notar, estavam rabiscados com símbolos que assemelhavam a escritas árabes.

- Esse é o relatório de sua vida, Jhonny – Ele me disse ainda analisando as escritas – E aqui está escrito que você já fez coisas ruins. – Ele fez uma pausa e olhou para mim por cima dos papéis – No entanto, você fez coisas boas e também se arrependeu do que fez.
Isso me deixou confuso, mas ele não falou mais, apenas continuou lendo.

- Então tudo se resume mesmo a céu e inferno – falei, mais para eu mesmo que para ele.

- Na verdade, pode ser que não seja assim, mas você pode descobrir se quiser – Ele disse parecendo não ter mais tristeza no olhar enquanto guardava os papéis na pasta. – Você pode ficar morto e descobrir se é isso que acontece, ou reencarnação ou virar energia ou atravessar o rio de barca (note que há moedas em seus bolsos) – Agora ele falava com sua voz grave, mas com um tom de humor, como se fizesse uma piada que só ele entendia – OU, você pode voltar para a Terra e ver seu filho crescer.

- Mas como isso? – Perguntei confuso e ao mesmo tempo esperançoso – Eu não estou morto? Vou ter uma segunda chance?

- Alegre-se Jhonny, os médicos estão fazendo de tudo para reanimá-lo. Seus batimentos cardíacos estão baixos e sua atividade cerebral está quase nula, mas quem escolhe se vive ou se morre é você.

- Quero viver! – respondi com entusiasmo – Quero ver Caroline, quero ver meu filho crescer. Por favor, deixe me viver Martin.

- Então assim, será. Note que não sou eu que estou te dando essa escolha, é apenas algo que ocorreu. – Ele falava como se estivesse deixando claro que ele era imparcial em suas tarefas. – Então feche seus olhos que você voltará para sua vida.

- Mas eu quero saber o que vem depois. Diga-me, existe céu ou a reencarnação?
Ele balançou a cabeça negativamente com um longo suspiro

- Isso, meu caro, você só vai saber quando morrer.
Então minha vista se escureceu. Acordei numa cama de hospital, vi que Caroline estava ao meu lado. Quando me virei para o lado dela, para poder admirar seu rosto ela notou que eu estava acordado e começou a me abraçar e chorar.

- Eu tive tanto medo – dizia ela em meio às lágrimas – Faz uma semana.

Eu não entendi mais nada do que Caroline disse em meio ao choro, mas não me importava naquele momento, o importante é que eu estava ali e nunca mais a deixaria.

Ainda não sei se aquilo foi um sonho enquanto eu estava em coma ou se eu estive mesmo no outro mundo. Os médicos me disseram que meu coração parou por quase um minuto e que foi Deus, não a medicina, o que me salvou. Bem, eu ainda não sei se existe um Deus, um céu ou coisas desse tipo, mas agora estou mais preocupado com o que acontece na minha vida, por que o resto... o resto agente só sabe depois que morre.


Então é isso... por hoje...
Critiquem, xinguem, não tenham dó, Hehe

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Guerras VeRsÃo KiDs

Bem, lá vem mais um poema...Esse encharcado de trocadilhos e metáforas!Uma visão um pouco mais macabra da guerra como uma jogo...Espero que gostem (ou melhor,que repulsem a idéia e gostem do poema)
Até breve!

Um, dois, três...Brincar de soldadinho outra vez...
Farda, cinto e espingarda na mão
Prontos para a batalha
A paz é nossa última canção

Divertindo as moedas da nossa sociedade...
Jogando com a anatomia dos narigudos
E presenteando cogumelos
Belos...Belos cogumelos cinzas e amarelos...

Mas também artístas somos...
Pintamos em vermelho e gritos a Terra
Como no gotejar dos campos
Onde se concentram nossas telas ...

Mas só quando acaba que podemos recolher nosso bonecos...
Inertes sobre os ombros
Silenciam...Reclamando o fim do jogo
"Só para vocês..."
E nem importa...
Amanhã a gente brinca outra vez...

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Deuses de Areia - Elfos

eai povo andei sumido em? XD, bom andei pensando muito sobre os trabalhos que tem aqui e pah... naum sei se vou continuar eles ou não mas de qualquer forma to postando um ai que é de um universo que estou montando, historia meio bobinha e pah mas só pra postar algo mesmo...

e que venha a caça as bruxas XD

Deuses de areia – Elfos do deserto

Sempre fui o encarregado de acompanhar os jovens ao rito de passagem, todo ano traz uma novidade ao menos era isto que sempre dizia, mas nunca vi algo como aquele dia.

A tempestade de areia estava vindo eu podia ouvir o solo rochoso tremer e o assovio rítmico do vento, esta seria das grandes, mas nunca imaginaria que ela seria tão poderosa, talvez os Deuses estivessem me avisando do que estava por vir, talvez se eu fechasse meus olhos poderia ter escutado “retorne Maweeh, desta vez será diferente”.

Estávamos em dezessete, 14 jovens elfos confiantes de que o deus os acompanharia, dois instrutores e eu, naquela época eu era o líder deles já havia feito o percurso inúmeras vezes e acreditava que conhecia os perigos que estavam por vir.

_Peguem suas coisas, vamos partir – gritei o mais alto que pude, gostava de me fazer ouvido, enquanto todos terminavam de preparar suas mochilas eu discursava novamente sobre os perigos do caminho, eu realmente era intolerável em relação a erros.

A noite chegava à medida que continuávamos nossa trilha, era a primeira vez que estes garotos estavam saindo da segurança da vila e era impossível manter a boca deles calada, todos animados sobre o futuro, sonhando sobre como poderia ser grande o destino deles.

Nossa vila ficava no alto de uma montanha rochosa, era o melhor lugar para se proteger dos vermes, embora também tivéssemos inimigos nos céus, aves negras grandes o suficiente para levantar vôo com um pequeno barco, mas por sorte elas aprenderam a nos temer e dificilmente criavam problemas.

Quando finalmente chegamos ao chão a tempestade já havia começado, ainda estava fraca, mas eu comia areia a cada ordem que dava, rapidamente subimos no barco já preparado e seguimos.

Esta era a melhor parte do trajeto com certeza, eu não fazia nada e os jovens tomavam o controle do barco do deserto, era parte do teste deles e haviam recebido treinamento para isto, às vezes algum dos instrutores verificava o mapa ou a flutuabilidade gravitacional, mas não me lembro de alguma vez em que tenhamos tido algum problema.

Após quase metade do caminho a tempestade ficou insuportável até mesmo para nos dentro do barco, ele virava de um lado ao outro ameaçando tombar. Resolvi mandar os garotos ancorarem o barco próximo de um monte, mesmo sabendo que estávamos no território dos Oc-Hratus, homens selvagens que vivem a base de instinto, acreditamos que eles são pessoas da nação dos homens de mascaras, que acidentalmente respiraram o nosso ar e acabaram ficando loucas, a violência nata das espécies são idênticas.

_Vamos passar a noite aqui Mestre Maweeh? – perguntou Tenoph, ele parecia ser mais moreno que os demais e o seu cabelo era de um dourado fraco que o destacava mesmo ele sendo o de menor estatura entre todos ali.

_Espero que não – respondi secamente após fita-lo – agora tente descansar.

Eu podia ver pelo sensor termal os Oc-Hratus se movimentando, duvidava se eles seriam estúpidos os suficientes para tentarem atacar durante a tempestade, mas por sorte eles não foram. Permanecemos ali por Três turnos de vigia, eu não estava com pressa uma tempestade desta poderia durar por dois ou três dias.

Ordenei que ligassem o barco e rapidamente voltamos a andar, a tempestade ainda estava forte por isto avançávamos com cautela, o percurso todo foi calmo e sem problemas, era de manha quando chegamos aos pés da montanha de deus, a maior montanha de toda região.

Os garotos se animaram novamente o que seria bom não queria ter que carregar nenhum deles até o topo,saímos do barco, um dos instrutores cuidaria dele, preparamos todas as coisas e começamos a escalar não era uma escalada difícil, não para mim pelo menos, mas os meninos pareciam estar sofrendo.

_Rápido, logo chegaremos à base da caverna – falava constantemente.

A caverna na verdade era um grande túnel, que nos levaria para o topo da montanha, as paredes continham pinturas que contavam a historia do nosso povo e conforme nos andávamos eu ia explicando sobre os momentos históricos ali pintados.

Andamos até onde os corpos destreinados deles agüentavam e então comíamos e dormimos, e assim se prosseguiu por duas vezes, em determinados momentos a caverna se transformava em uma estreita passarela ao lado da montanha mostrando o quão alto estávamos e em outros estreita demais para que passássemos facilmente, todos estavam cansados e algum machucados devido às pedras, mas todos se mostravam fortes, determinados a se tornarem adultos.

_Finalmente chegamos – disse a eles assim que entramos em uma grande sala subterrânea, mas na verdade o melhor ainda estava por vir, armamos o acampamento provisório e ordenei que eles descansassem enquanto eu ia verificar o ritual.

Escalei uma das paredes do saguão e passei por uma pequena passagem no alto, tinha que ir rastejando, era um caminho apertado, mas de fato valeria a pena como em todas as outras vezes, respirei fundo e sai do túnel podendo finalmente ver o céu, ainda era dia e a tempestade abaixo de nos havia limpado as densas nuvens do céu, porem logo o sol iria se retirar, portanto voltei rapidamente para dar inicio ao ritual.

Contei a eles uma longa historia sobre os deuses e nossos ancestrais e então começaram a seguir em fila pelo caminho que eu havia feito a horas atrás, por primeiro o instrutor Pionme depois os garotos um por um e por ultimo finalmente eu.

Todos os anos eu fazia aquele caminho, mas nunca me sentia enjoado, rastejei pelo túnel e finalmente pude ver o céu, o céu por cima das nuvens, o céu brilhante em que nossos ancestrais habitam.

Todos os garotos estavam pasmos, alegres e emocionados por poder ver algo tão magnífico, permaneci em silencio por um longo tempo e então prossegui com o ritual, não me esqueci da água ou da terra e tudo terminou bem.

Estávamos agradecendo ao deus da montanha o espírito que nos concedeu o caminho para chegarmos à terra de nossos antepassados quando Tenoph se levantou assustado apontando para o céu.

_Mestre o que é aquilo – falou ele assustado.

Virei-me e vi algo novo, algo que nunca havia visto era grande e voava no céu, parecia um barco de areia, mas maior do tamanho de uma cidade ou duas e aquilo estava vindo em nossa direção, me lembrei de lendas antigas que falavam de aves de ferro que dominam os céus sobre as nuvens, embora aquilo certamente não fosse uma ave, de fato era mecânico.

Os garotos se assustaram e antes que eu ordenasse eles já estavam entrando no túnel, a ave de metal passou lentamente por sobre a montanha sem ao menos notar nossa presença, todos estão a salvo pensei assim que o ultimo garoto passou, eu estava ajudando Pionme a entrar no túnel quando a coisa de metal lançou rumo ao chão uma coisa oval de um metal negro, aquele ovo negro logo se escondeu nas nuvens, mas certamente atingiu o solo.

Eu entrei no túnel sem saber o que havia visto, talvez aquilo sempre existiu?, talvez viva acima dos céus?. Arrumamos nossas coisas e começamos a ir embora, sem comentar sobre o que vimos.

Não falei pra ninguém sobre o ovo que vi caindo no chão, mas olhei nos radares do barco pra ver se encontrava alguma coisa, mas nada achei.

Esta é uma historia antiga, antes mesmo do mercenário surgir, mas até hoje não sei exatamente o que eu vi, mas aposto que o mundo esconde muito mais por ai.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

CIEH {Conferência internacional da existência humana}

Ae!To de volta aqui, quanto tempo, hem?Mas fazer o que, férias dificulta a vida artística em muitos aspectos, principalmente tempo...:[...Bom, o que importa é que voltei, ufa!
Bem, depois de um 2009 com tantos desastres naturais, resolvi falar do meu assunto preferido...A mulher mais fantástica do mundo: Mão natureza *...........*, um viva a ELA!
É um pequenino conto, só para a velha e boa reflexão...Divirtam -se muito...Beijos!


O dia parecia tão normal quanto todos os outros, as nuvens patinavam no gelo azulado do céu e o Sol fazia dos rios ouro!Um dia importante, não que aquilo não acontecesse várias vezes ao ano...Na verdade era até cansativo!
"Anote isso, anote aquilo..."
Meu trabalho não era nada fácil!Não com os monarcas dos outros reinos, afinal com a minha 'chefe' era mais 'leve'...
Era um serviço respeitável e difícil de se conseguir, por isso a importância...O que muitos não dariam para estarem no meu lugar?Ali, como escrivã de ninguém menos que Mãe natureza?Uma honra inestimável!
Logo que acordei varri meu quarto com o olhar, eu havia dormido com a sacada aberta de novo e minhas frutas estavam sendo mordiscadas por pequenos passarinhos locais, nada de anormal...Bem, não fosse pela reunião dali a algumas horas...Ah, aquela reunião...
Levantei-me, vesti-me, tomei meu café e desci as escadarias. Mamãe (como gostava de ser chamada) já estava acordada com um chá entre as mãos:
-Pequenina...Por que não tomou café aqui em baixo?
-Bem, não queria incomodar...
-Sabe que é de meu agrado, não incomoda em nada.
Um sorriso gentil se espalhou por seu rosto, ela era muito jovial e bela, digna de uma estátua em pedra divina!
-Prometo que amanhã descerei!
-Combinado.
Ela se voltou para seu pequenino diário e continuou a escrever bebendo o chá, pela cor da bebida julguei frutas vermelhas, mas não dei certeza, escapar das façanhas daquela dama era quase impossível!Não poderia nunca dizer o que ela bebia...
Passou-se uma ou duas horas...Nesse período, ela continuou em seu diário por mais alguns instantes e depois atendeu as necessidades de suas terras.Desde cedo o salão já estava todo preparado para o evento, uma mesa redonda estava bem organizada e adaptada aos diferentes membros da "irmandade elementar", cada qual com seu devido acento...E a minha mesinha ao lado da cadeira de Mamãe, com uma máquina de escrever dourada e branca.
Quando o relógio badalou ás 10:00 am, eles chegaram, imponentes e silenciosos...O fogo se acomodou na cadeira onde o Sol sempre bateria, "a" Ar ficou próxima a uma janela onde uma brisa fresca podia reconforta-la e "o" Água se manteve ao lado de um pequeno ornamento com líquido fluente, oposto ao fogo.
Depois de todos bem confortáveis, Mamãe e eu nos sentamos...Nunca entendi o porque dela escolher uma menina com aparência eterna de 16 anos para acompanha-la!Eles sempre ficavam me encarando, seus olhos praticamente gritava:
"É jovem em demasiado!"
Menos a Ar é claro...Ela era tão gentil comigo quanto um sopro marinho num dia de Sol...
A reunião começou:


============
Ar (vento)-V
Água - A
Fogo - F
Terra (Mamãe)-T
============


F - Bem, está aberta a conferência...Assunto: A existência humana...
A - Eles estão se destruindo com tanta rapidez!
E bla bla bla bla bla...Eu fui escrevendo o que era importante e Mamãe continuava calada:
"Estão destruindo a si próprios"
"Precisamos detê-los"
"Os presságios são cruéis"
"Como podemos continuar assim?"
Depois de tanto ouvir aquilo, para mim já tinha virado tudo a mesma coisa...As mesmas reuniões, os mesmos assuntos, as mesmas soluções...Destruição, destruição, destruição...Eles só sabiam falar nisso...Não os culpei...Eram os humanos...O que faziam(os humanos) para que não falassem?Quem ali não sabia que todos estavam morrendo aos poucos?Num dia Mamãe quase havia desmaiado!
T - Vocês não acham que estão...Repetindo demais?
F - Como?
A voz saiu tranquila e gentil, como um conselho suave:
T - Eles ainda são meus filho, meus senhores...
A - Mas precisamos fazer algo...
V - Ele tem razão, querida...
T - Sei bem disso, escuto a mesma coisa há meses...Eles cortam suas próprias gargantas e não respiram...Queimam as matas e bebem fuligem...Entregam um mundo envenenado a seus filhos e presenteiam toda consequência com lagrimas e pedidos de socorro...Não aprendem...Nem que matemos tudo...Não aprendem...
Um sorriso um tanto macabro saiu de seus lábios...
F - Mas...
T - E quanto mais destroçamos o seu concreto, mais fortes os prédios se erguem...Quanto mais inundamos suas cidade, mais lixo recebemos para engolir...Quanto mais sugamos suas casas, mais longe eles vão, mais árvores caem, mais marcas ficam...Acho que nunca irão aprender...Quão vagaroso será o perecer de sua espécie, será a dor de seu despertar...
Fiz questão de anotar palavra por palavra, com aspas e o nome dela no final...Os olhos dos outros se arregalaram com o que a Dama a sua frente havia dito, nem mais uma palavra eles quiseram que eu digitasse, nem mais um ruído...Tudo se silenciou por completo...
Alguns segundo, minutos eu acho, se passaram e finalmente o túmulo foi destruído:
T - Então...Esta conferência está encerrada.
Ela se levantou enquanto os outros continuavam estagnados, como máquinas processando uma informação muito pesada para seu sistema...Levantou-se e ajeitou a saia do vestido...Até uma das "máquinas" sair de seu transe anormal:
F - Mas, Terra, o que faremos afinal?!
T - Não é óbvio?Nada...
V, A - Como assim?!
T - Nós podemos sobreviver sem eles, não eles sem nós...Nossas energias não vão acabar antes dos humanos se exterminarem...São frágeis, inocente demais...Não precisam se preocupar...
F - Não precisamos?
T - Não...Por que você vai querer matar um criminoso...Que já corre em direção a um abismo?


Sei que o texto pode ter sido um pouco monótono...Mas ai eu pergunto...
Será mesmo que nunca aprenderemos?