sábado, 14 de agosto de 2010

1 ANO DE BLOG - e mais uma Historia sobre Detetives!

Olá pessoal, estou eu aqui novamente depois de MUUITO tempo para postar mais uma daquelas historia meio “sei La” que eu costumo postar.

Bom, mas a verdade é que, mesmo sem inspiração alguma, eu consegui escrever este texto usando toooda a inspiração que consegui captar nos ultimos dias, afinal, hoje é um dia especial. Voce deve estar se perguntando: "que dia é hoje?", e eu lhe respondo: ANIVERSARIO DE 1 ANO DO COMPLEXO PARANOICO! :)

Isso mesmo, a 1 ano atras estavamos pensando em um nome para dar e exclusivamente discutindo tambem sobre o que falariamos neste blog tao COMPLEXADO! -- éé, até sobre Batatas pensamos em postar... -- mas enfim, concluimos que falariamos sobre tudo, e que aqui seria o refugio para escrever sobre Detetives, Alienigenas, Anuras e ate mesmo Aspargos Fritos!

UM ANO DE MUUITA IMAGINAÇÃO, apesar do blog estar meio, cheio de teias de aranha, NAO TEM IMPORTANCIA, vamos voltar a tocar as engrenagens dessa bagaça pra ele continuar RODANDO E GERANDO MAIS VAPOR.. VAMOS TRABALHAR NEGAIADA!


Ah, caso tenham se esquecido de mim, sou o Fowl e, o Tio Ozzy, conhecido como Tsune ou tambem como 'deus', disse que eu deveria postar algo neste dia TAO ESPERADO, e, cá estou eu com maais uma historia horripilantemente sem nexo.

Desta vez escreverei algo BEM parecido do outro texto, o “Por causa de um Poddle”, este é o “Meu Marido me Trai?”. Parecido com a historia do Poddle em relação ao clima ‘Noir’ de detetive dos anos 60 (talvez), meio inspirado em Chicago banhado em muito uísque, e é claro, belas donzelas com ótimas curvas para deixar a sensualidade do clima em preto e branco muito melhor. E é nessa sensualidade que eu digo que eu encontro a inspiração em Sin City, novamente.

Enfim, sem mais conversas.

MEU MARIDO ME TRAI?
Esperava aquele maldito telefone tocar para me dar alguma pista sobre o ultimo caso, e nada. A chuva sorria lá fora me implorando para ir dançar com ela, mas eu precisava solucionar este caso. Afinal, o Marido dela não era mais do que apenas um cara normal, traído pela esposa, hipócrita por sinal.

Por que ela me contratou? Pergunto-me. O Marido dela não a trai, ele apenas acorda, pega o metrô todos os dias, toma café acelerado no escritório, leva bronca do chefe todos os dias por chegar atrasado – é claro, com uma mulher daquelas, eu também chegaria atrasado todos os dias – e engole calado todas aquelas críticas. Faz seu serviço como ninguém e não recebe elogios por causa disso. Sai do serviço e vai para o Bar do Crimson tomar uísque, oras, todo bom homem precisa do Uísque do Bar do Crimson. Pega o metrô de volta, percebe-se o medo que ele tem de ser esfaqueado por aqueles marginais e chega a sua casa sempre 40 minutos depois daquele tal de Brian ter saído pelas portas da frente – mostrando para todos que esteve com aquela mulher tão linda o dia inteiro.
Que donzela fogosa.

Ela sempre bate três vezes antes de entrar no escritório. Tiro os jornais de cima de mesa e coloco meus pés – para mostrar o engraxate novo -, ela acende o cigarro diferente das outras damas, ela não tem medo de queimar os dedos.
Assopra toda a fumaça no ar úmido do escritório escuro, clima de terror dos cinemas:
_E Meu marido me trai?
Ela tira da bolsa mais alguns dólares para mim continuar investigando o cara. Mas eu ainda não entendi o objetivo dela. O que quer que eu continue fazendo? Ela tem medo de que ele faça o mesmo que ela faz com ele?


As ruas estavam imundas quando caminhei ate o Bar do Crimson. O Bar estava lotado, e a luz vermelha estava queimada de novo, as dançarinas adoram, não precisa dançar com todo o seu rebolado, ninguém olha pro fundo do bar. O ‘Marido’ entra de novo, com a cabeça baixa sem esperar nada do lugar. Nem mesmo olha para o fundo, nem para saber se existem dançarinas por lá, querendo um aumento ou um marido. Ele toma apenas dois uísques duplos, com os cotovelos no balcão, sem se abrir com o garçom. Que vida trágica.
O segui pelo Metrô, ele ainda treme quando passa do lado dos marginais, e mais uma vez chega em casa com sua mulher de cabelos encaracolados usando apenas aquela pequena roupa sedutora, para a alegria dos pivetes na varanda do prédio a frente que assistem toda aquela sessão de filmes adultos de graça e ao vivo.

Já não sei mais porque ela bate três vezes na porta, se senta em frente a minha cadeira, assopra a fumaça toda para o ar e repete as mesmas palavras: “E meu marido, me trai?”.
E quando eu abro o jogo para ela, dizendo que ele é o homem mais fiel de toda Chicago, ela tira mais alguns dólares da bolsa e deixa na mesa. Toda essa historia tem duas coisas boas. Eu sigo um homem que não me da problemas, e ainda por cima ganho dinheiro da mulher dele, para o meu engraxate mais caro do centro da cidade e pras minhas maiores e melhores garrafas de Uísque.


Naquela tarde resolvi não seguir o marido dela, mas, alugar o apartamento ao lado da do casal. Estava disposto a ouvir o que eles conversavam tanto o dia inteiro enquanto seu marido estava fora. Aquele homem que entrava no apartamento da donzela todos os dias tinha um engraxate melhor que o meu, precisava saber o que ele queria com uma mulher casada, sem ter medo de entrar e sair dali todos os dias pela porta da frente.
Usando o meu copo vazio de uísque, ouvi que quando ele entrou, ela trancou a porta, se sentaram no sofá e começaram a conversar. Mas não era o nosso inglês. Ambos conversavam em Russo.

Paguei o aluguel diário do hotel, já sabia o que precisava. Não sabia o que tinham falado, mas sim, que ela estava querendo eu longe de sua casa, me pagando para vigiar um marido chato e fiel a esposa. Alguma coisa não cheirava bem, será que ela contratava outros detetives para ficar longe da cola dela?
Talvez eu não fosse o único detetive perdendo tempo investigando o cara amarrotado.

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Resolvi voltar para o meu apartamento, o cigarro acabou novamente e a garrafa de uísque tem apenas uma dose, preciso voltar para ir buscar mais dos meus vícios.
Já era tarde da noite, quando fechei a porta e guardei a chave, a donzela estava no pé da escada, me esperando. Sedutora, com os lábios vermelhos de um baton caro, cabelos lindo que ela mesma deve ter demorado muito para preparar.
Estava fumando um cigarro, hesitei em pedir algum para ela, mas ela me ofereceu um outro que acabara de tirar do Maço: “Se tiver fogo”. Aceitei carinhosamente sorrindo falsamente para a traidora Russa. Ela me olhava como se soubesse de algo. Ela se aproximou de mim, calmamente e sedutora me pedindo para abrir novamente a porta do meu escritório.

Sabia que aquilo ali era um golpe, ela colocou sua mão por de trás da minha jaqueta, estava procurando por minha arma. Empurrei-a para a parede, mas ela sacou uma pistola de um elástico preso a sua coxa. Disse que se eu não entregasse todos os relatórios da investigação daquele dia, ela iria disparar. “Bem, eu não tenho relatórios”, disse para ela, mas ela não pareceu acreditar. Convidei-a para entrar no apartamento. Quando ela fechou a porta, ainda com a arma apontada para mim, eu saquei a minha do meu coldre axilar.

Agora éramos nós dois, no meio do meu escritório, ao lado daquele sofá que cheirava a mofo, com as janelas fechadas, e a chuva começando lá fora. Não podia morrer agora. O Metrô que passava a menos de 100 metros do meu apartamento estava chegando, eu e ela engatilhamos a arma ao mesmo tempo, o tiro seria disparado assim que o metrô passasse do lado da janela, ninguém ouviria. Se eu a matasse, poderia dizer que ela era espiã russa e eu seria caçado pelos Mafiosos. Ou então, ela poderia estar com documentos falsos de nacionalidade Americana, e eu poderia ser preso por matar uma mulher casada. Se ela me matasse, ela fugiria, daria fim a arma e os vizinhos só notariam a minha falta quando sentissem o meu cheiro podre de cadáver se decompondo.
“E agora?”

Ela riu. Sabia que conseguiria me acertar um tiro no meio da testa e ainda fugir sem ser notada do apartamento.

O metrô estava para chegar. Eu queria poder dar uma ultima tragada em algum cigarro barato, mas eu não podia acender aquele cigarro que ela me dera a alguns minutos atrás. O Metrô estava quase ao lado do apartamento quando pensei em Deus. “Rezar agora não é uma boa idéia”.

O Metrô passou do lado do apartamento. E um tiro foi abafado pelo barulho daquela maquina de toneladas passando pelos trilhos.


Eu tinha uma vantagem. Estava em um lugar onde passava todas as minhas tardes e noites. A escrivaninha, o abajur, o sofá, o criado mudo, a porta, o porta casacos. Quando o metrô passou, eu soube pra onde pular e atirar. Acertei lhe um tiro no meio do coração, e a coitada caiu sem ao menos ter atirado na direção de onde eu estava.

A chuva já estava forte lá fora. Quando me levantei, ela ainda deu um ultimo suspiro antes de agonizar no carpete e morrer. Verifiquei seus documentos e, finalmente, algo que a incriminava: uma outra pistola de numeração estranha de outro país. Eu estava salvo, mas depois da policia chegar, eu estaria encrencado com a Máfia russa. Havia matado uma de suas agentes e isso não era bom nem num sonho.


Quando a policia chegou ao apartamento eu aleguei legitima defesa, como havia duas armas com as impressões digitais dela, em menos de uma semana eu já estava liberado. Novamente, com falta de uísque e com maço de cigarros amassado sem nenhum conteúdo interessante.
Toda vez que caminho pelas ruas, sei que os vizinhos me olham estranho, alem de ser Detetive particular – sem casos famosos ou que me faz ter uma reputação melhor -, ainda tenho má fama de ter matado uma ‘amante’. Sempre vejo o marido daquela Russa no bar do Crimson, sozinho tomando aquela mesma dose de uísque, parecendo estar solitário agora. “Pelo menos ela sabia cuidar dele, mesmo sendo uma espiã”.
Dou-lhe um brinde, pedindo desculpas de longe, sem ele saber que eu fui o causador do seu atual solteirismo. No mínimo a policia deve ter dito a ele que ela estava no escritório de um detetive pronto para matá-lo, e então ele deve ter tentando negar todo o ocorrido. Foi daí então que a policia contou-lhe que ela era Russa e seu nome devia ser bem mais complicado do que aquele que ela usava na America.

Quando ando pelas ruas, também sei que os Mafiosos me olham com desdém, eles sabem que eu fui quem estraguei seja lá qual eram seus planos. Chicago esta sempre cheia de pessoas mal encaradas, cheia de gangues e pessoas armadas com seus coldres escondidos debaixo de tantas roupas. Chicago é perigosamente quente, mesmo parecendo ser fria com tanta chuva e neve. A cidade dos Ventos tem algo de incomum. Tantas Máfias juntas, tramando contra todos, e você nunca sabe em que esquina vai tomar um tiro, ou ser esfaqueado, ou então, quando vai estar no seu apartamento e um cara vai estar lá, como um juiz demoníaco para lhe tirar a vida.
E eu sei, que este meu dia vai chegar. Quando eu for estar tomando meu uísque sozinho no meu escritório, e sei que de longe, muito longe dali, alguém vai estar pensando em me acertar um tiro pela janela.
Donzelas Sedutoras, Mafiosos Perigosos. O Ar poluído de Chicago.


Este é a historia que tinha em mente..Bem, nao foi ao nivel de COMEMORAÇÃO de um ano, mas, foi pra poder tocar um pouco o velhoo Barco cheio de boas historias que o QUERIDO COMPLEXO PARANOICO é... Entao, é só pessoal, Tenham um OTIMO dia 15 de AGOSTO! Ate a proxima!

9 comentários:

  1. Enfim, feliz Anivesário galera do Complexo (: parabéns pelo blog (:

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  2. 1 ano nossa... passou tão rapido e ainda não falamos sobre batatas XD
    parabens complexo =D

    ahh naum sei se a caça as bruxas ainda existe mas eu gostei do texto, só achei meio estranho o lance da russa contratar "todos" os detetives.

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  3. AEEEEE, parabéns pelo 1 ano do blog! \o/

    Agora, não sei qual é o pior: encontrar uma russa do tipo (se você for um detetive) ou encontrar um detetive (se você for uma russa).

    sacou sacou?
    :D

    Beijão!

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  4. AE! Belo texto Fowl! Gostei da "reviravolta" no meio da trama!

    1 ano de complexo! Parabéns pra todos nós!

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  5. RE: Ana / Café Requentado
    WEEEEE, Obrigado pelo 'Enfim' sobre a historia e Obrigado pelo Parabens pelo Blog! :D
    Estamos batalhando para mante-lo interessante e bom para todos os leitores!
    beijos.

    RE: Ertuh / Tsune / Patrão
    NOSSA, é mesmo, eu lembrei que falamos sobre 'falar sobre batatas' mas, nem havia me tocado que ainda NAO FALAMOS SOBRE BATATAS! :O
    Vou procurar pesquisar sobre Batatas e criar uma historia sobre isso! :D pódexa!

    Ah, e, Sobre a Caça as Bruxas [meedo], enfim, acho que isso é um grande 'livre arbitrio' que temos aqui no blog, afinal de contas, por eu ter escrito este texto meio que "as presas" pode mesmo conter alguns erros.. Bem, sobre o 'todos' os detetives, foi uma Dedução do Detetive, talvez nem fossem todos, mas só alguns, mais pra despistar a atenção de alguem ou, de algo.. Algo do tipo! :D
    Obrigado pelo comentario sobre o Texto e, PARABENS PRA TI TAMBEM, afinal de contas, somos fundadores dessa bagaça aqui ne! \o/

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  6. RE: Cris!
    WEEEEE, OBRIGADO PELOS PARABENS! :D
    (Acho que falo por todos quando agradeço pelos parabens ne! :D)

    aaah, tambem nao sei qual é o pior.. geralmente se encontrar com pessoas com crise de 'vicios por uisque e cigarro' e 'disconfiança cronica de tudo' e/ou 'damas perigosas-espiãs-russas' sempre se torna algo meio perigoso, entao nao da pra saber ao certo quem é pior encontrar! :D

    Obrigado pelo Comentario, Beijao.


    RE: Hélder
    Hey, Obrigado pelo Elogio, Ah, a "Reviravolta", acredito que tenha sido menos tramatica do que a historia do Poodle, mas, que bom que gostou! :D

    Ah, e, É ISSO AE, PARABENS PRA TI TAMBEM, UM DOS FUNDADORES DO COMPLEXO PARANOICO \o/, afinal, PARABENS PARA TODOS seria mais correto dizer sobre esta data tao Legal! :D
    Obrigaado!

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  7. Cada aniversário acaba por ser uma vitória. E esta é a vitória das letras que nasce da vossa união.
    Parabéns ao blog, aos seus colaboradores e ao FOWL por este óptimo conto.

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  8. RE: Luna

    Aaaaaah, claro claro claro, manter um blog com tantos seguidores e tantos contos otimos nao é mesmo facil, tanto que demos uma parada com ele, mas pretendemos voltar a nos unir novamente e continuar com tantos contos que temos em mente..
    Afinal, Sem as Letras o mundo nao seria nada nao é mesmo?

    Muuito obrigado pelo comentario Luna, e, obrigado pelo elogio ao meu conto. Volte sempre, tua presença é muuito precisa por aqui! :)

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  9. De aniversário, desejo muitos outros anos de vida para este blog ... é bom passar por aqui ...

    beijos

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