sexta-feira, 23 de outubro de 2009

GAIA

Eu não deixei o blog, só estou "meio" ocupado, pq estou de mudança (geral, inclusive de casa)...

Bom, comecei uma nova história, não que eu não vá mais escrever a outra, mas acabei escrevendo uma coisa que é mais a minha cara (eu acho), um mundo bem novo... qualquer semelhança com outras histórias é coincidência!!!

(não leia se tiver pressa, é só asneira do autor)
Se trata de um mundo pós-apocaliptico. Isso ai, o mundo acabou, alguns viveram pra contar a história, mas a maioria morreu mesmo, sem dó nem piedade. Pense que nisso o clima se alterou um pouco, culturas morreram, mas morreram também as barreiras entre nações, afinal não restou nada... a língua que utilizam é mais ou menos que nem o inglês atual, com certas mudanças e as pessoas que existem vivem em vilas, construidas onde não havia civilização antes (ou não sobrou nada pra usarem), o resto do mundo foi tomado pela natureza, como de direito... Isso me levou ao nome (GAIA).

A história é do personagem Rick, ele narra a história. inicialmente ele tem uns 15 anos, mas o tempo vai passar!

Espero que gostem ^^

INTRODUÇÃO

No ano de 2012 o planeta entrou em colapso, as cidades foram destruídas e a população mundial foi dizimada, sobrando apenas cerca de 3% da população, aqueles que morreram levaram com eles o conhecimento daquilo que chamavam de tecnologia. Esse foi o castigo da humanidade por uma história cheia de destruição e degradação do planeta. O evento ficou conhecido como Apocalipse.



A crença religiosa levou os sobreviventes a contarem que naquele ano Deus veio à terra para julgar a humanidade e levar as almas para o outro mundo, assim, aqueles que ficaram são aqueles que foram esquecidos por Deus e pelo Diabo. Mas Deus não se esquece de seus filhos; tão pouco o Diabo se esqueceria.


Pessoalmente, sempre acreditei que as pessoas simplesmente morreram, sem nada fantástico envolvendo suas mortes, apenas sangue e destruição. Mas uma coisa é certa: aqueles dias mudaram tudo.


Eu não estava aqui para ver como foi, mas sei que foi há 100 anos.



SELVA DE PEDRA

A selva era proibida para todos, fossem crianças ou adultos. Somente 10 de cada vila possuíam autorização para entrar em lugares assim, considerados quase sagrados, estes eram os nossos “guardiões”. Em geral, eram pessoas respeitadas pelos demais e em geral, já eram de meia idade. Um dia eu acabaria com todas essas regras.



Minha tarefa era simples: verificar se havia alguma ruptura nas cercas que separavam a vila da floresta, mas sempre achei que coisas simples fossem muito chatas. E lá estava eu, andando ao lado de uma cerca, vez ou outra jogando algo nela, só pra ter certeza de que ainda dava choque e pelos estalos eu estava certo de que ainda funcionava. Não havia muito para se olhar, era apenas uma cerca elétrica, uma das coisas mais decentes que faziam com aquilo que chamavam de tecnologia.


Mas eu encontrei algo para se olhar, era um buraco, não um buraco na cerca, um buraco no chão, grande o suficiente para que eu pudesse passar para o outro lado da cerca, mas é claro que alguém indiscreto já havia tido essa idéia antes, as pegadas do outro lado indicavam que era uma criança e meu bom-senso indicava que eu deveria avisar um dos guardiões, bom, pelo menos ele indicaria isso, se eu tivesse um pouco de bom-senso. Não pensei duas vezes e já estava do outro lado da cerca, não que eu quisesse fugir de lá, mas eu sabia que a floresta significava problemas e problemas sempre me atraiam (talvez fosse o contrário), embora naquele momento eu estivesse mentindo para mim mesmo, dizendo que aquela criança poderia estar em perigo.


Era bom estar na floresta entre as árvores, havia árvores na vila, mas todas elas pareciam estar sem vida se comparadas às da floresta. Eu queria ir mais longe, eu queria ir mais rápido, era uma sensação que eu nunca havia experimentado, uma sensação de que se pode tudo e que nada pode impedi-lo, era como se eu fosse um pássaro e pudesse voar¹ . Comecei a correr para a floresta, “para procurar a criança” dizia meu consciente, “para nunca mais voltar” dizia meu subconsciente, até que ouvi um choro, não estava longe, então não demorei a achar, era um garoto, deveria ter uns 10 anos, mas era gordinho, o que explicava o tamanho do buraco, e estava sendo ameaçado por um cão selvagem que felizmente não sabia escalar. Peguei a primeira pedra que vi e um pedaço de árvore, a natureza certamente me perdoaria por aquilo, e fui pra cima do animal, ele era selvagem, mas não era idiota, então fugiu.


- Frank, você ta legal? – perguntei ao pirralho, ele apenas concordou com a cabeça enquanto limpava as lágrimas nas roupas.


- Porque você ta aqui? – alguém iria dar uma bronca nele por ter saído, mas eu é que não iria culpá-lo por querer sair.


- Eu queria ver como era a floresta. – respondeu com a voz fraca – Vim atrás de Emi², mas ela correu na frente.


- Quê? Minha irmã veio também? – Eu não havia pensado que as coisas poderiam ser tão ruins.


- A idéia foi dela. Ela foi por ali. – respondeu o garoto apontando para a floresta.


- Certo. Então você volta por ali – apontei o caminho pelo qual havia chegado ali e que não era muito grande – que eu vou buscá-la.


Frank Steven Tein³ não era um garoto muito inteligente, mas poderia encontrar o caminho de volta, uma vez que não era muito longe mesmo, então me concentrei no que realmente importava, e Emi era na minha vida a ÚNICA coisa com a qual eu realmente me importava.


¹ - Aqui me refiro ao conceito de liberdade, até então desconhecido pelo personagem
² - Emi > M, da letra em português mesmo... ultimos gritos duma língua quase morta hehe

³ - Frank S. Tein > Frankstein, sacou? sacou? (piada infame, falta do que fazer...XD )

Ah, não acabei a parte do "selva de pedra" neste post, então não estranhe o fato de não fazer muito sentido...
Novamente, erros, bobeiras e se tiver um lixo, digam...

PS: Quem é Anjo Rebelde? Deus... eu não sei mais o que acontece nesse blog! XD

sábado, 17 de outubro de 2009

A Curiosidade que Mata o Gato - Parte 3


NÃO RECLAMEM.

Já começo a introdução desta maneira. Se não gosta das minhas historias, acompanhem outra.

Digamos que esta terceira parte da historia não é igual as outras duas que já escrevi, desta vez conto a historia de Joe, um outro jovem curioso. Torço para que vocês gostem da historia, apesar dessa ter ficado com um pouco mais de diálogos. É que andei as ultimas semanas sem dormir e estudando tanto que não tive tempo de bolar cenas realmente eletrizantes como nas outras partes que contavam sobre a curiosidade de Adan e Elisa.

Da mesma maneira que a parte dois, esta eu dividi também em ‘cenas’ para facilitar a leitura, estão divididos em: Bar, Encontro e Morte.

Como já havia dito para alguns leitores, dessa vez escreveria sobre vampiros, mas, se você é fã de vampiros vegetarianos, NEM LEIA... aqui são vampiros da velha guarda moro?

Boa leitura a todos.


PARTE 3

BAR

Mais um show, mais algumas musicas e mais alguns pulos na galera, e é só... Nada mais... Depois teremos garotas a vontade, teremos bebidas grátis e pronto, nada mais. Hoje paro com as drogas, e hoje paro com o sexo por apenas prazer, cansei dessas garotas que ficam babando só de me ver tocar guitarra.

Joe subiu no palco, mais uma vez estava com aqueles enjôos de tanto tomar tequila. O vogal da banda Alex sentia-se culpado de Joe estar assim, então sempre perguntava (de 5 em 5 minutos) se ele estava bem, e a resposta era a mesma: “Vou parar de beber, não se preocupe, vamos tocar”.

Como sempre, o bar do Mike estava lotado, cheio de vagabundas e vodka, cheia de motociclistas em gangues e de caminhoneiros, querendo um descanso, querendo ouvir apenas um Rock n Roll. E naquela noite começaram tocando Judas Priest novamente. Joe tocando tonto de tão bêbado, a musica mal chegou no solo e ele vomitou todo nas pessoas da primeira fileira próximo ao palco. “Que se dane, era só aquelas garotas que iam dizer sempre a mesma coisa: Você toca bem, agora coloca a Mao aqui.” – Era tudo que ele conseguiu pensar antes de cair e desmaiar.

Joe já não era mais aquele guitarrista que todos queriam ter em uma banda, já não era mias aquele guitarrista esperado nos palcos, já não era mias aquele cara que fazia solos intermináveis quando havia uma garota bonita na primeira fileira, ou quando tocava com a guitarra na nuca quando o dono do bar dizia que ia aumentar o salário deles. Ou ate mesmo quando o vocalista dizia que ele era o melhor guitarrista de todos os tempos, e ele já não dizia isso a tempos.

O jovem acordou novamente na garagem da casa do baixista, Mark, Mark por sua vez dormiu com duas garotas ao invés de uma.

_Hie, Joe, da próxima é sua vez de dormir com duas, ok? – sussurrou o baixista todo feliz e sujo de batom barato.

Joe não respondeu, se levantou, calçou o allstar azul sujo e fedido e saiu pelas portas do fundo, não esperava mais nada de sua vida, não queria mais nada. O sol estava fraco, entoa percebeu que dormiu a tarde toda, já devia ser umas 4 da tarde, e daqui a algumas horas já ia anoitecer novamente.

Foi direto para casa, fazia tempos que não ia para casa, sua mãe já devia estar preocupada, andou vivendo durante os últimos 4 dias no bar do Mike ou na garagem do pobre Mark. Aquela vida já não valia mais nada.

Entrou pela porta da cozinha, estava aberta novamente, passou pela sala e viu sua mãe com duas garrafas de vodka deitada no sofá: “não, ela não estava preocupada comigo.” – pensou quando viu dois homens deitado com ela no sofá. Enquanto ele devia estar dormindo com duas garotas, sua mãe estava com dois homens. Que vida de merda, pensava a todo passo quando ia para seu quarto.

Entrou no quarto com um chute na porta, seu quarto cheirava pior do que o bar do Mike, e era também mais sujo, cheio de pôsteres, ratos, pizzas e coisas que nem ele identificava. Sentou se na cama em que dormir durante os seus 19 anos de vida, e não sentia nada. Olhou para as paredes e aqueles pôsteres já não dizia mais quem ele era, deitou-se e olhou para o teto e deve a mesma sensação, aquelas garotas bonitas que um dia sonhou ter já não eram as mesmas, Joe queria morrer ali, agora, naquele instante. Então, surgiu sua grande duvida: “eu nunca pensei em uma maneira de como morrer”.

Se sentou novamente na cama e começou a pensar. Afogado devia ser chato e entediantes, Enforcado muito doentio, cortes nos pulsos muito gótico, e então chegou na conclusão: “Queda livre”.


ENCONTRO

Joe foi ate o lugar mias alto no qual era acessível naquele momento, pegou o metro ate o centro da cidade e foi logo subir na torre. A torre naquela noite estava cheia de casai de namorados e turistas, como sempre, e as portas dela já seriam fechadas daqui a duas horas. O jovem se sentou no banco ao lado, observou as estrelas que já haviam surgido no céu que mudava calmamente de azul escuro para preto nebuloso.

Joe só conseguia pensar em pular da torre, não tinha mias propósito pra continuar vivendo: “Ah que sujeito chato sou eu”. Já nem mesmo era mais aquele guitarrista solo que todos adoravam, agora ele era apenas um alcoólatra, drogado e sujo. Joe não quis pensar muito, tinha medo de se arrepender, subiu nas barras de ferro da torre. E passou para o outro lado da barra, agora era ele e o mundo lá embaixo.

Os casais de namorados ali nem notaram sua presença, quem notaria um garoto cabeludo, roupa grunge, pálido, sozinho. Nem mesmo os turistas notaram que ele estava a um passo para saltar da torre mais linda de todas.

Joe então finalmente fechou os olhos, sentia em seu rosto o vento cortante da imensa altura em que estava. Lá embaixo todos pareciam formigas pequeninas, os prédios imensos, o rio as arvores, tudo abaixo do céu escuro e estrelado e ele estava no meio, ele e a torre.

Até que seu pensamento filosófico de pré-suicida fora interrompido por uma voz doce, mas masculina.

_Ah. Joe, já vai partir?

Quem poderia saber seu nome? Alem do mais, com uma voz tal...

Joe se sacrificou para olhar para trás, e viram um jovem, assim com ele, cabelos longos, olhos escuros, calça jeans e blusa xadrez, sem contar a palidez.

_Quem é você? Não vai tentar me interromper não neh?

_não, não – o outro jovem encostou na barra da torre, conversava com Joe sem mesmo olhar para seu rosto, só olhava o que acontecia La embaixo – Quero ver se vai ter coragem de pular.

Joe não entendeu, quem era ele? Como sabia seu nome?

_Como sabe meu nome?

Então o outro jovem olhou para seus olhos trêmulos de quem iria se matar.

_Porque quer saber? Já vai pular mesmo. Vamos, pule.

Joe já não queria mais pular, queria saber quem era aquele cara que sabia seu nome, sabia que estava prestes a pular, se vestiam iguais. Quem era ele? A curiosidade ataca no cérebro de Joe.

_Não vou pular enquanto não souber quem você é.

_Sou Kate, um grande fã de suas musicas e da maneira que você toca, bom, era um fã, antes de você se tornar um drogado, bêbado e fedido.

Joe nunca havia ligado para seus fãs, sempre sabia que as pessoas gritavam pelo seu nome mas, nunca parou para conversar com um, a não ser aquelas garotas vadias que falavam que ele tocava com estilo. O Kate estava com a Mao esticada para Joe tocar, mas não tinha como tocar, ou ele segurava o corrimão, ou caia.

_Não esta vendo que eu estou segurando a barra? Seu soltar eu caio! Alias, Kate não é nome de garota?

_Não faça perguntas tolas, eu tenho o nome que eu quiser. E é claro que eu quero que você caia, você não esta aí pra isso?

Fazia sentido, ele realmente estava ali para pular, não havia o porque ficar atrasando o fato. Mas Joe começava a ficar estressado com a presença de Kate. Porque um fã apareceu naquele instante? Porque esta realmente querendo que ele pule?

_Sai daqui Kate, não quero sua presença, quero morrer sozinho – Kate ainda estava com a mão esticada para o comprimento – E tira essa mão daqui, e você nem é meu fã, eu só sei tocar Guns, Judas Priest e Ac Dc...

_Não digo o que você toca, mas COMO você toca, você toca com o coração.

_Que coisa mais gay, alem do mais, você tem um nome de garota, e também diz coisas gay. E TIRA ESSA MÃO DAQUI.

Joe gritou sem querer, agora deve medo dos casais ou dos guardas viessem para impedi-lo de pular. Então voltou a falar paciente.

_Me diz o que você quer, e vá embora, ok?

_Quero ver você pular, quantas vezes preciso dizer?

Joe já estava totalmente puto com o cara chato do seu lado, e então cumprimentou, apertou sua Mao de olhos fechados, não queria olhar para baixo enquanto estivesse se segurando com apenas uma Mao.

_Isso, amigo, agora pula.

Joe se segurou novamente com as duas mãos na torre, mas ainda não entendia o que ele estava fazendo ali. Então resolveu conversar, pensou: “Já que vou morrer, que morro conversando ou sabendo de alguma piada nova.”

_Kate – Ativou a curiosidade do jovem ao lado que olhou curioso –Vai chamar a ambulância quando estiver La embaixo?

Kate riu.

_Ambulância? Que nada, vou chamar o bombeiro pra lavar toda a calçada. – Continuou irônico – Você esta prestes a pular da Torre Eifel e que ser salvo por ambulância?

_Cara, mas você é chato pra inferno.

_Inferno é pra onde você vai isso sim. Sabia que os suicidas vãos pro inferno direto né?

Na verdade Joe nunca tinha ouvido falar nisso, pensara uma vez que os suicidas ficaram no purgatório, de bobeira esperando a reencarnação ou uma chance pra ir pro paraíso. Pensando bem, agora que o vento e a gravidade gritavam para que Joe saltasse, ele imaginou: “Como será o inferno?”

_E o que você sabe sobre o inferno?

E com grande dificuldade olhou para Kate.

_Prestes a morrer esta querendo saber como é o inferno, ta certo... Bem, o inferno é escuro, sombrio, cheio de pessoas, normal.

_NORMAL? Como assim normal? O inferno é quente? Cheio de torturas? Pessoas? Monstros?

Kate riu irônico mais uma vez.

_Os monstros são os humanos meu caro. Os humanos são aqueles que sobem na torre eifel pra se matar, e ficam de conversa fiada.

_Monstros são os humanos, humanos são suicidas, então pule também.

Um frio vento correu por aquela conversa sem nexo algum.

_Eu não sou humano.

Um frio vento e um grave silencio correu por aquela conversa sem nexo algum.


MORTE

_Então você é o que?

_Eu não vou te contar.

_Eu já vou morrer mesmo, conte-me.

Kate pausou, e pensou. Aquilo realmente fazia sentido.

_Que seja, eu sou um vampiro.

Desta vez quem riu foi Joe.

_Há, e você quer que eu acredite nisso. Certo, antes de morrer, eu quero ouvir algo inteligente e, ouço que vampiros existem.

Kate ficou quieto, acendeu um cigarro e começou a fumar lentamente.

_Espera... é verdade?

_O que?

_Que você é um vampiro.

_É claro, você acha que mentiria pra um cara prestes a morrer?

_Sim.

Joe estava serio, estava prestes a se matar e havia conhecido um vampiro, aquilo que nunca pensou em conhecer ou ver em sua vida.

_Duvida? Então vamos fazer um acordo. – Joe estava ficando cada vez mais curioso, e já estava desistindo do fato de se matar. E Kate continuou falando. – Você pula e morre. Ou, você pula e acorda no meu apartamento como um dos nossos.

Que duvida. Se é que existe vampiros, Joe precisava saber, mais do que ninguém, ele tinha que saber como era ser uma criatura na noite, apesar, de já ser um ser da noite: Um guitarrista que dorme a tarde para beber durante a madrugada.

Mas ainda não entendia, o que um vampiro ganharia transformando ele?

_E o que você vai ganhar me transformando?

Kate jogou o cigarro fora.

_A maior dificuldade das pessoas de hoje em dia, é manter uma vida noturna. E você já tem isso, você já vive de noite e nunca ninguém suspeitou ou reclamou, você tem um pré requisito muito forte. Sem contar que, você é um ótimo Guitarrista, não posso deixar você pular da torre desse jeito.

Joe estava curioso, como seria viver uma vida sendo um vampiro? Viver de noite já era o seu forte, mas, vivendo bebendo sangue não seria ruim. Estava pensando seriamente em aceitar o acordo.

E Kate concluiu.

_Mas, uma vez vampiro, sempre vampiro, e muitas vezes, a curiosidade mata o gato.

“Matar o gato” essas palavras entraram no coração de Joe, que acabou liberando toda a testosterona de seu corpo, estava agora muito mais curioso para saber como seria ser um vampiro. Lembrava-se dos filmes de vampiro que mais assistia em sua juventude e agora tudo fazia sentido. Porque não pensou antes em procurá-los? Joe acabou percebendo também que, sempre vivera como um vampiro, e agora seria um.

Então, Joe soltou uma mão e se virou para Kate, quase caindo da torre.

_Sempre tive medo de altura, mas agora quero cair e acordar um vampiro.

_Esta certo disso? – Perguntou Kate sorrindo,

E então Joe soltou o outro Mao. Seu coração disparou como dispara quando você tem sua primeira namorada, ou então quando você vai a montanha russa e vê todo o parque e as pessoas em formas de formiguinhas. Joe pode ver o céu estrelado de Paris e as pessoas La embaixo comprando pipoca e caminhando. As arvores pareciam nada, e o vento que cortava seu rosto parecia soco em extrema velocidade. O chão se aproximava cada vez mais, mas, a única coisa que conseguiu ouviu foi Kate atrás dele dizendo: “Adoro saltar da torre”, algo do tipo.

Já estava muito próximo do chão quando sentiu Kate segurar a sua blusa e mais nada depois.

“estou morto?” “Não sinto minhas pernas...” “O que aconteceu ontem a noite?”

Joe acordou em seu quarto, na sua cama, com um ferimento na testa. O que aconteceu?

Se lembrava da noite passada e do momento em que pulara da torre eifel, a velocidade que chegou ate o chão. Se lembrava do que Kate havia lhe dito ontem, que era um vampiro e que deixaria sobreviver após a queda.

Joe não sentia as pernas, mas elas estavam La. Olhou para o relógio ao lado e já marcava 5 da tarde. Se era mesmo um vampiro, não poderia mais sair no sol, nunca mais. Ele fez um esforço pra se levantar, pegou sua guitarra e colocou nas costas, viu sua mãe de roupão andando pela cozinha: “Nossa, você esta pálido hein”, perguntou ela com uma voz rouca, de quem deve uma ótima noite.

O jovem ignorou sua mãe e passou direto para sala, pegou sua jaqueta que estava ali a mais de um mês e saiu pela porta, o sol já havia ido embora mas algumas nuvens ainda estavam La, douradas e outras prateadas. Só de pensar que Joe não queria mais ver nada disso ontem a noite, quando subiu na torre pensou que não veria mais nada alem de escuridão e morte, e, hoje estava ali, mas uma vez vestindo sua jaqueta de couro, guitarra nas costas, indo embora dali, para onde pudesse ir.

Na esquina surge um carro preto, com um som rock n roll bem alto, este carro era um Maverick V8 de vidros pretos. O carro parou em frente a casa de Joe e dele desceu Kate de óculos escuros.

_Vamos La meu caro, já se despediu do sol? Esta foi a ultima vez que você o viu.

Da outra porta desceu uma linda garota, pálida e longos cabelos escuros também de óculos escuros. Ela usava terno com uma gravata rosa, enquanto que Kate usava suas velhas roupas surradas e fedidas.

_Porque os óculos escuros? - Perguntou Joe inocente de tudo, não sabia nada sobre vampiros, mas sabia que a partir daquele dia era um.

_Porque é legal. – Respondeu a garota.

_Entra no carro logo vai, vamos te mostrar o que fazemos de bom durante as noites.

Joe sorriu, era aquilo que ele queria para sua vida, não apenas bebidas, drogas e guitarra. Ele queria amigos, guitarra, bebidas e ... Vampiros. Nada alem. A garota foi para o banco de trás e Joe entrou no carro sem hesitar, Kate entrou, aumentou o som e saiu cantando pneu por aquela vizinhança quieta. Joe sabia que nunca mais voltaria a ver sua mãe: “Dane-se. Agora tenho o mundo e a eternidade em mãos.”

...continua...


..é só... O final ficou incompleto pelo fato de, esse não é o final, ta certo?

Esta parte da historia foi escrita com dificuldade pelo fato da minha falta de tempo, mas espero que gostem. A historia não acaba aqui, e estamos apenas começando a historia de Joe.

Peço para que acompanhem as próximas partes que vão ficar mias interessantes, me desculpem pelos diálogos longos desta parte.

Ah, e se você leu, comenta, mesmo que seja só um ‘oi’... Ate mais.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Desculpa o tempo sem postar =(
*eu estava sem net*
Vou postar poemas meus posso???
Na real esse é bem antigo...
Espero que gostem


Cólera

Afrouxa as amarras de meu pescoço

Que já me serviram de colar

E agora me servem de tortura

Seca o sangue de minha boca

Que antes pronunciava comandos

E hoje mal se escuta o que murmura

Retira dos meus seios o veneno de sua adaga

Se antes eles alimentavam a criança faminta

Hoje matam os herdeiros de minha carne

Limpa o pus de minhas coxas

Que lhe davam Urros de prazer

E agora te fazem vomitar de nojo

Cobre minha desgraça com a escuridão

Pois se eram brancos os lençóis de nosso leito

Só sobraram os vermelhos que nos envolvem


Sthefani Peruncelli

domingo, 4 de outubro de 2009

Conflux - cap1 Realidade - parte 2

Eai povo agora são 4:30 da manha e eu terminei de escrever mais uma parte do meu texto, daí to postando ia esperar pra revisar e taus mas quero postar logo huahuhauuhahuaeu

dei uma alterada em alguns detalhes da primeira parte nada grande e já atualizei no blog.


Queria falar o quanto é difícil escrever momentos de vida “normal” é muito chato PQP, espero q gostem pq deu trabalho.


caso tenha erros eu reviso e altero aqui direto depois. Boa leitura





CONFLUX


Capitulo 1 - Realidade

Parte 1 (link caso não tenha lido esta parte)


A chuva havia passado e o sol castigava o solo como se desejasse recuperar todo o tempo perdido, estava faminto, entretanto depois de toda está conversa não queria ir para casa, resolvi apenas caminhar sem rumo esperando o calor do sol secar minhas roupas.

_Ótimo – disse em tom irônico enquanto caminhava, havia me lembrado que alem de não dormi em casa eu também faltei à aula, embora este fosse uma preocupação pequena.

Por mais que me esforçasse para pensar em outras coisas frases como “como podem existir anjos?”, “Deus existe?” e “quem era a Guerreira?” surgiam em minha mente constantemente.

Entrei em um pequeno bar após um tempo caminhando, não era o melhor lugar do mundo, mas deveria ter algo para saciar minha fome.

_O que vai querer garoto – Disse um homem gordo com cabelo oleoso assim que me sentei no balcão.

Após muito pensar acabei pedindo duas salsichas típicas alemã, não pretendia comer lá e isto seria fácil de levar alem de parecer ser a única coisa comestível, o lugar cheirava a álcool e cigarro.

O relógio rústico de madeira na parede atrás do balcão marcava 11h27min não era a toa que estivesse com tanta fome.

_Você viu as luzes ontem à noite Klaus? – falou um homem sentado em uma das mesas, nesta hora meu o coração gelou, outras pessoas também haviam visto o anjo, o que seria do mundo se algo assim se tornasse conhecimento comum.

_Não, só fiquei sabendo hoje de manha no noticiário – disse em voz grave um homem grande que estava sentado com o outro homem em uma mesa próxima à porta.

_Balões meteorológicos, né? Eles acham mesmo que vão enganar a gente sempre com estas desculpas – falou o outro homem que era careca, ambos usavam uniformes azuis e pareciam trabalhar como mão de obra de alguma construtora.

_Franz, você acha que era o que?

_É claro que eram óvnis, você viu a luz indo de um lado pro outros e eram duas sendo que uma delas mudava de cor – ambos deram uma longa gargalhada e não tocaram mais neste assunto, mas era obvio que Franz acreditava que eram alienígenas.

Acabei comendo no bar na esperança deles falarem mais alguma coisa, “se anjos existem, será que alienígenas existem?” tinha certeza que anjos existiam e não estava nem um pouco assusta com isto, porem o que mais existia escondido por ai?

Terminei de comer, paguei e sai do bar, não havia matado por completo minha fome, mas não ousaria comer mais alguma coisa ali, sentia que aquelas salsichas iriam me fazer mal.

_Kath gostaria de saber que eles existem – pensei em voz alta, uma tristeza me abateu, todo um mundo fantástico estava a minha frente, contudo eu ainda me apegava à dores do passado, mas era verdade Kath realmente gostaria de saber que eles existem e estão por ai, ela sempre gostou de fantasia e mitologia.

Hmmm, mitologia – murmurei enquanto andava - talvez eu esteja me equivocando, talvez não existam todos os seres, talvez apenas a “mitologia” cristã, não talvez seja alguma outra diferente da que conhecemos – dei um breve riso ao notar que minha vida ficou repleta de “talvez”.

Pensei em inúmeras possibilidades enquanto caminhava, era inevitável pensar quanto mais me esforçava para não pensar naquilo era ai que me surgiam duvidas, mas apesar de tudo eu gostava do mistério, minha vida chata parecia estar mudando.

Andei até avistar uma pequena praia, conhecia este lugar, Kath morava aqui perto, acho que deveria visitar a família dela, mas não hoje.

Caminhei beirando a água que molhou completamente meu sapato, ao longe podia ver varias pedras grandes e um morro que delimitava o final da praia e era para lá que estava indo, nem me lembrava a ultima vez que subi em uma pedra e observei o mar, mas costumava ir lá com a Katherine freqüentemente.

Ignorei as placas de cuidado e fui pulando de pedra em pedra, era um caminho difícil, mas eu me lembrava perfeitamente, algumas pedras lisas iguais a sabão devido ao limo e outras grandes o suficiente para ter que escalar.

Assim que passei por baixo duas grandes rochas que lembrava à entrada de uma caverna eu pude ver onde normalmente eu e Kath sentávamos, infelizmente já tinha uma pessoa lá, um jovem de bermuda e camiseta regata.

Ele me encarou diretamente enquanto eu me aproximava, fiz um movimento leve de cabeça para complementá-lo e ele apenas me olhou com uma cara que me lembrava espanto, apenas ignorei e me sentei em outra pedra um pouco mais abaixo, porem ainda perto da que ele estava.

_Você não parece estar bem – disse o jovem loiro com olhos claros e cabelo bagunçado, um típico Alemão.

_Estou bem – respondi prontamente, não queria conversar, mas sabia que ele iria insistir.

_Ainda acho que está preocupado com algo.

_Estou bem – respondi novamente, será que minha cara me condenava tanto assim?

_Tudo bem se não quiser falar sobre isto – ele insistiu.

_É apenas complicado, mas estou bem.

_E quando a vida fica complicada você foge para as montanhas? – ele perguntou, eu apenas olhei para traz sem a mínima vontade de responder, ele estava me incomodando e eu nem ao menos conhecia ele.

_Éh, me desculpe, foi uma piada sem graça, aposto que tem algum motivo para estar aqui.

_E você porque fugiu para a “montanha”? – era estranho se referir a praia como uma montanha, mas seria melhor ele começar a falar dele e parar de me perguntar coisas que não quero falar.

_Eu não fugi, estou procurando Sereias e Ondinas – disse seguido de risos – mentira só estou observando as ondas – já era tarde, embora ele tenha dito que era mentira eu já havia me levantado e estava pronto para perguntar o que ele sabia sobre tudo isto.

_O que foi? Falei algo de mais? – perguntou ele com um sorriso cínico no rosto, ele estava jogando e eu havia mordido a isca.

Ele realmente sabia de alguma coisa, mas como ele percebeu que eu também sabia que o mundo tinha coisas a esconder?

_Estou indo embora, nos vemos por ai – inventei uma desculpa na hora pelo motivo de me levantar, estava começando a ficar assustado com tudo isto, queria muito saber sobre os mistérios, mas talvez na verdade tivesse medo.

_Pode apostar que iremos – disse me encarando – a propósito sou Theodore Wasser.

_sou David Dietrich – respondi por pura educação.

_Então até logo David – seu sorriso cínico me incomodava, ele parecia não ter medo de nada, alguém sem medo da morte.

Retornei pelo caminho de pedras rapidamente, estava ficando tarde e peguei o primeiro ônibus que me levasse para casa, enquanto me preparava para a bronca que levaria assim que chegasse lá.



Ps: digitei o nome do personagem (david) no google e existe uma pessoa com este nome /medo

Ps2: foi foda fazer isto, sou bem mais escrever cenas legais do que enrolassão

PS3: sonho de consumo =D