sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Desculpa o tempo sem postar =(
*eu estava sem net*
Vou postar poemas meus posso???
Na real esse é bem antigo...
Espero que gostem


Cólera

Afrouxa as amarras de meu pescoço

Que já me serviram de colar

E agora me servem de tortura

Seca o sangue de minha boca

Que antes pronunciava comandos

E hoje mal se escuta o que murmura

Retira dos meus seios o veneno de sua adaga

Se antes eles alimentavam a criança faminta

Hoje matam os herdeiros de minha carne

Limpa o pus de minhas coxas

Que lhe davam Urros de prazer

E agora te fazem vomitar de nojo

Cobre minha desgraça com a escuridão

Pois se eram brancos os lençóis de nosso leito

Só sobraram os vermelhos que nos envolvem


Sthefani Peruncelli

4 comentários:

  1. Que belo poema!Usar a cólera como uma figura e ainda "falar" com ela numa espécie de serenidade deu todo um embalo no texto...O deixou impactante e delicioso!
    Continue a postar poema....Quero ver mais!
    bjs

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  2. Obrigada =) o incrivel é que nunca pensei no seu ponto de vista quando fiz o poema
    (na verdade foi pq estava brava com um ex caso motivo bem futil)
    mas incrivelmente oq vc disse fez mais sentido
    (fiz o poema pensando em uma companheira de nobre sabe? aquelas que ganhavam tudo só para morar no castelo e dar prazer para o rei mas quando ele se injuava elas "sumiam")

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  3. tah bem legal tef ^^

    e bem vinda devolta

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  4. Mais revoltante ainda é que as mulheres desses caras sabiam da existência das tais Damas de Companhia (tomadas por escravas) e não podiam fazer nada (quer dizer, não podiam fazer nada para o cara, porque o que as Senhoras não faziam para se vingar das escravas não devia ser brincadeira... o.o). E essa maldita sociedade patriarcal ta ae, não diria que melhorou muita coisa, digamos que ela só foi sendo adaptada para os dias atuais, mas continua ae firme e forte... --'

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