terça-feira, 8 de setembro de 2009

Conflux - Cap 1 - Realidade

eai povo aqui é o ertuh, eu não esqueci do blog não huhauhuahuuah
tipo estou trabalhando em um texto grande, a ideia inicial é a de escrever um livro, mas não sei consigo mas vamos tentar né.

como quase tudo neste blog o texto é sobre fantasia, muito parecido com o que o nosso amigo helder esta fazendo (muito bom o dele por sinal vcs deveriam ler), irei postar apenas o inicio a primeira parte do primeiro capitulo, esta meio dificil escrever sobre isto pois estou pesquisando bastante para tornar tudo perfeito ( ou o melhor que der)

bom ai vai o texto espero que gostem.




CONFLUX


Capitulo 1 - Realidade

As finas gotas de chuva caiam por sobre meu rosto, mas não me importava, pois um forte sentimento de paz me envolvia embora aos poucos fosse como se ele fugisse por entre meus dedos, foi quando tomei consciência que havia acordado.

Abri meus olhos e me vi deitado em um banco de uma movimentada praça, conhecia muito bem este lugar, era nele que todos meus amigos se encontravam aos sábados a noite e aqui que encontrei pela primeira vez a minha kath.

Era segunda de manha e vários desconhecidos passavam por mim com seus guarda-chuvas e me encaravam com desprezo, entretanto outros se afastavam ou desviavam o olhar, certamente haviam me confundido com um mendigo ou pedinte, pois eu estava com as roupas molhadas, sujas e fedendo a bebida, embora sentisse vestígios de uma estranha paz tomar conta de meu ser.

Eu me sentei levemente no banco duro, ainda estava com sono, e nisto uma mulher de idade que passava próximo se afastou e escondeu sua bolsa por entre os braços, não gostava da forma como me descriminavam e lamentei o fato de agir assim algumas vezes com desconhecidos.

Tentei me lembrar da noite anterior enquanto eu me espreguiçava, minhas costas doíam embora a minha cabeça doesse mais, eu só me lembrava de alguns relances sem sentido, uma rua vazia, uma luz forte. Eu sabia que fui a um show na noite anterior, mas minha memória era falha, acredito que apenas devia ter bebido demais.

Provavelmente meu avô me daria um sermão falando para avisar quando for passar a noite fora de casa e minha mãe já deve estar trabalhando, de qualquer forma ela nunca se preocupou muito comigo e talvez nunca tenha se preocupado com meu pai também, por isto ele foi embora.

A praça era pequena porem muito bem ornamentada com arvores e arbustos, mas o barulho do mar era o que eu realmente gostava, era ótimo poder ouvir o estrondo das ondas quebrando na praia e não ter que se sujar na areia ou sentir o sal no ar batendo direto em seu rosto e hoje era ainda melhor, pois a chuva fria e o mar pareciam estar em sincronia perfeita de sons.

Caminhei pela rua até chegar à praia repleta de banhistas se escondendo da chuva em quiosques, não me importava em me molhar na verdade até gostava. Fui até o ponto de ônibus ali perto e esperei por um que me levasse para casa, por sorte eu estava com minha carteira e dinheiro, pois entrei no nele sem verificar isto, estava preocupado com o que aconteceu na noite anterior, mesmo que eu estivesse bebido muito, eu não dormiria em uma praça, ainda mais em uma tão longe.

O ônibus estava bem vazio embora as ruas repletas de carros, Kiel sempre fica lotada nesta época do ano por causa do “kieler woche” uma famosa competição de velas, sempre gostei do mar e de ver os barcos velejando, mas este aumento populacional em época de evento sempre me incomodou.

O ônibus se movia devagar devido ao transito e era possível ver por entre o vidro embaçado a forte chuva, o mar violento e as luzes de um carro de policia brilhando ao longe.


_ Deve ser um acidente de carro – disse um senhor de idade que sentava a minha frente – no meu tempo eles respeitavam as sinalizações.

_ No seu tempo os carros eram movidos a carvão – disse um garoto de boné sentado no banco da frente do velho.

_Jimmy para de falar assim com o vovô – retrucou a jovem sentada ao lado do idoso.

_ Deixa ele meu anjo, um dia as brincadeiras dele vão lhe causar problemas – falou o avô.

O ônibus passou ao lado do carro de policia e foi possível ver uma moto jogada no acostamento e varias pessoas preocupadas envolta do motoqueiro que parecia inconsciente, ao longe pude ouvir a sirene da ambulância chegando.

_Será que ele morreu? – perguntou o neto de boné.

A garota estremeceu de pavor.

_ Espero que não Jimmy – confortou o avô.

Como um estalo um fragmento perdido de minha memória voltou, porem eu mal podia acreditar nas minhas próprias lembranças, embora soubesse que eram reais e que possivelmente mudariam minha vida daquele dia em diante.

Desci no próximo ponto, estava confuso, tinha que conversar com uma pessoa antes de ir para casa e a igreja do padre Thomas não era longe, ele provavelmente me ajudaria como fez muitas outras vezes.

Nunca fui apegado a religião, esta é a verdade, porem sempre que não me sentia bem, ou precisava conversar com alguém corria a pequena igreja. Acreditava que ele era um psicólogo gratuito e por muitas vezes recorri à ajuda ele, em toda Alemanha ele parecia ser o único disposto a me ouvir.

Ainda me lembro de um ano atrás quando apareci desesperado querendo falar com ele, meu rosto repleto de lagrimas, era um dia frio e chovia como hoje e o padre Thomas tentou me consolar, me disse que a morte é algo normal, que encontraria Kath no céu, mas nada mudava o fato que a garota que amava havia morrido. A vida tem se tornado difícil depois que ela se foi, mesmo eu sendo jovem eu não sei se encontrarei outra garota como ela, tem dias que realmente sinto muito a falta dela.

Demorou cerca de vinte minutos para avistar a pequena igreja escondida à sombra de um grande prédio, durante este tempo lamentei não ter ido para casa queria me trocar e estava com fome, mas precisava ainda mais falar com Thomas.

A igreja estava vazia quando cheguei e como sempre eu me sentei no ultimo banco do lado direito e esperei, apesar de estar inquieto e desejar poder chamar o padre, ou andar procurando ele, mas isto seria muito desrespeito de minha parte, afinal estava em uma igreja.

Passou aproximadamente três minutos para ele me ver, a inquietação já havia se tornado desespero, eu estava confuso sobre tudo o que acreditava ser real, tremia de aflição e frio.

O padre Thomas já era velho e andava com certa dificuldade, porem assim que me avistou veio o mais rápido que pode na minha direção.

_David como é bom te ver – disse ele colocando a mão em meu ombro.

Eu apenas olhei para ele e tentei forçar um sorriso.

_Entendo – falou antes que eu pudesse disser algo, ele parecia já compreender meu caso antes mesmo deu falar algo.

_Sei que prefere conversar no confessionário, então vamos.

Eu me levantei fechando firme minha mão para que ele não percebesse que ela tremia. Durante o caminho o padre me convidou para participar da missa, e tentou me acalmar e nenhum momento ele comentou sobre eu molhar todo o piso da igreja, ele era realmente um bom homem.

O confessionário era de uma madeira vermelha bem rústica e ficava escondido no canto da esquerda. A porta rangeu ao ser aberta e assim entrei nele.

A janela do confessionário se abriu e pude ver o sorriso amável de Thomas por entre a grade de madeira.

_Padre eu vi um anjo – disse com a garganta seca.

_Querido David, outro sonho com a Katherine?

_NÃO – gritei sem pensar, segundos depois perguntei – anjos existem de verdade? – meu corpo tremia, sabia que aquilo que vi era real.

_David acalme-se e conte tudo o que aconteceu.

_Tentarei – respirei fundo algumas vezes, fechei os olhos e tentei me acalmar.

As lembranças ainda estavam falhas, mas era o suficiente para me atormentar embora me trouxessem uma estranha paz de certa forma.

_Ontem à noite fui a um show, a banda era ruim, mas uns amigos insistiram tanto que acabei indo – respirei fundo mantendo a calma - eu me lembro que tive uma desavença com um deles, pois ele derrubou bebida em mim, acabamos discutindo e eu voltei para casa a pé.

_Durante o caminho as ruas estavam quietas e pude ver ao longe uma grande luz cortando o céu, lembro que cheguei a sorrir pensando que era uma estrela cadente – me calei por um instante tentando me lembrar dos detalhes.

_ Foi isto que viu? – perguntou Thomas.

_Padre, a luz chamou minha atenção, pois voava para todas as direções e havia outra luz, não me lembro muito bem, mas...

_ David? – disse o padre segundos depois, eu estava em transe havia me lembrado de tudo.

_Sim padre, eram duas luzes agora me lembro – o medo havia passado, estava ficando louco, pois até achava graça em minha historia.

_ Uma luz brilhante branca e uma luz mais parecia uma mancha no céu, uma aurora boreal mudando de tons e cores – temia que ele risse de minha historia – não me lembro bem para onde, mas eu segui as luzes.

_ Chegando bem perto eu vi – engasguei por um segundo, mas logo prossegui - eu vi um anjo voando no céu emanando uma forte luz.

O padre parecia incerto sobre o que dizer, eu acredito que ele não queria me magoar falando que a mente às vezes prega peças.

_ É um belo testemunho David, já ouvi varias historias de pessoas que viram anjos, mas nunca de alguém que eu conhecia. – ele parecia não acreditar em mim, entretanto não o culpo eu também não acreditaria.

_Me deixe terminar, sei que é difícil acreditar, mas foi o que vi – Thomas apenas concordou com a cabeça.

_Fiquei pasmo na hora por ver um anjo, mas queria ver mais, segui até mais perto, ele estava voando no céu e a luz colorida ah alguns metros dele, forcei a vista para entender o que era a outra luz – parei por um segundo para buscar palavras para explicar – a luz que parecia uma aurora boreal envolvia uma guerreira montada em um cavalo, que estranhamente cavalgava o céu, a luz colorida parecia ser o reflexo de sua armadura.

_ Eles pareciam estar duelando no céu, embora não portassem armas, davam fortes investidas entre si, fui me aproximando o máximo que pude. – fechei os olhos e respirei fundo - atravessei um beco para sair embaixo deles e assim que sai dele eu dei de cara com – parei por um instante – dei de cara com um corpo de um homem morto, havia sangue por toda parte.

Naquele momento me parecia que o anjo e a guerreira estavam lutando pela posse do corpo, não vi diferença entre eles e abutres porem preferi a não comentar com o padre.

_Assim que cheguei ali o anjo notou minha presença e antes que eu pudesse piscar ele pouso em minha frente, suas grandes assas brancas eram lindas, ele se virou para a guerreira que agora eu podia ver como era bonita e abriu suas assas de forma que me escondesse atrás dele, espiei por entre as assas e pude ver a guerreira levar o corpo embora em cima de seu cavalo.

_ Realmente é uma bela historia David, mas não sei em que lhe posso ser útil – disse o padre Thomas.

Realmente me irritei com o padre, esperava que ele acredita-se em mim, e me falasse quem era a misteriosa guerreira.

_Verdade, peço desculpas pelo incomodo – sai rapidamente do confessionário e antes que ele falasse algo já estava fora da igreja.

A chuva havia passado e o sol castigava o solo como se desejasse recuperar todo o tempo perdido, estava faminto, mas depois de toda esta conversa não queria ir para casa, resolvi apenas caminhar sem rumo esperando o calor do sol secar minha roupa.



conflux é o nome de uma edição de magic uhahuahuhau
porem o nome vem da palavra convergência ou seja a união de 2 rios para formar outro e achei esta palavra o ideal para a idéia da historia

bom quando tiver mais eu posto, embora não será tão rapido quanto o helder.


PS: Alguem sabe quem é a tal guerreira? ganha um doce quem acertar. (pra quem eu falei não vale falar >_<)

8 comentários:

  1. Bom...

    Vejo que tenho muito a aprender.

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  2. De todas as historias que já me mostrou,essa foi a que mais me envolveu,espero poder ver a continuação logo e saber o que vai acontecer.

    Me pergunto se anjos existem...

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  3. Como eu disse a história é muito boa e envolvente e a narrativa em primeira pessoa fica muito boa!

    Minha teoria é de que a guerreira seja a morte e que se o anjo não tivesse protegido David talvez o cara ficasse vivo... mas não apostaria muito nisso....

    esse vou acompanhar e espero que seja um livro um dia...


    Momo > acredite, anjos existem...

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  4. o.o a guerreira eeh....a xena ? XD
    Bom texto ertu ^^ gostei do estilo da narrativa
    pelo menos quando virar livro...vc ja sabe como vender =D ha ! entendeu?

    ju.u

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  5. Fabin diz: (xD)
    mto bom ertu..
    melhorou mto desde a ultima vez que li esse trecho
    rss

    a narrativa ta mto envolvente, e sendo em primeira pessoa deixa td mais emocionante ainda..
    tenho algumas coisas a criticar, mas isso agente faz numa proxima reuniao xD, se eh que vai existir proxima xDDDD

    parabens, e continua assim \o

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  6. Muito boa esta historia! *-*
    o welton escreve muito bem! o/

    Agora... eu sei quem é a guerreira! :D
    posso fala? posso fala?

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  7. Rá! Boa história, gostei. Escreve muito bem hein *inveja*
    Quero logo a continuação, fiquei curiosa o.o
    Estou imaginando quem seria a tal guerreira, mas realmente não faço idéia... quero doce mesmo assim xD

    Espero pela continuação (o/

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  8. xeena[2]

    \o\

    toom
    eu fico imaginandoo a historiaa da eu vejo vc no lugar do david auheuhauejipjae
    dahoraa (y)

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