sábado, 5 de setembro de 2009

Além do que está além - Cap1 parte 2

Então aqui vai a segunda parte...

Quase não terminei de escrever em tempo, por causa de um caras chamados de Stephen King, Roland e Eddie Dean... e da Odetta também... Toh falando de "The Drawing of the Three" ("A Escolha dos Três" em português), o segundo livro da saga da Torre Negra... o King escreve bem pakas... vale a pena conferir...
Além disso tive problemas quanto ao nome da personagem... tive que trocar por uns motivos específicos, mas consegui um que se encaixava bem pra personagem assim como o outro

de qualquer forma, escrevi quase tudo hoje mesmo pq provavelmente não ia poder postar amanhã, então queria postar sem atrasos (eu DISSE que postaria amanhã).

Agora vocês vão conhecer Lilian... espero que apreciem essa personagem, pois eu gostei mesmo de escrever sobre ela... novamente vou ficar devendo uma descrição fisica dela, mas isso vai ser feito na parte 3 (axo)

Curtam o texto e insisto que critiquem tudo que não estiver legal.

CAPITULO 1
QUEIMANDO FALSAS VERDADES- PARTE 2

Lilian acordou assustada quando notou que havia novamente dormido no jardim. Seu telescópio estava apontado para as estrelas enquanto em seu player Ana Carolina cantava “Eu quero sentir a noite / Eu quero seguir a estrela” ¹. Lilian estava ofegante, havia tido novamente um pesadelo e neste seu gato, Kill, se transformara em um puma e destruíra seu quarto, mas não importava muito, Kill era só um gato normal e pesadelos já faziam parte de suas noites.

Levantou-se e começou a recolher suas coisas parando apenas para apreciar a beleza do céu estrelado. Era tranqüilizador poder olhar aquele lindo céu cheio de estrelas e aquela Lua que parecia um sorriso.

- Também estou feliz por estar aqui. – Disse sorridente para a Lua e tornou a guardar as coisas.

Quando chegou ao quarto Kill estava preguiçoso dormindo em sua escrivaninha, próximo à janela. Lilian guardou seu telescópio no baú ao pé da cama e então se deu conta de que havia esquecido seu ‘A origem das espécies’ ² no quintal. O livro era um pouco cético demais, mas embora Lilian não concordasse que o mundo fosse assim tão “lógico” a leitura era interessante e o livro fora dado por um amigo.

No quintal novamente, achou o livro na grama onde estava deitada e ao virar-se novamente para a casa pensou ter visto algo se movimentando na casa. Bem, pensou, Kill poderia ter se levantado, afinal o gato era preguiçoso, mas não estava morto. Lilian retornou para seu quarto e notou que Kill de fato havia acordado, mas estava aparentemente irritado olhando para a porta. Lilian não imaginou que fosse algo importante, mas para desencargo de consciência resolveu averiguar.

Caminhou lenta e silenciosamente até a porta do quarto de sua mãe e a abriu devagar, certificando-se de que não fizesse barulho e não deixasse passar nenhuma luz diretamente onde sua mãe estava. Ela dormia tranquilamente e não havia mais nada que pudesse se mover por conta própria no quarto. Lilian checou ainda por segurança a cozinha, mas também não havia nada vivo por ali. Sem se dar ao trabalho de procurar algo que não estava por ali, Lilian retornou ao quarto.

Ao se trocar para dormir Lilian retirou Kill da escrivaninha, olhou novamente o lindo céu estrelado e a Lua que sorria para ela durante alguns minutos. Notou então que o gato estava no chão, parado a encarando, como se estivesse indignado por ser tirado de seu conforto. Lilian apagou a luz e foi para sua cama.

- Agora é minha vez de dormir. Você cuida da mamãe – disse ao gato enquanto se deitava.

Estranhamente o gato pareceu entender e saiu do quarto.

Lilian Adormeceu.

#

Lilian estava caminhando na rua quando ouviu um barulho alto de metal se batendo. Olhou para a direção de onde veio o barulho e com tristeza viu que se tratava de um acidente. Um caminhão havia tombado próximo à um posto de gasolina e havia um garoto jogado no asfalto por onde normalmente os veículos deveriam passar. Não havia sangue, então Lilian rapidamente pode compreender a situação: O garoto caiu enquanto tentava atravessar e o motorista tentou se desviar, chocando-se com a o muro que dividia a pista e tombando pouco mais a frente.

Algumas pessoas pararam horrorizadas para olhar, um homem correu em direção à cabine do caminhão enquanto gritava para que chamassem a emergência e os bombeiros. Alguns motociclistas passavam pela cena do acidente pelo curto espaço que sobrara na pista enquanto os carros tentavam se afastar para uma distância segura do caminhão.

Lilian olhou para o relógio e notou que estava com tempo de sobra, então parou para ver o que aconteceria. Por algum motivo estava calma demais com aquilo e estava curiosa demais sobre como aquilo terminaria. Só então se deu conta de que havia fogo onde havia sido derramada gasolina por um carro que se envolveu no acidente num lugar onde Lilian não teria visto de onde estava antes, e só então se deu conta de que o caminhão era daquele tipo tanque, que transportava gasolina.

Cerca de doze minutos após o acidente o resgate e os bombeiros chegaram. O motorista do caminhão foi retirado, aparentemente ferido, mas estava vivo, e o motorista do carro, bem como um passageiro, foram também retirados, mas aparentemente sem muitos danos. O garoto que estava onde não deveria e que causou o acidente não havia sofrido mais do que alguns arranhões no joelho e nas mãos.

Os bombeiros tentavam conter o fogo, mas parecia difícil. Lilian imaginou ter ficado ali por um bom tempo, talvez até meia hora, quando viu um rosto familiar cruzar a faixa de contenção da policia sem a menor preocupação. Ele estava mais próximo do posto do que do caminhão, o que o tirava um pouco da área mais perigosa, mas ainda assim era imprudente passar por ali.

Era Gabriel, um garoto de curtos cabelos loiros e enrolados, os olhos de um azul forte como o fundo do mar. Gabriel era magro, mas tinha os músculos bem definidos. Estava vestindo um jeans preto e largo e uma longa camisa branca desabotoada por cima de um uniforme escolar. Gabriel não era tipicamente um garoto belo, não tinha traços delicados nem pose de galã, mas tinha seu charme, um encanto que atraía a atenção das pessoas.

Lilian viu o fogo aumentar e se espalhar pela gasolina e notou o que aconteceria a seguir, sabia que Gabriel iria morrer se continuasse naquela área. Atravessou a faixa de contenção, correndo na direção de Gabriel, tinha de ter um jeito de tirá-lo dali antes de tudo ir pelos ares. Mas era tarde.

- Gabr...-Lilian tentou gritar quando ouviu o som da explosão do caminhão e do posto de gasolina e então as chamas estavam ao seu redor.

Lilian estava perto demais da explosão, perto demais do posto de gasolina e as chamas a alcançaram, mas ela ainda pôde ver Gabriel também ser pego pelas chamas e queimar. A dor era insuportável.

Tudo escureceu.

#

O dia ainda estava nascendo, o sol ainda não era visível no céu mas sua luz estava clareando o horizonte quando Lilian acordou quase pulando de sua cama. Kill que estava dormindo enrolado na cama ao lado de Lilian assustou-se e pulou para fora, indo se agarrar na cortina que cedeu com seu peso e rasgou.

Lilian sentou-se em sua cama durante um bom tempo, pensando no motivo desses sonhos. Gabriel era um conhecido, mas o fato de ser ele no sonho não fazia muito sentido. Lilian o achava atraente, mas não mais do que outros caras, não mais do que sua irmã o achava atraente. Claro, Lilian contaria a ela o sonho, ela teria de acreditar. Pelo menos ela pareceu acreditar nas outras vezes, nos outros sonhos – quando o teatro pegou fogo, quando – ela iria acreditar dessa vez, não iria?

Era pouco provável, afinal nenhuma daquelas coisas haviam ocorrido, nem antes nem depois dos sonhos, mas Lilian contaria, porque confiava em sua irmã e porque mesmo que sua irmã vivesse com seu pai, elas eram gêmeas e elas confiavam uma na outra. Mesmo que aquilo fosse apenas um sonho algo nisso preocupava Lilian. Verônica iria entender.

E Verônica entendeu, quando a caminho da escola Lilian a encontrou e contou seu sonho. Entendeu mas não pareceu acreditar. Lilian contou a ela também o sonho sobre Kill, o gato, e talvez por isso Verônica não tenha acreditado que aquilo pudesse acontecer. Mas Lilian não se preocupou por ser desacreditada, ela contara os sonhos e isso era o suficiente para tirar o peso que sentia toda vez que os tinha, Verônica compreendia e dizia a ela para se acalmar e que não importava se os sonhos eram ruins, tudo daria certo e toda vez que Lilian a ouvia dizer isso, Lilian sentia como se tudo realmente estivesse certo e então Lilian era feliz e sorria sempre.

As Aulas passaram tranquilamente e Lilian ficava sempre feliz em ajudar a irmã com os exercícios de química. Quando ainda era cedo demais para irem embora, o Sr. Paulo, diretor, foi informar aos alunos de que seriam dispensados mais cedo. Lilian gostou da noticia, pois não era fã de Geografia e deu a Verônica a sugestão de irem tomar sorvete.

Foram ambas felizes, pois estava calor e Verônica, assim como Lilian, adorava sorvete. As duas estavam com blusas diferentes, preparadas para o calor por baixo do uniforme, pois já era um costume não irem direto para a casa. Lilian não quis que a irmã percebesse, mas enquanto andava ela tinha certeza de não estar indo para o local do sonho, só para ter certeza de estarem seguras, embora estivessem num lugar não muito longe.

Quando já era cerca de meio-dia, talvez um pouco mais, ambas passavam em frente a um bar qualquer quando ouviram o um repórter anunciar um acidente que acabara de ocorrer. Lilian parou e ouviu, pasma, o repórter descrever o local de seu sonho. Verônica a puxou pelo braço, correndo até o final da rua, onde havia um terreno vazio e a olhou nos olhos.

- Cuida das minhas coisas? – Disse enquanto entregava sua bolsa para Lilian.

- Sim... – respondeu Lilian sem entender e pegou bolsa.

- Obrigada – respondeu Verônica com um sorriso quase preocupado, já se virando para o vazio do terreno.

Lilian percebeu então que sua irmã estava correndo para um lugar sem saídas, até que viu asas saírem de suas costas e Verônica voou para o céu, mais rápida que qualquer pássaro.

Como um Anjo.

¹ - Da música “Uma Louca Tempestade” de Ana Carolina.
² - Livro, de Charles Darwin. Fala sobre a teoria de evolução que deu origem às atuais espécies de animais.

Bom... por hoje é isso... espero que gostem, afinal foi meio difícil escrever... apesar de ser interessante e legal (caso contrario eu não escreveria)...

enfim... comentem que vou TENTAR postar mais uma parte em até uns 8 dias...

Se tiverem idéias pra me passar (principalmente quanto ao titulo principal), serão todas bem-vindas... não necessariamente aderidas, é claro... XD

até a próxima

3 comentários:

  1. curti muito o texto.. mas o titulo precisa ser alterado mesmo, muito grande o atual.

    algo que naum sei dizer, mas me perturba de certa forma... é como vai ficar os 2 textos juntos, ja que fazem parte do mesmo capitulo. dependendo da maneira q for colocada perde o ritimo da leitura.

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  2. EEEEi...achei muuuito dahora.. e o fato deste capitulo ter sido parte do capitulo 1 ficou legal, assim os capitulos duram mais tempo e a curiosidade sobre o capitulo dois aumenta! :D

    muito boa a escrita e eu achei Lilian uma otima personagem... *-*

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  3. nesse caso o que está grande é o titulo do capitulo... esse não tem problema ser grande e eu AINDA não pretendo mudar... preciso de um titulo pra história... esse "Fantasia e Insônia" foi só uma idéia genérica...

    Valeu fowl... vc ainda vai ficar bem curioso sobre o cap2, pq o primeiro ainda não acabou... ainda tem mais a ser escrevinhado...

    me pergunto quantos caracteres da pra postar... a proxima parte deve ser maior (bem maior, se der)

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