quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Minha Iara de mentira

Em uma manhã, dois índios que se chamavam Itaquire e Iauam estavam pescando e como conseguiam pegar muitos peixes, resolveram ficar mais um pouco. Então perderam a noção do tempo e começou a anoitecer.Foi quando ouviram um canto que, por muita coincidência, era de uma mulher que estava fazendo um comercial. O papel da mulher era da “Iara”.Assustados, os índios começaram a correr, porque, como dizia a lenda,Iara pegava os pescadores e levava ao fundo do rio.Naquela escuridão, dentro da mata, e na correria, Iauam teve um curioso encontro com a equipe de filmagem, que não era de índios, é claro. Eles explicaram que estavam fazendo um tipo de “teatro” e ouviram uns barulhos não muito longe dali, foram verificar e acharam o índio.Iauam como era pequeno, tinha uns dez anos de idade, não sabia a língua dos brancos. Ficou muito confuso e chegou à conclusão que devia levar a equipe até a aldeia.Na aldeia, Itaquire, que era maior e mais curioso, pensou um pouco e se lembrou de que a Iara não encantava crianças. Então foi procurar Iauam, mas já era noite e por mais que fosse alto, não era experiente na mata, como seus pais, e logo se perdeu. Achou a mulher que estava cantando e, mesmo que ela não fosse a Iara, Itaquire ficou encantado e desmaiou, parecendo uma pedra. A mulher não entendeu e tentou acordá-lo.Na aldeia, Iauam apresentou a equipe para o cacique e foi uma longa conversa, até que notaram a ausência de duas pessoas. Começaram a procurar Itaquire e Elice, a mulher do canto. Logo ouviram um forte grito vindo da selva. Os índios correram desesperados para a mata fechada. A equipe, sem entender nada, seguiu os índios.Não em muito tempo, chegaram ao rio Amazonas, que estava todo iluminado pelo luar. Da outra margem vinha o grito de Elice.Um jacaré-de-papo-amarelo estava de frente para ela. Com um salto heróico, Itaquire pulou na água e, em duas braçadas, chegou até o jacaré. Agarrou-o pelo dorso, enquanto Elice fugia. O jacaré não era bobo e com uma só bocada matou o corajoso herói e foi embora nas águas escuras do rio Amazonas.Elice ficou revoltada e afogou-se nas águas do rio. Iauam, o grande amigo de Itaquire, rezou e cantou para o grande corajoso amigo.A equipe voltou para São Paulo, triste, pois Elice morreu.Os índios também ficaram tristes, mas não dava para fazer nada. Seus amigos já estavam mortos.



Detalhe, esse texto é um texto antigo pra caralho que eu achei no Google digitando meu nome inteiro ( façam isso é interessante) . É um texto de quando eu estava na quarta série.

4 comentários:

  1. Chega a ser medonho...Tudo acontecetão rapido que nem um coração frio consegue acompanhar o0
    É assustador...Como se uma hora para outra tudo vira de ponta cabeça e se tranforma em tragédia...
    Apesar da sua (antiga) juventude estar nas entrelinhas, já se notava o talento!
    Continue a nos surpreender e a se superar!
    Bjkz
    Da sua leitora...
    ╬♥╬

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  2. Ja se notava o seu talento... e apetite por sangue hehehehehe
    Bom texto Sr. Lobo
    não sei, me lembrou Caramuru de Santa Rita Durão o.o mesmo elas tendo se matado por motivos bem diferentes...

    ;**

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  3. Nem tudo é épico e feliz! XD
    Esse é o tpoque do Lobo, a verdade nua, crua e desesperadora....
    O lobo nem sempre aparece por aqui, mas quando aparece nos mada umas coisas bem interessantes.

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